quinta-feira, 28 de junho de 2018

NA CASA DOS PAIS DEPOIS DOS TRINTA

Quando os filhos não conseguem estabelecer um limite entre seu espaço familiar e individual.
O título da publicação, ‘quando você precisa sair da casa dos pais’, me chamava à atenção.
Podemos listar aqui mais de cem motivos pra você querer sair da casa dos pais, mas tem um que é o principal: Você precisa cada vez mais de privacidade, dizia.

Você nem tem “algo assim” pra esconder dos seus pais, você é responsável e não guarda nada ilícito no seu armário.
Mas incomoda.
Ainda mais quando eles ficam monitorando tudo o que você faz, acrescentava o autor Thiago Barcellos.

Como agir diante dessa situação?
É recomendável, a medida em que a situação econômica permitir, estabelecer uma distância física.

Todos nós temos coisas confidenciais, e temos também um desejo muito grande por privacidade.
É um desejo natural de todo ser humano querer ter um canto para chamar de seu, todos nós buscamos essa sensação de liberdade, de privacidade e de independência.

Cabe, pois, no meu caso, fazer um paralelo, reformular o principal dos cem motivos da publicação.
Nessa casa, não se encaixa a forma ‘mais privacidade’, afinal, essa senhora aqui me negou toda ela (vide SOBREVIVENDO NO INFERNO).

’É preciso admitir que, quando o filho adulto ainda depende economicamente da mãe, é difícil impor limites.
Pessoas adultas, e com um agravante, dependência financeira dos pais, nem se davam conta que suas vidas estavam empacadas por conta disso’. Afirma o psicólogo Frederico Mattos.

domingo, 24 de junho de 2018

UMA PITADA DE VERDADE, POR FAVOR!

A epígrafe (serve de tema ao assunto ou para resumir o sentido ou situar a motivação da obra).
Esse texto eu pincei dias atrás quando organizava uma papelada.

‘Família é pra essas coisas: é um tema perigoso, pois permite que nossa privacidade seja devassada, criando situações embaraçosas e impedindo uma relação mais sadia e madura.
Aprendemos que a família terá conosco um nível de relacionamento especial. De modo diferente, de estranhos nos ofendemos rapidamente quando somos invadidos em nossa privacidade.
A coisa é completamente diferente quando a gente se relaciona com parentes, especialmente os mais próximos, pais, avós, irmãos, filhos, primos e tios diretos, todos se sentem à vontade para invadirem nossa privacidade.
A invasão seria absolutamente intolerável se viesse de estranhos ou mesmo de amigos, no entanto, essa devassa à nossa privacidade passa a ser considerada uma “obrigação” do grupo familiar, ai de nós, se ficarmos ofendidos!
Ferir, brigar, afeta qualquer relação, deveríamos tratar com cuidados redobrados justamente as criaturas que nos são mais próximas.
Uma das mais importantes descobertas de Freud tem a ver com a descaracterização do mito segundo o qual, a família é um santuário das melhores e mais belas emoções.
É arbitrário dizer que os laços que unem os parentes sejam sempre positivos e construtivos, não ousaria afirmar isso nem mesmo em relação à minha mãe.’
Por: Flávio Gikovate, médico psiquiatra e psicoterapeuta.

Não, não somos “loucos” por sermos tão auto-referentes (vide SOBREVIVENDO NO INFERNO).
Só vou pôr um remate de pontos ou nós, com o pensamento de uma renomada cantora e atriz.

Só quando enfrentares a verdade, te encontrarás contigo mesmo. – Pearl Bailey