sábado, 10 de abril de 2021

ESPERA-SE QUE MÃES QUEIRAM O MELHOR PARA SEUS FILHOS, MAS NEM SEMPRE É ASSIM

Mãe não é tudo igual, nem toda mãe coloca os filhos em primeiro lugar, a minha, pelo menos, não.
Nem todas as mães amam seus filhos, o que é algo inconcebível na visão de muitos, porém, isso revela, portanto, que o amor de mãe não é incondicional.

Há muita idealização, mães são aquelas que tiveram filhos, o que elas já são, más, violentas, aparece na maternidade, esclarece Vera Iaconelli, PhD em psicologia - é ela que nos ajuda a mostrar a verdade.

‘Há mães que só conseguem ser “mães de verdade” em relação a não deixar faltar comida, essas coisas, mas no aspecto emocional são uma verdadeira desgraça.
Essas mães não evoluem emocional e psicologicamente com a idade, mesmo quando mais velhas e mais experientes, elas mantém os mesmos pensamentos.
São donas da “verdade” e quando existem questões financeiras envolvidas, isso fica ainda mais evidente, geram muita culpa e se colocam na posição de “você está me explorando”.
Não importa o que aconteça, o filho nunca têm razão, e gera um abalo na autoestima desse filho, e isso é recorrente, não é um quadro temporário, o que promove nele uma sensação de que deve se defender o tempo todo.
A autoestima desse filho vai ser testada durante toda a convivência dele com a mãe.
Quem tem uma mãe assim sabe o inferno que é, alguns pensam que se trata somente de uma mãe mais egoísta, mas a realidade é muito mais dura que isso, experimenta-se o inferno, pouco a pouco, dia após dia.
É a receita para a destruição completa da autoestima e da vida de qualquer um.’

Sim, a maior agressão que um ser humano pode sofrer é a rejeição e o descaso da mãe - SOBREVIVENDO NO INFERNO.
Quem convive com uma mãe abusiva como a minha sofre de níveis altíssimos de estresse, genitoras assim não se importam nem um pouco com o mal que fazem.

Dia das Mães não é um dia para “celebrar” mães abusivas, egoístas e más. – Anna Valerious

domingo, 4 de abril de 2021

PERCEBER QUE SE É FILHO DE UMA MÃE ABUSIVA PODE DOER

Abandono emocional, violência psicológica, negligência, omissão e desamparo podem destruir a autoestima do filho.
Verbenna Yin, escreveu uma matéria chamando a atenção para esse tema um tanto quanto polêmico e fora do perfil romantizado e idealizado que a sociedade impõe sobre a maternidade.
Formada em psicanálise, mãe de dois meninos e ainda longe da mulher que a colocou no mundo, conta que mães como a dela, que destroem a autoestima dos filhos e transformam a infância e vida adulta deles em um inferno são mais comuns do que se possa imaginar.

‘Saber que se tem uma mãe abusiva, a princípio, não é simples nem fácil de se conceber.
Entender que toda a necessidade de acolhimento e de confiança que se busca na mãe está comprometida é avassalador.
A parte mais dolorosa é quando se ganha consciência sobre os abusos, que, muitas vezes, nem velados são.
Algumas das vítimas que chegam ao meu consultório são desacreditadas, sendo que o filho que está desperto necessita de auxílio para se desintoxicar e não cair no conto de que é ingrato ou que estaria ficando louco.
O filho vítima desse tipo de mãe adoecida sempre será o que não se encaixa em nada, será o bode expiatório de tudo o que pode dar errado e que não presta.
E, como consequência, possui uma baixa autoestima insuportável somada a sentimentos de vazio interior, é o filho negado, o filho perdido.’

Sim, ser filho de uma mãe abusiva é muito mais grave do que as pessoas podem imaginar, eu fui vítima de algo que eu não pude impedir (SOBREVIVENDO NO INFERNO), a minha dor psicológica é particularmente aguda.

A gente espera ser acolhida e é difícil romper com esse ideal de que a mãe sempre quer o seu melhor. Nem sempre ela quer. – Verbenna Yin