sexta-feira, 15 de abril de 2016

TRAUMAS EM PEDAÇOS

O que escrevo tem de breve, tem também de intenso.
Disseram: ele tentava superar as dificuldades que a vida lhe impunha. Também acho que ele está em um profundo conflito.

Isto posto, ao contrário do que escrevi aqui anteriormente, quando perguntaram em que momento o mundo perdeu o valor para eu, presentemente tenho outra resposta.
Já possui algumas ambições como qualquer pessoa, porém padeço* com o ascetismo, e na sua definição dramática, quando apresento por meio de palavras um acontecimento, retratando, fundamentalmente, os conflitos das relações humanas.
* Sofrer de dores físicas ou morais, ter dificuldades ou estar infeliz, padecer de uma aflição imensa.

O ascetismo é a filosofia adotada por quem quer obter a excelência e harmonia espiritual.
O termo significa alguém que pratica uma renúncia ao mundo.
Max Weber designou, o 'ascetismo extraordinário', que se refere a pessoas que desistem do mundo.

Uma pesquisa do hospital McLean nos EUA, sobre comportamento cognitivo, mostra que: se uma pessoa acredita em alguma coisa metafísica, espiritual, que pode ser eterna, permanente, onipotente, então esta coisa pode ser uma fonte importante para ela, principalmente em períodos de estresse emocional.
E Yuval Noah Harari em Uma Breve História Da Humanidade diz: só o Homo sapiens pode discorrer sobre coisas que até podem não existirem de fato e acreditar nas impossíveis.
O que nos “salva” é nossa imaginação, a maior vantagem sobre outros seres.

Daí, alguns conseguem perpassar a acepção que eles mesmos extraem da própria vida.
Imagina-se o que já perdeu-se, e por vezes o que nunca teve-se.
Deseja-se muito além das coisas tangíveis, aquelas que os olhos veem e as mãos tocam.

Mas e aquilo que os olhos não veem, a mente inventa?
A imaginação se alimenta mais de sombras do que de luzes?
E as luzes clareiam fatos, enquanto as sombras orientam versões?
Bem, a vida real muitas vezes imprime seu pesadelo.

Dormir por muito tempo, ficar chapada e ter orgasmos são alguns ótimos artifícios para se encarar a realidade que é deprimente. - Letícia F.