sábado, 14 de agosto de 2021

VOCÊ JÁ DEVE TER OUVIDO A FRASE: MÃES DÃO TUDO DE SI PELO BEM ESTAR DE SEUS FILHOS

Mas só que não é bem assim, existem mães e "mães".
É difícil aceitar que existam mães que não gostam dos seus filhos, por isso, para embarcar nesse mar de reflexões é preciso se despir de tudo o que foi escutado durante uma vida inteira.

Jogue tudo fora, é preciso livrar-se de todas as crenças que enfeitaram seu imaginário quando o tema em pauta é a maternidade má.

A psicanálise já descreveu características e contornos peculiares que algumas mulheres, na condição de mães desenvolvem com relação aos seus filhos.
Na dinâmica deficiente dessas relações os filhos diariamente recebem críticas, desqualificações e intolerância, independentemente de qualquer coisa.

Essas mulheres estão sempre com a razão, ou seja, nunca admitem erros; não pedem desculpas de forma genuína.
Elas não se questionam, não se perguntam se o problema pode estar nelas, sempre dizem que o problema esta no filho.

Elas torturam, e se fazem de vítimas, de coitadas, para contarem a todo mundo como o filho era ingrato e ela que fazia tudo por ele não merecia passar por isso.
Sim, essas situações acontecem mesmo e infelizmente chegam a ser comuns, pois é, nem toda mãe ama incondicionalmente, nem toda mãe coloca os filhos em primeiro lugar, a minha, pelo menos, não - SOBREVIVENDO NO INFERNO.

Minha mãe me culpou a vida inteira por ter “estragado” a vida dela (e olha que eu fui planejada). Você chega a conclusão sozinha que nem toda mulher nasceu para ser mãe e algumas de fato não deveriam ser. – Danielle Cony

segunda-feira, 9 de agosto de 2021

PARA QUEM ACHA QUE TODA MÃE SEJA SÓ SINÔNIMO DE AMOR, PRECISO CONTAR QUE NEM SEMPRE

A idealização: a mãe é fonte inesgotável de amor, oculta sentimentos agressivos. – Sigmund Freud
Amor de mãe é a coisa mais incrível que existe, seja quando recebemos ou quando sentimos, mas nem para todos é assim.

Há quem enfrente um inferno entre quatro paredes, tendo a mãe como terrível algoz.
E essa ferida é muito dolorida, e normalmente é carregada por toda a vida, é uma das provas de vida mais difíceis que existem e deixa marcas eternas, é a dor que faz a alma sangrar.

A jornalista Karina, 53 anos, conta que fazia de tudo para não ter de ficar no mesmo ambiente em que a mãe.
Aqui em casa me sinto como se eu fosse um rato em uma jaula, sozinha com um leão faminto.
É horrível você conviver com alguém na mesma casa e ter que pisar em ovos para falar com a pessoa porque ela pode te fazer qualquer coisa, e magoar, causar sofrimento e dor, e você deve ficar calado para não aumentar ainda mais a pressão da fera, diz ela.

Pois é, o relacionamento que você compartilha com sua mãe pode ser devastador, tudo se origina de situações negativas e dolorosas, eu sei bem o que é isso, existe essa crueldade, quem tem uma mãe assim sabe o inferno que é.
Alguns pensam que se trata somente de uma mãe difícil, severa, mas a realidade é muito mais dura que isso, experimenta-se o inferno, pouco a pouco, dia após dia, é a receita para a destruição completa da autoestima e da vida de qualquer um - SOBREVIVENDO NO INFERNO.
Falamos em mães, pois esse transtorno acomete as mulheres e se restringe na relação que elas têm com os filhos, especialmente as filhas mulheres, mas pode acontecer com homens também, arremata a psicanalista Verbenna Yin.

Quem não experimentou o sentimento primordial do amor materno, muito frequentemente sentirá que lhe falta o amor primitivo pela própria vida. – Arthur Schopenhauer