sábado, 31 de março de 2018

SÓ EXISTEM DOIS ESTÍMULOS MAIS FORTES DO QUE O SEXUAL

O da fome e o da sobrevivência.
Não há por que se envergonhar.
Ter vontade de fazer sexo é parte da natureza humana.

A sexualidade está presente em todas as áreas da vida, do cinema até as publicidades, passando pela televisão, as músicas, etc.
Mas também é verdade que somos informados de que não podemos desfrutá-la como acreditamos.
Se somarmos a educação oferecida em relação à sexualidade às crenças religiosas, provavelmente não ficará claro para nós o que é certo e o que não é.
Por algum motivo as ‘Igrejas’ acabam aviltando o sexo, em grande parte, quando é percebido que não se pode competir com a natureza que Deus nos deu, então começam a tentar abrir exceções às próprias regras e daí surge novos ritos com exceções em relação ao desejo que podemos ter.

Contudo é natural ter um relacionamento íntimo com você mesmo, e também com um parceiro, é bom para a saúde mental e até mesmo para a física, porque, sem dúvida, o sexo é parte de nossas vidas de uma forma muito poderosa.
A ciência comprova: A psicoterapeuta sexual Vanessa Fiore afirma que a negação de sexo pode interferir no humor das pessoas, já que a sexualidade está diretamente relacionada à saúde física e mental.
Além de melhoras na qualidade de vida, pessoas que pensam uma vida sexualmente saudável são mais felizes e bem humoradas, conclui.

Mas como dito anteriormente, o cenário atual nos bombardeia constantemente com mensagens contraditórias em relação ao sexo.
Cria juízos e condenações irracionais sobre a sexualidade com base em pensamentos ou sensações criadas por outros.
Portanto, se você acha que a sexualidade é um pecado (breve escreverei mais sobre isso), então deve começar a desatar os nós emaranhados que tem em sua mente, por mais forte que isso pareça.

Vejamos também o que nos diz o Dr. Amaury Mendes Junior, ginecologista e sexólogo.
‘Uma coisa que perpetua mitos e estereótipos: Pornografia não é uma coisa do mal e assistir não transforma ninguém em uma pessoa ruim.
Cada indivíduo tem suas próprias marcações que coordenam suas necessidades de prazer, podendo ainda sofrer influencias biológicas, psicológicas e sociais’, afirma.

Sentir desejo é algo intrínseco à condição de estar vivo.
O desejo vai embora quando estamos fracos, tristes, cansados, doentes ou magoados, afirma o terapeuta e médico Eduardo Navarro.
Vou ilustrar isso com dois cenários.

Um jornalista perguntou ao Danilo Gentilli se diante do computador é que surge a inspiração pra criar peças, textos, e ele respondeu: sim ali eu trabalho e vejo sacanagem, não necessariamente nessa ordem.
E o personagem de Lucio Mauro Filho numa cena, olhava fotos da namorada, quando percebeu que alguém chegava e espreitava o que ele fazia disse: tem certas coisas que um homem tem que fazer sozinho.

Eventos para mim inatingíveis, ou seja, é preciso um espaço, pra poder desfrutar a intimidade.
É que moro em um lugar disfuncional onde além daquela mulher ter me tomado tudo (o relato está em SOBREVIVENDO NO INFERNO), é um entra e sai constante de gente como se diz na linguagem popular, sem aviso prévio.
Como dizia Caetano, alguma coisa está fora da ordem. Como ter privacidade quando uma pessoa do sexo oposto, até pouco tempo uma desconhecida, vem fazer uma visita e fica para dormir?
Veloso, está tudo fora da ordem.
Pois é, numa uma crônica passada mostrei a diferença entre uma casa e um lar, mas tenho dúvidas quanto a chamar um lugar assim pela primeira denominação, quem sabe o apropriado fosse casa-da-mãe-joana*.
N. A.: A expressão se deve a Joana, rainha de Nápoles, ao regulamentar os bordéis da cidade onde estava refugiada, uma das normas dizia: O lugar terá uma porta por onde todos possam entrar, assim, casa-da-mãe-joana passou a servir para indicar um lugar ou situação em que cada um faz o que quer, onde impera a desordem.

Toda verdade é fácil de ser compreendida depois de serem descobertas. O problema é descobrí-las. – Galileu Galilei