sábado, 18 de setembro de 2021

'NEM TODA MULHER QUE PARIU É MÃE’

(Vera Iaconelli, psicóloga)
Mãe não é quem gera, nem quem cria, mãe é quem ama.
Esse é mais um texto baseado no que vivi e nas minhas experiências pessoais.

Espero que você aproveite esta leitura e que ela ajude a ampliar seus conhecimentos, compreender o que está errado, reformular suas convicções, rever seus conceitos, abrir sua mente e considerar os fatos.

Existe uma hipocrisia social, uma mensagem de bondade, pureza e santidade que é apregoada aos quatro cantos do mundo: Toda mãe é boa.
Mas apesar do peso cultural e dos estereótipos historicamente transmitidos, nem toda mãe é boa, nem toda mãe protege, nem toda mãe coloca o filho em primeiro lugar, a minha, pelo menos, não.

Leituras e análises de autoridades com conhecimento científico de psiquiatria, psicologia, etc. me ajudaram a compreender tudo o que passei, e entender que sou um sobrevivente.
Depoimentos e desabafos em sites que abordam o assunto de forma séria me fizeram perceber que eu não estou só, nunca estive, afinal há mais mães como a minha - SOBREVIVENDO NO INFERNO - piores até, infelizmente.
E, sim, nem toda mãe é boa, ela pode usar máscara social pra enganar a sociedade, mas quem convive com ela sabe a perversidade que habita dentro dela.

Escrever sobre essa mulher virou meu objetivo de vida, estou cansada, farta de não falar, de esconder há tanto tempo as coisas que eu sinto, que aconteceram. Podem dizer o que quiserem, mas vou dar graças a Deus quando a minha genitora morrer. – Liana Raquel Maia Peixe

sexta-feira, 17 de setembro de 2021

NEM TODA MÃE É MÃE

Não se trata de adivinhação, é fruto da minha experiência pessoal.
Mulheres também podem ser ruins, perversas e emocionalmente abusivas, mães inclusive, mas estranhamente, algumas se recusam a admitir isso.

As boas mães não tem medo de falar sobre o assunto, sobre mães ruins, perversas, sobre como muita mãe - SOBREVIVENDO NO INFERNO - destrói a vida do filho.
Quem não quer que essa discussão exista são as próprias mães perversas, com medo de serem desmascaradas.

Elas dizem que estamos "destruindo famílias e pregando a discórdia entre mães e filhos”, são as mães que sabem que seus filhos se afastaram porque elas são ruins, mães que tem uma boa relação com os filhos jamais terão medo que um texto cause uma ruptura familiar.
E fica muito claro a forma como defendem a santificação materna e acham um absurdo existir divulgação de informação sobre o assunto.

As mães que vão reclamar são as que sabem que são ruins, mães suficientemente boas não precisam atacar quem divulga esse assunto.
Aquelas que criticam são as que de alguma forma se sentem atacadas pessoalmente, são pessoas que têm um profundo medo de serem desmascaradas através da propagação de conhecimento sobre o tema.
Se sua família vai se dividir por causa de postagem, o problema é você, que certamente deve ser uma mãe péssima, mães suficientemente boas não têm nenhum medo da divulgação sobre o assunto.

As pessoas provocam minhas atitudes e depois reclamam de como eu reajo. – Petrova

quinta-feira, 16 de setembro de 2021

'FOI TUDO POR CAUSA DELA, POR CAUSA DE NOSSA MÃE’

(Carlos Hecktheuer, médico psiquiatra)
A origem de todos os problemas.

É que minha vida toda mudou, eu percebi que, de uma maneira, minha vida acabou quando entrei nessa casa.

Nossa casa deveria ser o melhor lugar do mundo, mas nunca me senti pertencente a esta, nunca me senti confortável, nessa casa eu nunca experimentei o sentimento de pertencimento, ver - ONDE VOCÊ MORA?

Foi nela que peguei meus vários porta-retratos tirei as fotos e os joguei fora (poderia tê-los dado, mas fiquei desorientado, não queria colocá-los no chão).
‘Nossa, que difícil, imagino o quanto é desagradável estar em casa, justo onde devemos nos sentir confortáveis e acolhidos’, comentou um psicólogo.

‘Também já cansamos de ouvir conselhos como “saia de casa”, “muita gente vive com pouco, você consegue”, “você está exagerando”.
Normalmente quem vive um relacionamento desses já tentou inúmeras vezes sair de casa, mas não conseguiu ou, se conseguiu e voltou, recebeu o dobro do antes vivido’. Bem lembrado Letícia Fernandez (jornalista e escritora) foi exatamente o que aconteceu comigo.

Sabe, não me recordo da última vez em que eu, ao estar junto com a minha mãe, fui feliz, e felicidade aqui no significado de bem-estar ou paz interior, onde não há nenhum tipo de sofrimento, dizem que este estado de espírito pode ser alcançado através dos laços com os entes queridos por exemplo.
Às vezes a presença da mãe é tão opressora e destrutiva que um filho não se sente no direito de ser.
Isto posto, precisamos entender que o fato de sermos filhos, não nos obriga a aceitarmos o ambiente abusivo e muitas vezes tóxico que essas mães criam - SOBREVIVENDO NO INFERNO.

