terça-feira, 2 de dezembro de 2014

TUDO O QUE NÃO ESCREVO NO FACEBOOK

Ou: Evidências pré-existentes sobre o lado obscuro das redes sociais e seu papel nas relações interpessoais.
As mídias sociais mudaram os relacionamentos em todos os níveis, o social, o profissional, etc.
E se tornaram o principal meio de comunicação.
Marcar encontros, divulgar a vida, conversar, fazer amizades, tudo isso faz parte do nosso dia a dia, considera a psicóloga Lizandra Arita.

A mídia eletrônica transmite muito mal a emoção em comparação às interações pessoais, muitos a veem como a forma perfeita de enviar mensagens "difíceis", assim, se iludem achando que não irão causar nenhum mal a outra pessoa.
Mas mesmo nas redes sociais as consequências das ações podem ser reais.
As relações estão cada vez menos respeitosas, aperta-se um botão sem qualquer preocupação com os sentimentos da outra pessoa.
Isso acaba contaminando as relações do mundo real, diz a psicóloga clínica Marisa de Abreu.

Sou de um tempo bem antes da internet transformar as pessoas em seres enviesados.
Incrivel perceber quão desconectadas da realidade as pessoas do Facebook estão.
Meio besta falar isso hoje, tempo em que as pessoas "sabem" tudo.
Com o advento das redes sociais e seu poder de disseminação, a coisa ficou tão amplificada que a sensação é: Alguns acreditam que só de olhar o perfil de uma pessoa na internet, já sabem tudo sobre ela.
Acreditar que isso é o suficiente faz as pessoas serem preconceituosas e considerarem que, já sabem tudo a respeito de que não se sabe nada, afirma Marisa de Abreu.
Um simbolo da estupidez globalizada e amplificada pelas redes sociais.

Facebook, esse caledoscópio de opiniões, estados d'alma, indignações, frases de ódio e coisas mais.
Nele, é possivel esconder sentimentos e mostrar apenas o que se quer.
Quando algo desagrada, pode-se simplesmente sair ou parar a conversa sem precisar enfrentar situações desagradáveis ou pessoas que não desejar contactar.
Então . . é preciso ter postura digna no trato das relações sociais.
Fazer comentários menos torpes, menos primitivos, não coisas que fogem à esfera do razoável.

O linchamento simbólico está na moda (pensam que podem achar tudo o que dizer nas caixas de comentário de redes sociais).
Fenômeno cada vez mais recorrente nas redes sociais nos dias de hoje.
É a "lição de moral de plástico", feita por gente que comete os mesmos erros denunciados, mas busca dar uma 'trollada' básica para se eximir de seus próprios pecados e ainda posar de "paladino da moralidade".
Transformando em um 'meme' ou outro rótulo besta, que acompanha qualquer merda feita nas redes sociais nos dias de hoje.
Lamento, mas a mim vocês não enganam.

O que tenho escrito serve como ponto de partida para se refletir sobre a forma como as pessoas se relacionam, sobre a imagem que criam pra elas mesmos e que projetam para o mundo.
O resultado desse comportamento pode ocasionar falsa felicidade e superficialidade nas relações.
Cada um modera a sua rede de amigos e o que as pessoas têm acesso, é uma falsa sensação de controle da própria vida.
Cria-se uma ilusão de felicidade, pois os contatos são fáceis, as pessoas são ótimas, e as que não são não estão na lista, fala-se e faz-se o que se quer, não se enfrentam os dilemas das relações.
O perigo é não conseguir mais se adequar à realidade, e viver a virtualidade no dia a dia.

Nunca gostei do Facebook, ainda não gosto dele, parece-me um daqueles conjuntos habitacionais construídos pelo Paulo Maluf, sobretudo no que há de mais feio. - Cláudio Rúbio