NEM TODA MÃE É BOA, EXISTEM MÃES MÁS

Há Mães e mães.

Uma coisa que você deve entender: É preciso deixar bem claro que não estamos aqui para pregar o ódio contra todas as mães.
Nunca falamos que não existem mães maravilhosas, mas o ponto crítico é a mãe má, perversa, abusiva emocionalmente, porque o mais difícil é falar de mães assim.

Gostaria de reforçar o quão difícil é para um filho ou filha comentar sobre o assunto, muitos que compartilham os episódios de abuso emocional que sofreram das próprias mães acabam se calando.
Ele sabe que nem sempre pode falar o que sofreu, pois vai ser massacrado, vai sofrer preconceito.

Vai sofrer rejeição, vai ser julgado por não concordar que mãe é a coisa mais sagrada do universo.
E vai ser odiado quando as pessoas usarem os desabafos contra ele, dizendo que deve ser um “psicopata” por falar mal da própria mãe.

Sabe, o julgamento e o preconceito apavoram, oprimem, ouvimos coisas do tipo: “ingratos", "desnaturados", "mal agradecidos”.
Mas temos um recado para aqueles que tentam nos calar: Vocês acham que depois que a gente se conscientiza de que a culpa não é nossa vamos deixar de expor o que passamos?

É nesse sentido que esse é um espaço de desabafo (SOBREVIVENDO NO INFERNO), relatos, e por que não, de acolhimento para quem também vivencia ou já vivenciou relacionamentos com esse tipo de mãe.
Para concluir, sabemos que o maior medo dessas mães é serem desmascaradas e é exatamente isso o que estamos fazendo, não se preocupem, elas estão sendo expostas, na internet, nas redes sociais e nas conversas pessoais.

O dia das mães fez-me muita confusão, magoava quando chegava esse dia, olhava em meu redor e via que meus amigos tinham mãe, sim, mas uma verdadeira mãe. – Danu Morrigan

A REALIDADE CONTRADIZ A GENERALIZAÇÃO DE QUE TODAS AS MÃES SÃO BOAS

Existe um grande número de mães que não reflete esta suposta tendência.

Crê-se, por pensamento mágico ou por conformismo que toda mãe é boa, coloca o filho em primeiro lugar e quer o melhor para ele, mas isso nem sempre acontece.
Mulheres que tiveram filhos e são más existem, e precisamos falar sobre isso, mães amorosas e protetoras, também, e em maior número, mas infelizmente esse não foi o meu caso.

Eu falo de uma mãe que foi péssima mãe, má e abusiva emocionalmente, cujo filho foi negligenciado, maltratado e abandonado (o abandono não precisa ser físico para ser considerado abandono) - SOBREVIVENDO NO INFERNO.
E a forma como isso afetou minha saúde mental é algo assustador, sabe, eu tenho algumas cicatrizes no corpo, mas as maiores, mais doloridas, que estão sempre abertas, não são aparentes.

Tem muita gente quebrada por aí, que nasceu linda, feliz e inteira mas os abusos de uma mãe fizeram destruir. – Bert Hellinger, psicoterapeuta.