sábado, 9 de janeiro de 2021

'INFERNO EM CASA’

Uma mãe abusiva, uma filha abusada e uma história real.

O que leva uma filha a cortar relações com a mãe? Algo de incrivelmente dramático?
Aqui lhe deixamos um testemunho, na primeira pessoa, do inferno pessoal vivido por uma mulher (relato enviado para https://naoaguentoquando.com.br/).

'Eu refleti comigo mesmo se deveria postar isso, mas o meu próprio bem-estar mental exige que eu o faça.
Isso vai ser difícil de escrever e eu sei disso porque estou parada escrevendo e apagando vários e vários parágrafos seguidamente para conseguir encontrar as palavras certas para expressar o que quero dizer.
Não quero que esse relato se torne algo “vitimista” apesar de ser escrito pela vítima, mas é algo que eu preciso tirar do peito por várias razões.

Sou vitima de uma relação abusiva da minha mãe, dói tanto a minha alma, dói tanto e por conta desses abusos hoje faço terapia.
Na minha vida, foi assídua e constante a manipulação, as acusações, as ameaças, fui maltratada e insultada por ela.
Comi o pão que o diabo amassou, passei o inferno, mas quanto mais ela me queria dominar, prender, mais eu lhe escapava por entre os dedos.

Existe um grande tabu na nossa sociedade quanto a cortar relações com progenitores, mas quem critica e defende que se deve tentar até ao fim, não teve as mães que alguns de nós tivemos.
Mãe é quem ama, cuida, protege, quem nos gera é só progenitor e não é por sê-lo que temos que ficar amarrados a eles toda a vida.
Quando os progenitores nos maltratam, nos humilham e nos manipulam não merecem o nosso amor ou o nosso perdão.

Quando as pessoas nos fazem mal temos mais é que nos afastar, eu tive de cortar relações com a minha mãe para ter alguma sanidade na minha vida e para construir uma auto-estima.
E só assim estou bem, em paz, com algum equilíbrio, eu consegui, estou viva, estou feliz, porque, afinal, o monstro não era/sou eu.
Agora que tenho um filho, entendo ainda menos como é que a minha mãe foi capaz de fazer metade das coisas que fez.
Alguém com experiências semelhantes?’

Pois é, somente quem passou por semelhante situação pode entender o quanto é difícil, eu sai traumatizado da convivência com a minha genitora (SOBREVIVENDO NO INFERNO).

Meu irmão cometeu suicídio e minha irmã está depressiva, minha mãe diz que a culpa não é dela, mas vocês não sabem o inferno que ela fez em nossas vidas. – Frase postada no site.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

MÃE ABUSIVA

A realidade da maternidade sem hipocrisia.

A Dr. Tara J. Palmatier, PsyD em psicologia clínica e MSc em psicologia de aconselhamento esclarece um ponto importante com muita precisão e propriedade.
Nada como a franqueza.

'Você não deve nada à sua mãe abusiva.
E aqui não falo só de bens materiais, mas de amor, atenção, respeito.
Ninguém que te desrespeita merece o seu respeito.
Você não precisa falar bem dela, você não precisa perdoá-la, você não precisa amá-la, não importa o apoio financeiro que ela lhe deu como progenitora.
Abuso é abuso.
Não deixe que ninguém lhe diga o contrário, isso inclui a tua mãe.’

Sabe, só se consegue ter esse tipo de visão se a gente se esforçar para transcender toda a carga de mitos e crenças que, aos poucos, nos vão sendo “ensinados”.
Faça os seus amigos a sua família e abandone a aprovação da mãe em sua casa, desbrote, rompa todos os laços se for necessário, faça o que for preciso, simples assim.
Eu faço isso, por causa das escolhas e dos atos abomináveis dela sempre citada aqui, (SOBREVIVENDO NO INFERNO).

Por mais que a sua mãe passe a vida inteira tentando convencê-lo de que a maneira que lhe trata seja “normal”, a dor e a tristeza sentidas reproduzem uma história completamente diferente. Quando você se mantém fiel as suas emoções, os seus limites se tornam seus aliados inequívocos contra o desrespeito e o abuso. – Michele Engelke

segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

'MÃES TÓXICAS NA VIDA DOS FILHOS ADULTOS'

O lado sombrio das mães tóxicas, que assombram seus filhos não importa a idade.

Mais uma vez deixo para a psicanálise explicar esse tema relevante.
Com a palavra Polyana Luiza Morilha Tozati, psicóloga, que desmascara uma instituição cultural e psicológica - e como tal, existem certos tabus anexados a ela.

'Todos sonhamos com a mãe sagrada, acolhedora e protetora, mas muitas vezes nossas mães terrenas conseguem ser antimodelos, mostrando-se destrutivas.
Motivadas ou não por suas feridas, suas ações são danosas e geram muito sofrimento aos filhos.

Mas quem iria acusar essa mãe? Um filho teria coragem para isso?
Muitos iriam se sentir culpados, pois o estrago psicológico que essas mães causam são muitos'.

Sim, o estrago é enorme, mas é preciso coragem e eu sou um desses, o que tenho feito é mostrar a verdade, face às escolhas, as atitudes dela, sempre citada aqui, capaz de atos abomináveis (SOBREVIVENDO NO INFERNO).
Ainda bem que sempre tem alguém que entende quando eu digo que quero distância da pessoa que me pôs no mundo.

Parem com esse hábito de dizer para as pessoas: “continua sendo teu pai”, “mas é a tua mãe”, “ele é teu irmão/irmã”, “mas é teu sangue”. Tóxico é tóxico, não importa se é a sua família ou não, você tem o direito de se afastar de pessoas que constantemente te machucam. – Victor Freitas