terça-feira, 6 de novembro de 2018

ÓRFÃOS DE MÃES VIVAS

O drama de um homem.
Laurinda Alves, escritora, professora de comunicação e liderança ética, jornalista, escreveu uma matéria no jornal Observador chamando a atenção para uma situação frequente e grave usando o título acima.
‘Parece-me que ser órfão de pais vivos é uma tragédia diária.
Uma ferida aberta e profunda, que dificilmente cicatriza’, diz ela.

A psicóloga Márcia Marques, da Clínica Medicina do Comportamento, no Rio, confirma a tese de Laurinda.
Ela diz: As sequelas dos maus-tratos podem ser irreversíveis.
Nenhuma mãe está livre de falhar, mas agir com perversidade ultrapassa os limites aceitáveis.

Sobre o mesmo assunto a juíza Constance Briscoe contou em uma entrevista para a revista ISTOÉ que superou as adversidades relatando suas tristes memórias em um livro.
A obra, que já vendeu meio milhão de cópias em dezenas de países, joga luz sobre mães que agridem psicologicamente os filhos, e é um exemplo de como aqueles que deveriam amar acima de tudo podem ser os algozes dos próprios filhos.

Na mesma reportagem S. L. (ela prefere não se identificar), 30 anos, fez um desabafo.
‘Algo precioso quebra dentro das pessoas que descobrem que sua mãe é o real motivo dos seus problemas.
Em mim quebrou, mas isso foi libertador também.
Tirei todas as culpas das minhas costas depois de ver que ela é que me causava problemas.
Me falaram que o que vem de uma mãe pode levantar ou derrubar um filho e é verdade’, contou.

Bem, então a vida de um homem é drasticamente alterada quando essa senhora com atitudes abomináveis lhe tirou tudo o que ele prezava, tudo com o que ele se importava e depois o expulsou porta afora (ela resolveu me punir por algo que eu nunca fiz, vide SOBREVIVENDO NO INFERNO).

É mais fácil criar crianças fortes, que reparar homens que quebraram. – Frederick Douglass