sábado, 19 de fevereiro de 2022

‘SABER QUE SE TEM UMA MÃE ABUSIVA, A PRINCÍPIO, NÃO É SIMPLES NEM FÁCIL DE SE CONCEBER'

(Verbenna Yin, psicóloga)
Sim, é muito difícil lidar com isso porque dói na gente!
Descobrir que a própria mãe é abusiva representa um evento marcante na vida de qualquer indivíduo, independente de idade, sexo ou classe social.

No meu caso, aconteceu há mais de duas décadas, e no dia 30 de maio de 2011 descobri que a minha mãe além de abusiva era tóxica.
Afinal, como fugir desse termo para descrever os traumas e dores - SOBREVIVENDO NO INFERNO - que ela me causou?

E, a propósito, dos denominadores comuns dos filhos que vivem esta experiência creio estar esta “marca", este sentimento de “vazio", é aquele buraco negro que nunca fecha.
É devastador, nós nunca estaremos totalmente curados, carregamos dentro da gente uma quantidade imensurável de feridas que nunca cicatrizam.

Que fique bem claro, eu sofri um grave abuso emocional, eu fui abandonado, desrespeitado, a minha exclusão sangra até hoje.
Sabe, já me perguntaram se eu consegui superar todos os traumas; não, não acredito que seja possível superá-los, é uma das experiências mais amargas que alguém pode ter.

Existem mães maravilhosas, mas também existem mulheres abusivas, agressivas, problemáticas, manipuladoras, que tem filhos. (De Filha Para Filha - Facebook)

domingo, 13 de fevereiro de 2022

‘OS FILHOS DE MÃES ABUSIVAS SÃO DUPLAMENTE ABUSADOS’
‘Uma vez quando ocorre e outra quando ele diz a verdade sobre a sua genitora.’

(Linda Martinez-Lewi, PhD)

Quando nós explicamos que nossa mãe é abusiva, somos logo condenados pela maioria das pessoas, o responsável por isso é o mito do amor materno.
A gente sofre com a condenação da sociedade perante isto, já não é mal o suficiente ter uma mãe assim?

Mas quer saber? Eu pessoalmente me sinto orgulhoso por ter exposto o inferno em que minha mãe transformou a minha vida - SOBREVIVENDO NO INFERNO.
E no fundo o inferno também é outro, cinge-se na condenação da sociedade, sou "condenado" porque "mãe é mãe", então vou deixar bem claro: Mãe não faz o que ela fez, mãe respeita.
Acontece que para essas pessoas, é mais fácil eu ser um filho "ingrato", "desnaturado", do que ter uma mãe que me tratou feito lixo, me destruiu emocionalmente.

Agora não pensem que vai ficando mais fácil, o jeito é aprender a ter que viver com isso, ter coragem, tentar me preservar acima de tudo, sem ceder a pressões.
O que mais posso eu fazer para além da verdade? Essa é a história de vida que carrego.

Aprender que é bom e, até mesmo desejável, compartilhar o que está sentindo é um grande passo para desfazer os danos causados por mães abusivas. – Dr. David Mc Dermott

sábado, 5 de fevereiro de 2022

MÃES ABUSIVAS (COMO A MINHA) SÃO NOCIVAS
Essas mães são tóxicas, elas nos fazem mal.

Infelizmente, vivemos uma cultura onde para os filhos existe o dever de “gratidão incondicional”, tenham eles sofrido males cruéis, relegados a negligências de toda ordem, nem por isso lhes é lícito ter raiva daquela que o gerou e o trouxe ao mundo.
Pois é, para quem foi vítima de uma mãe abusiva resta a condenação social, afinal levamos na cara que "mãe é mãe" como se isso permitisse tudo e justificasse tudo.

Nem podemos falar mal dela por que ninguém gosta de gente que fala mal da própria mãe, embora a mãe possa insultar, maltratar, violar, abusar (e não falo no sentido sexual, mas sim emocional, psicológico), e temos de aguentar porque "mãe é mãe”.
Nós somos educados na noção do “dever" para com as mães e quando contamos nossas histórias encostam-nos à parede e tentam nos calar, mesmo em relação a situações absurdamente injustas e inimagináveis.

É . . só quem tem uma mãe abusiva sabe o quanto é difícil viver com pessoas assim, e não, não curamos, o estrago é grande demais, não tem como curar, somos aleijados emocionais, seguimos como podemos, aos tropeços, cheios de cicatrizes.
E quem sobrevive a tudo isso ou desenvolve mecanismos complexos e autocastradores para manter a relação com a mãe, com grandes custos em termos de autoestima e valores, ou arrisca-se a sofrer desaprovação e rejeição.

