quarta-feira, 26 de setembro de 2018

FAMÍLIA NÃO É TUDO, POIS O AMOR INDEPENDE DE LAÇO SANGUÍNEO

Uma ilusão por mais convincente que seja, ainda será uma ilusão.
Não importa o que digam, família não é sobre quem te pôs no mundo ou o sangue que dividem, alguns podem ser parentes, mas não irmãos, irmãs, e por aí vai, essa é a diferença (escrevi sobre em A DIFERENÇA ENTRE FAMÍLIA E PARENTE).

Há uma forte ideia de que a família é um valor absoluto.
Em primeiro lugar, não é tão óbvio que a emoção predominante entre familiares seja o amor, na maioria das vezes, o amor existe, mas não é a única emoção.
Rejeição, rivalidade, inveja, também imperam nas ligações entre pais e filhos, entre mães e filhas.

O Andre Sena Machado escreveu uma frase sintetizando o assunto em um blog.
Na nossa cultura existe um viés torto que apóia a mãe como vitima e perdoa erros imperdoáveis em nome de um senso abstrato de vinculo familiar, como se o elo de sangue por si só trouxesse implícito nele a sabedoria para não causar danos.’

Rosely Sayão, psicóloga com mais de 30 anos de experiência em clínica, propõe uma reflexão e deixa uma pergunta.
‘É bom pensar sobre como a dinâmica familiar influencia, para o bem e para o mal.
A cada etapa da vida dos filhos, a família precisa mudar, há famílias que insistem em não fazer isso, e muitas vezes, esse é um dos motivos do grande desconforto que os filhos experimentam.
Pense em sua família: Ela tem se transformado à medida que os filhos nascem e, depois, crescem?’

Devido ao desalento, estado emocional complexo que envolve um sentimento penoso, provocado em relação às atitudes dessa senhora aqui (vide SOBREVIVENDO NO INFERNO), há várias formas para eu responder essa pergunta.
Ocasionando na memória um “sopro” de alguém quase-anônimo: Às vezes, culpo-me por sentir que abandonei minha família, agora que o conheço, sei que não devo reclamar de meus sentimentos vendo você escrever, fazer, o que faz.

A verdadeira felicidade está na própria casa, entre as alegrias da família. – Leon Tolstoi

domingo, 23 de setembro de 2018

O LEGADO DO AMOR DISTORCIDO

Herança: Um colchonete, um travesseiro e um lençol.
‘Pais tóxicos são um fardo muito pesado para os filhos’.
Essa era a frase do artigo publicado pelo jornal O Tempo, acompanhada dos esclarecimentos abaixo.

‘O que são: Pais cujo comportamento negativo causam desgaste emocional.
Atitudes: Abusam dos filhos verbal, fisicamente; outros têm comportamento inadequado ou ignoram as necessidades emocionais dos filhos.
Consequências: Alguns padrões de comportamento deixam um legado de culpa e vergonha em seus filhos.

A questão sobre como os terapeutas lidam com pacientes adultos que tem pais tóxicos recebe pouca atenção dos livros didáticos ou da literatura psiquiátrica.
Esse, talvez, seja um reflexo da noção errada de que os adultos, ao contrário das crianças e idosos, não são vulneráveis a esse tipo de abuso.
Os terapeutas tendem a tentar salvar os relacionamentos, mesmo isso às vezes sendo prejudicial para o paciente, em vez dessa atitude, é crucial ter a mente aberta e analisar se a manutenção desse relacionamento é realmente saudável e desejável.

A esperança é que os terapeutas consigam ver o dano psicológico de uma relação prejudicial entre pais e filhos’.
Também alerta Judith Lewis Herman, especialista em trauma e professora de psiquiatria da Escola de Medicina de Harvard.
Ela diz que tenta fortalecer os pacientes para que ajam de forma a se protegerem, assim, eles podem agir para mudar essa relação.

Cabe então salientar às atitudes, coisas abomináveis, dessa senhora aqui (vide SOBREVIVENDO NO INFERNO), e as consequências, assim é importante perguntar: Por que sustentar tudo isso?

Cada minuto que passa é outra chance para mudar tudo ao seu redor. – Sofia