sexta-feira, 15 de junho de 2018

UMA CONVERSA ENTRE VELHOS AMIGOS

Mesa para dois, por favor.
– Me conte algo que eu não sei.
– Sejam quais forem as suas vivências, seja lá o que for, eu acho que está procurando sentido em coisas que não tem sentido.

– Fico na ansiedade, pelo sufocamento, sem saber se aquilo volta pra me assombrar, como alguém pode descansar com toda essa sensação de impotência?
– Aí está, você não é impotente, nossas escolhas nos definem, continue tentando coisas novas, veja do que se reinventar, ou faça novas escolhas, quanto mais trabalhar nisso, menos se sentirá impotente.
Não pode deixar que o que houve defina você.

– A vida é uma experiência, tem que descobrir onde é seu lugar, encontrar seu lugar. Eu fiquei sozinho por muito tempo, mas eu achei o meu lugar, vai achar o seu.
– Já não deveria saber onde é? . . não é naquele lugar abominável onde estou (vide SOBREVIVENDO NO INFERNO).
– Não necessariamente, quando for à hora certa, você vai saber.

– Mesmo que nada volte a ser como antes, você ainda pode se ‘encontrar’.
Carlos, acumulamos conhecimento mais rápido do que sabedoria, a essa altura eu confio que tenha amplas reservas de ambos, então vou encerrar com um pensamento.
A vida é alegria, a morte é paz, a transição é que é difícil.

quarta-feira, 13 de junho de 2018

– VOCÊ DISSE QUE O SEU LAR É ONDE ESTÁ O SEU CORAÇÃO.

– Sim, pode parecer loucura, mas eu acho que encontrei o meu.
Dois homens conversavam, em um certo momento o mais velho perguntou ao outro: lembra o que te falei sobre o significado desse artefato indígena?
Diante da negativa, ele explicou: o labirinto representa a jornada da vida, os obstáculos, fazer as escolhas certas, até que nos encontremos no centro.

O mais novo então perguntou: o que há no centro?
Ele respondeu: o lar, um lugar ao qual pertencer.
E contou: eu não gostava de criar raízes, nunca fiquei no mesmo lugar por muito tempo, um amigo brincava que se eu continuasse assim um dia acabaria flutuando no espaço, então me deu isto para me lembrar que eu sempre tive um lar, com ele e com a família dele, disse que era a minha “corrente”.

Chega o momento de’u divisar o artefato, perceber de maneira, não apenas uma simbologia, ou a representação sensorial de uma ideia que guarda, entrever, sentir ao longe, que o ‘lar’ é o que interliga as cousas.
Tendo a virtude de tangenciar duas histórias, quando na casa da minha grande Amiga L. D. ouvi: Você faz parte dessa família; tendo o desejo de voltar a ter um lar (vide os acontecimentos ocorridos em SOBREVIVENDO NO INFERNO).

É fácil avaliar o juízo ou a capacidade de qualquer homem, quando se sabe o que ele mais ambiciona. – Marquês Maricá