sábado, 17 de julho de 2021

SER MÃE É PARA POUCAS MULHERES

Ser mãe é muito mais que colocar um filho no mundo.
Nem sempre as mulheres que deram à luz detinham os cuidados com os filhos.

Sendo assim, falar que é mãe qualquer uma pode dizer, mas agir como tal é para poucas.

Ser mãe é uma condição subjetiva; nem toda mulher fértil está apta a exercer a maternidade, mas, você sabe, existem as convenções sociais, as pessoas assumem que aquelas que deram à luz, automaticamente sabem como sentir amor materno.
A propósito, quem é a sua mãe? Ela coloca você em primeiro lugar, ela te ama incondicionalmente, ela leva você em consideração quando faz escolhas?
A minha não (vide: SOBREVIVENDO NO INFERNO).

Então faço a pergunta: Que pensar dessa mãe que tinha todos os meios para cuidar do filho junto de si, e amá-lo, e que não o fez?
E já respondo: Contrariando a crença generalizada em nossos dias, parece que ela preferiu livrar-se da condição de ser mãe.

Bem, se você ainda acredita na regra “Toda mãe ama seus filhos”, está na hora de reestruturar as suas crenças, afinal, a história do comportamento materno dela é clara, mostra uma grande diversidade de atitudes horrendas.
Portanto, é chegado o momento de abrir os olhos para essas atitudes que contradizem todas as crenças sociais de que as mães devem amar seus filhos incondicionalmente, compreender o que está errado, reformular convicções, rever conceitos e considerar os fatos.

A maternidade é uma condição biológica exclusiva do gênero feminino, no entanto, esse processo não é somente biológico, a gestação, o parto e a amamentação não determina como a mãe vai lidar com a situação. – Miranda Zasciurinski

terça-feira, 13 de julho de 2021

TEM MULHER QUE NÃO PRESTA PARA SER MÃE

Duas mães abusivas, dois filhos abusados, duas histórias reais.
Mais um capítulo sobre a dor, o que é natural entre quem passou por isso.

Sabe, a maioria das pessoas tem histórias horríveis de suas próprias mães, não estou sozinho, nunca estive - afinal há mais mães como a minha, infelizmente.
Como a Fernanda, citada na crônica anterior, que me deixou a mensagem abaixo, lá no site https://br.psicologia-online.com.

'Carlos, parabéns pelo comentário! Ler seus textos aqui, foi como ganhar um abraço fraterno e acolhedor.
Tenho 40 anos de idade e uma mãe controladora, manipuladora e vitimista.
Demorei muito a entender que minha mãe é abusiva, exatamente pelos motivos que você citou.
Estou tentando, firmemente, cortar essa relação sem sofrer ainda mais prejuízos à minha saúde emocional.'

Fernanda, muito obrigado, quero que saiba o quanto seu texto significou para mim, foi não só generoso, mas perspicaz de sua parte.
Você precisa empregar um pouco de honestidade brutal, você tem que começar a ver sua mãe como ela é e ver sua própria humanidade em tudo isso também.
A dor que os outros lhe causaram não é desculpa para a dor que ela causa a você.

Embora deva ser grata pelos sacrifícios que sua mãe fez por você, não deve permitir que esses sacrifícios transformem você em um mártir, você não tem que se sacrificar no altar da caridade de sua mãe para sempre.
Defenda-se, encontre coragem para agir em nome do seu próprio bem-estar e tenha respeito próprio suficiente para cortar os laços com a pessoa que causou tantos danos.

É triste ser maltratado, quem muito sofre pode esquecer como ser feliz, é duro, entendo seu sofrimento, entendo suas dificuldades, eu falando aqui pode parecer fácil, sei o quanto não é fácil para você.
Sim, aqui estão partes de minha vivência - SOBREVIVENDO NO INFERNO - sobre isso.

Não julgue alguém que não ama ou se afasta dos pais. Você não conhece a história que pode estar por trás. – Carolina Leão, psicóloga.