A recomposição familiar está na origem dessa problemática, eu era um filho que vivia a experiência devastadora de se sentir sozinho dentro da própria família.
Sim, já fomos uma família, hoje somos apenas duas pessoas que dividem o mesmo teto, e não importa o que digam, família não é sobre quem te pôs no mundo.
Eu sentia uma dor imensa por saber que as pessoas achavam que estávamos bem, e não estávamos, às vezes, era uma conversa em tom de amenidade sobre como a família era importante, e nesse caso eu tinha “vergonha" por não ter nada em comum com aquelas pessoas.

Pois é, ‘existe uma forte ideia de que a família é um valor absoluto, a sociedade nos diz que a família é um pilar incondicional, o último cenário em que alguém pensa que vai ser ferido, traído ou até abandonado é, sem dúvida, no seio de sua família, no entanto, isso ocorre com mais frequência do que imaginamos.
Também é extremamente necessário entender que quando a dinâmica familiar é regida pela desarmonia ela é disfuncional’, esclarece Flávio Gikovate, médico psiquiatra.

Ora, não é tão óbvio que a emoção predominante entre familiares seja o amor.
Para finalizar, a psicóloga Rosely Sayão, com mais de 30 anos de experiência em clínica, propõe uma reflexão: ‘é bom pensar sobre como a dinâmica familiar influencia, para o bem e para o mal.'

Poderá ter passado a sua vida perguntando-se a si mesmo porque tem tantos problemas com sua mãe. Poderá até mesmo já estar com os seus 40, 50 ou 60 anos, mas só agora começou a entender o problem do relacionamento com a sua família. E quanto mais descobre a causa, mais um peso enorme e um fardo tem sido levantado dos seus ombros. – Patricia Jones

terça-feira, 14 de setembro de 2021

É IMPORTANTE IDENTIFICAR QUANDO HÁ ALGO ERRADO NA RELAÇÃO ENTRE MÃE E FILHO

Não é nenhum segredo o quanto essa relação representa.
A mãe é essa pessoa incondicional que nunca vai falhar, aquela capaz de renunciar a tudo para que você esteja bem, a que te coloca em primeiro lugar, mas há exceções, claro.

São as mães que ferem emocionalmente os filhos, e ‘como tudo aquilo que é difícil de aceitar e digerir, tendemos a negar o fato, mas ele existe, vemos suas vítimas no consultório.

É um dos processos psicológicos e emocionais mais difíceis de superar e tem consequências devastadoras em todos os aspectos da vida.
Além de tudo é preciso acrescentar a incompreensão dos outros, uma sociedade disposta a olhar para o outro lado diante de uma realidade tão antinatural', esclarece a Dra. Olga Carmona.

Sabe, eu identifiquei algo muito errado - SOBREVIVENDO NO INFERNO - na relação com a minha há muito tempo.
E como se gere uma relação conflituosa, difícil ou castradora? Como é que se convive com isto?

Segundo a Dra. Olga Carmona, 'o ideal é criar distância emocional e física’.
Bem, no momento me vejo sem saída, mas tenho esperanças de dias melhores bem longe dela, então tomei a decisão interna de criar distância emocional da mulher que não soube me amar.

A propósito, para todas as pessoas que forem me criticar e me julgar eu sugiro a vocês lerem a crônica inteira, para entenderem o contexto.
Vocês vão ver que na verdade não se trata de alguns porta-retratos, se trata de um assunto muito mais sério e importante.

Você pode dar tudo para seu filho, pode dar o mundo a ele, mas se não der amor, não terá dado nada. – Rosângela Aparecida Ribeiro

domingo, 12 de setembro de 2021

O MITO DO AMOR INCONDICIONAL MATERNO

Esse mito precisa ser desconstruído.
Construído e social, bora desconstruir o mito do amor maternal?

Sabe, o amor de mãe nem sempre é incondicional, às vezes, carrega implícita uma cota de sofrimento, um número infinito de situações e situações que marcam e deixam uma marca.

É o meu caso, por isso, quero falar sobre você “mãe": Já faz bastante tempo que tudo entre eu você começou a mudar, e não se passa um dia em que eu não pense em toda dor e sofrimento que você me causou.
“Mãe”, o tempo não volta e não dá para desfazer o que você fez, desde aquela mudança de endereço você passou a exibir comportamentos cruéis e nada civilizados.

Depois que mudamos há cerca de 22 anos, virei lixo para você, e lá estava eu, em um único dia, eu fui excluído, você não colocou seu filho único em primeiro lugar.
Então chega o dia 30 de maio de 2011: Você se transformou em algo ainda pior, e eu julgava que já conhecia o pior de você - SOBREVIVENDO NO INFERNO - naquele momento você morreu para mim, eu já sabia isso antes, mas então confirmei.
Tempos depois quando te confrontei você não se importou, você não enxerga o que faz, nunca assumiu a responsabilidade pelo que fez comigo, nunca importou para você como eu me sentia.

Pois é, nem toda mãe ama incondicionalmente, a minha pelo menos não, afinal, no momento em que uma mãe faz aquilo, não é pelo bem do filho, quando quem mais deveria te amar age dessa forma significa que algo de muito errado está acontecendo.
Atitudes assim não são normais, não foram normais e eu não mereço ser tratado da forma como fui, quando você é amado não há espaço para esse tipo de coisas, amor baseia-se em respeito.
Portanto, reflitam se é mesmo um bom caminho continuar perpetuando esse mito sem entender os fatos.

Estamos numa época em que, enfim, a mitificação do amor materno começa lentamente a ser desfeita. – Mariane Granado, psicóloga.

Eu sempre digo que não há amor incondicional de mães, não existe, é somente um ditado mentiroso de uma sociedade hipócrita. – Mônica de Paula Silva