sábado, 3 de novembro de 2018

MÃES MÁS: UM OLHAR SOBRE O ABANDONO

Quais são as frustrações ou sonhos para elas que falharam?
Samira Oliveira, psicóloga, nos revelou seu olhar sobre o tema com o título acima, é bem esclarecedor.
'As pessoas costumam dizer: sua mãe criou você, não te abandonou.
Só que o abandono não precisa ser físico para ser considerado abandono.

Pode ser abandono emocional, o sentimento de estar na solidão mesmo que acompanhado, de ser órfão de mãe viva.
Viver com esses sentimentos é minimamente prejudicial à saúde mental.
É impossível passar por isso sem nenhum dano.
Dessa forma, precisamos entender alguns pontos.

Que isso não mudará, a tendência inclusive é ela piorar.
Que a culpa não é dos filhos!
Que aprender a conviver com o fato de não ter essa mãe idealizada pela sociedade pode ser a parte mais importante nesse processo.
Que, na maioria das vezes, é necessário o afastamento para conseguir um mínimo de paz.'

As conclusões acima são corroboradas pela psicóloga clínica Rosemeire Zago, CRP 06/36.933-0.
'Ao nos tornarmos mais concientes de nossas feridas, entre elas as geradas pelo abandono, podemos agir sobre aquilo que vivenciamos, aprendendo a respeitar nossos sentimentos mais profundos, assumindo a responsabilidade pelas mudanças que podemos nos permitir vivenciar no momento presente.'
E a psicóloga Evelyn Vinocur também acrescenta: Aos olhos do público quando uma mulher abandona o filho ela comete um crime hediondo.

Bem, eu também sou filho do abandono; foi e ainda está sendo uma experiência perturbadora.
Contudo, a pessoa por quem tenho eterna gratidão (afirma-se ser uma das características mais importantes da fé, por esse motivo a gratidão é uma das qualidades de quem acredita em Deus) me viu abandonado, naquela noite devastadora em que eu chorava a ponto de soluçar, me acolheu, me deu amor, me deu um lar, me respeitou, me deu uma família, tudo que essa senhora aqui me negou (vide SOBREVIVENDO NO INFERNO).

Viva de modo que quando os seus filhos pensarem em justiça e integridade, eles pensem em você. – H. Jackson Brown Jr.

quarta-feira, 31 de outubro de 2018

COMO LIDAR COM UMA MÃE TERRÍVEL SENDO UM ADULTO

Guia de instruções.
A metodologia proposta no título acima é do wikiHow um projeto de escrita colaborativa, vejamos.
‘Crie uma boa comunicação consigo mesmo, a fim de dar a sua vida uma perspectiva de necessidade.
Autoconhecimento é poder.

Evite a armadilha da culpa, esta é a razão número um para as pessoas ficarem em relações destrutivas.
Acredite que ser filho de uma pessoa infeliz torna muito difícil para você ter o espaço que precisa para ser feliz e criar uma vida.
Dê-se tempo para lamentar sobre o que você precisava, mas não conseguiu, ou o fato de que você não queria esse tipo de pessoa na sua vida.

Ela pode estar consciente ou alheia ao quão prejudicial está sendo.
Não tente mudá-la, não importa quantos anos você tem, ela será sempre mais velha, vai ter sua mente definida e não vai mudar.
Comportamento emocional é o mais difícil de mudar, mas você pode se tornar mais objetivo e menos envolvido, isso vai tornar você mais forte.

Comece um diário ou um blog, o objetivo é se curar, se tornar mais forte e remover o comportamento tóxico de sua vida.
Como e quando os conflitos desagradáveis com ela começaram?
Observe os “pontos de ignição”, eles ocorreram toda vez que você falava sobre certas pessoas? Quais são os gatilhos?

Entenda que sua mãe te atacar a favor de um irmão ou ficar do lado de outro alguém em detrimento de você a diminui como pessoa.
Quando se é filho único a situação complica, pois a mãe projeta em você toda a frustração dela, e não tem outros filhos que satisfaçam sua vontade.

O conflito com esse filho alimenta a mãe tóxica, pois ela não conhece outra forma de lidar com o mundo.
Esse tipo de mãe chamamos de abusivas, e instalaram os botões que continuamente apertam para causar dor.

Proteja-se, seja apenas o observador, não caia no drama, ela vai notar uma mudança em você e poderá te atacar, mantenha a calma, observe e continue escrevendo.
Seu trabalho é não fazê-la feliz, isso não faz você uma pessoa má, egoísta, etc., mas uma pessoa saudável.

A opinião distorcida dela não conta muito se você puder entender o quanto esta é dolorosa e destrutiva.
No fim das contas, o que sua mãe pensa por um viés torto, não determina quem você é.

Tente não se ferir comparando-a com outras mães amorosas, aceite o fato, para você o desafio é aprender a lidar com isso.
Lembre-se de que o objetivo é se curar, não ser destrutivo.

Reflita se é saudável manter um relacionamento com ela.
Algumas pessoas são tão tóxicas e prejudiciais de se ter por perto que o irão destruir, se este for o caso, deixe de se relacionar.

Às vezes, temos de abandonar completamente o relacionamento, ele pode ser muito prejudicial, e todos podem tomar essa decisão pessoal, sem qualquer culpa.
A maioria das pessoas tem histórias horríveis de suas próprias mães, ou de amigos, como você lida com seu próprio comportamento é o que importa.'

Acredite, isso tudo tem o mais profundo sentido, foi elaborado sob medida para filhos de genitoras tóxicas como essa senhora aqui (vide as atitudes abomináveis dela em SOBREVIVENDO NO INFERNO).

As coisas não mudam. Nós mudamos. – Henry David Thoreau