terça-feira, 13 de outubro de 2015

FICO INTRIGADO COM O CULTO EXACERBADO ÀS CELEBRIDADES

"Uma ginástica intelectual sofisticadíssima."
O que faz de uma pessoa, famosa?
Qual a diferença entre personalidade e celebridade?
Fico aqui pensando sobre o que faz alguém virar celebridade e por quanto tempo será lembrado.
Pois de repente, a pessoa reluz feito ouro e no momento seguinte vira bijuteria.

Destarte o genial Noel Rosa continua sendo ouvido e cultuado por aí, mas, sem querer ofender, quem ainda celebra o "sucesso" máximo do Latino?
Não estou dizendo que ele seja ruim, trata-se só de constatação.
Afinal, não basta uma ascensão meteórica, mas ter credibilidade.
Alguém que tenha realmente cabedal para ser um parâmetro.

Segundo a antropóloga Isabela Oliveira, professora da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo - FESP, o boom de celebridades é um fenômeno da indústria cultural de massa.
As manchetes das celebridades sobrevivem porque vivemos numa sociedade que privilegia e valoriza demais padrões ridículos impostos pela mídia.

Nunca certo tipo de fato como vemos sendo publicado, seria chamada de uma reportagem.
Não em uma sociedade, digamos mais evoluída, no contexto aqui exposto.
A "lógica" é tão doente que fica difícil de acompanhar, mas é ela que reina na cabeça de muita gente que ainda não conseguiu se libertar de toda loucura que inserem na vida delas sem que queiram.

O escritor Aguinaldo Silva respondeu o que acha do jornalismo de celebridades.
Ele disse: é um mal dos nossos tempos.
Existe porque tem consumidores, e também porque existem aqueles gostam de ver suas vidas expostas.

A atriz Beatriz Segall também falou a respeito.
Ela diz: a palavra celebridade foi deteriorada.
Hoje, quinze dias de televisão são suficientes para tornar qualquer menina que está chegando, em uma celebridade, e claro que não é.
Celebridade sempre foi uma classificação dada para pessoas de muita qualidade.
Hoje em dia, qualquer um é celebridade.

Celebridade, é ter fama, notabilidade, segundo algumas das definições registradas nos dicionários.
Mas, com a ampliação do conceito, que hoje abrange também personagens da internet, concursos de beleza e realities shows da TV, algumas pessoas da chamada vida pública rejeitam o termo.
Há quem não aceite ser classificado como celebridade, apesar do reconhecimento público por seu trabalho.

Entretanto existe uma cultura que é baseada em cultuar a si mesmo.
Qualquer pessoa pode se tornar uma celebridade sem necessariamente, ser capaz de se referenciar.
E não estão vinculadas a nenhuma conformidade, ou por definição, uma declaração de princípios.
São aqueles que lançam vídeos, fotos, na rede, por exemplo, ganham milhares de seguidores e se tornam o que chamamos pejorativamente de subcelebridades.

Muitos jovens perguntam o que é preciso fazer para ficar famoso?
Só que celebridade não é algo que eles devam almejar.
Não é algo que tenha que ser buscado como objetivo de vida.
Cada um pode produzir seu quinhão de grandiosidade, digno de respeito, no sentido de conotar uma magnitude ímpar.
Mesmo que nenhuma câmera de TV se dê conta disso.

Assim sendo, quero mexer nas verdades, questionar as opiniões.
Dissonante de quem se alimenta apenas da sabedoria das multidões.
O que nem sempre é muito sábio.
Manter a mente fechada só vai limitar a vida daquele que escolhe agir assim, e vai limitar muitas experiências e, consequentemente, o conhecimento que se poderá adquirir.
Pensar pequeno é produto do medo, ou da arrogância.
É comum conotar a pessoa que apresenta o sentimento acima, como alguém que não deseja ouvir os outros, aprender algo de que não saiba.