Sabe, a minha mãe destruiu a minha autoestima, conduziu-me a uma depressão; sobrevivi - SOBREVIVENDO NO INFERNO - mas para manter alguma sanidade é preciso manter uma distância.
Porque não há mesmo outra maneira de viver a não ser à distância, é muito triste mas é uma solução, pior seria se não houvesse nenhuma.

Não espero nem quero um pedido de desculpas, afinal, eu já a confrontei e ela não se importou, mas quero viver bem, longe dela, gente assim não é mãe.
Eu estou definitivamente de costas viradas para ela, pelo abuso psicológico, pelo abandono emocional, pela exclusão e pela falta de respeito e consideração com que me tratou.
A minha mãe me levou ao limite, mas conhecendo eu a personagem, ela é a grande mártir e eu o grande ingrato.

Uma das razões pelas quais uma mãe trata mal um filho é que certamente ela não é capaz de oferecer uma coisa que nunca teve. – Polyana Luiza Morilha Tozati, psicóloga.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022

EU E DUAS FILHAS E NOSSAS TRÊS MÃES ABUSIVAS
Três histórias reais.

'Quando alguém me pergunta pela minha mãe eu faço um silêncio enorme e digo que sou orfã de mãe viva. Não tenho nem nunca tive uma verdadeira mãe.
Aprendi mesmo que tardiamente que ela nunca vai tomar consciência e muito menos se arrepender dos males que me causou e não sei se vou conseguir fechar a ferida, acho que nunca.’

'Tenho a dificuldade da validação do abuso psicológico; como validar que a minha ansiedade, depressão, disturbios do sono e outros sintomas foram causados pelo comportamento da minha mãe?
O que fazer nesse caso quando a mãe é emocionalmente abusiva, ainda mais que acontece apenas comigo, enquanto os outros são protegidos e até fazem o que querem?'

Parecem trechos da minha história. O que não faltam são mães abusivas que sugam as nossas energias, muito triste isso, e o pior é que não sabemos o motivo pelo qual elas nos tratam dessa forma.
Olha, infelizmente para quem vive uma relação assim é comum sentir-se impotente, nem todos vão validar a sua dor, mas basta apenas uma busca rápida na internet para saber que já somos milhares.

Bem, é como diz o ditado: Mãe só tem uma, e pessoas como nós tiveram muito azar com aquelas que a vida nos deu.
A minha pôs a vida e as necessidades de outras pessoas antes das minhas, foi incapaz de perceber as necessidades do filho único, anulou fronteiras, cedeu meu espaço, me desrespeitou e me deixou como um cão vadio na rua - SOBREVIVENDO NO INFERNO.

Não espere que todo mundo entenda a dor que você suporta sendo filha de uma mãe abusiva, a ideia é difícil de compreender para a maioria das pessoas. – Danu Morrigan

Somente quem tem uma mãe abusiva consegue conceber o verdadeiro impacto desta influência maligna. – Michele Engelke

segunda-feira, 31 de janeiro de 2022

MÃES ABUSIVAS (COMO A MINHA) NÃO ADMITEM, MAS ELAS FALIRAM COMO MÃES
Elas não apóiam, não dão abrigo, ao invés de proteger, maltratam, infernizam.

Vocês não imaginam o que é ter uma mãe incapaz de exercer o papel de mãe; eu falo de princípios, ética, respeito.
Afinal, foi aqui nessa casa que meus direitos foram violados, aqui me senti acuado, intimidado, por aquela que deveria me preservar - SOBREVIVENDO NO INFERNO.

Sabe, atitudes abusivas marcam um filho para a vida toda, uma escolha errada é capaz de mudar a relação inteira ou até mesmo colocar um fim nela e destruir emocionalmente a gente.
A propósito, no que se refere aos danos emocionais, quando voltei a morar nesse ambiente disfuncional, de abandono, de exclusão, já existiam feridas abertas, mas elas foram purgando cada vez mais.
Então veio a consequência: Passei a viver num estado de estresse crônico, aqueles comportamentos inadequados e atitudes perversas cobraram um preço de lá para cá.

Em tempo: Os profissionais recomendam que buscar ajuda e tomar todas as medidas cabíveis, são fundamentais para recuperar a saúde mental e emocional.
E por falar nisso, circula por aí uma frase que diz: 'a nossa "conta" da psicóloga deveria ser enviada as nossas mães', isto surgiu devido aos inúmeros traumas causados nos filhos por suas progenitoras.

A maternidade não exime a criatura gestora de cometer abusos. – Ana Gabriela Costa, psicóloga.