sexta-feira, 8 de outubro de 2021

UMA FILHA E SUA “MÃE”

Uma das “mães” que não souberam ser mães, “mães” que, com seu comportamento, arruínam a vida dos filhos.
Essa é uma história sobre confiança, uma história de uma filha que não consegue mais confiar na sua mãe.

O pior de tudo é que não devemos ficar chocados aos nos depararmos com uma situação assim, isso é mais comum do que se imagina.

A mãe é aquela com quem os filhos(as) mantém um vínculo de grande confiança, vínculo esse, produto do amor, do respeito, do acolhimento, uma das relações mais positivas que se tem na vida.
Isso num mundo ideal, onde a nossa mãe nos protege, nos coloca em primeiro lugar e é a nossa melhor amiga, e quando não vivemos nesse mundo e a mãe é tudo menos uma aliada?
Os filhos então desenvolvem uma profunda insegurança para viver, sentem uma enorme angústia, baixa autoestima, dificuldades com autoconfiança, eles não conseguem confiar em ninguém.

Mas o que pode levar a isso, uma filha perder a confiança na própria mãe?
Algo muito traumático, como maus tratos emocionais, daquela da qual se espera que deveria ser a protetora, oferecer amor e carinho, o porto seguro dela.
Quando quem mais deveria te amar te machuca significa que algo de muito errado está acontecendo, isso gera um trauma difícil de ser superado e acaba destruindo por completo a relação.

Eu sei muito bem o que é isso. Camila, você não está sozinha, você não é uma exceção, eu também perdi a minha capacidade de confiar - SOBREVIVENDO NO INFERNO.
Ter a nossa confiança em alguém dessa magnitude quebrada, é um golpe duro demais, é uma das experiências mais amargas que alguém pode ter e como é fácil prever, as consequências são devastadoras.

Não sei confiar em ninguém, já que minha mãe, a pessoa em quem eu deveria ter podido confiar só me machucou. – Camila, 26 anos (Nem Toda Mãe é Boa - Facebook).

terça-feira, 5 de outubro de 2021

MÃE SEMPRE AMA A FILHA E A FILHA SEMPRE AMA A MÃE, CERTO?

Nem sempre.
Relacionamentos entre mães e filhas são intensos, há as que são as melhores amigas e outras que não são bem assim.

Costuma-se situar o foco do assunto mães abusivas, nas filhas, mas esse vínculo doloroso pode ser estabelecido entre um filho e sua mãe.

O problema existe há anos na sociedade mas pouco se fala sobre esta relação, muitas vezes abusivas entre mães e filhos.
As mães abusivas acabam depositando nesses filhos toda a frustração e as cargas negativas acumuladas durante a vida, a consequência disso são traumas que podem ser difíceis de superar.

É necessário então buscar uma distância que seja saudável para o filho, alguns especialistas defendem o contato zero, quando existe um afastamento físico e definitivo.
Outros falam em afastamento com poucos momentos de contato, o que eu recomendo é que cada um encontre qual é a distância saudável para si.

Para aqueles que moram com mães assim ou por qualquer razão não podem se afastar fisicamente, o mais recomendável é estabelecer um distanciamento psicológico.
'Quando vocês tiverem autonomia financeira, será mais fácil de se libertar', arremata a psicanalista Virginia Coser.

Sabe, enquanto não acontece, para me preservar, eu mantenho distância emocional da minha - SOBREVIVENDO NO INFERNO - isso é mais uma prova de que uma mãe abusiva, não é uma presença saudável na vida de nenhum filho.

Mãe, se você fosse capaz de me amar não teria feito o que fez. – Virginia Coser

MÃES ABUSIVAS NÃO AMAM NENHUM FILHO!

Filho único também sofre.
A ideia de que o amor de mãe é incondicional e que ela fará sempre o que for melhor para os filhos nem sempre é um fato.

Existe a mãe emocionalmente abusiva que acaba destruindo psicológicamente os filhos e tornando a relação tóxica.

Não creio que haja um relacionamento entre mães e filhos que não seja complicado, lidar com uma mãe difícil é um problema enfrentado por muitas pessoas.
No entanto, lidar com uma mãe abusiva emocionalmente gera traumas que poucos conseguem superar sozinhos.

Sabe, as divergências são inevitáveis, fazem parte do curso natural da vida, mas se conscientizar de ter sido ferido pela própria mãe, pode reforçar o trauma e provocar uma sensação de culpa.
Afinal, como superar os abusos passivo-agressivos dela quando o que se prega é que devemos amar a mãe acima de tudo e aceitá-la do jeito que ela é? Nós explicamos para você.

'Pessoas que sofreram com essas mulheres, vocês não são obrigados a aceitar o abuso só por ser sua mãe.
E assumir que a culpa não é sua pode ajudar na superação de feridas emocionais causadas por essa relação', afirma a psicanalista Virginia Coser.

Bem, eu estou buscando formas de trabalhar as marcas deixadas por uma relação nada saudável do ponto de vista psicológico - SOBREVIVENDO NO INFERNO - com a minha “mãe”.

A mãe abusiva cultiva a culpa, diz coisas como "Eu sacrifiquei tudo por você", "Eu fiz tudo por você" e "É assim que você me agradece". – Michele Engelke

domingo, 3 de outubro de 2021

A REALIDADE É IMPLACÁVEL, MÃES PODEM SER ABUSIVAS

Não se pode mais negar, não se pode ignorar.
Tenhamos como ponto de partida pessoas desacreditadas que não tiveram na figura da mãe o esperado amor incondicional e encontraram na internet um local para desabafar, buscar ajuda e entender conceitos como o de mães abusivas.

"Ingratos", "desnaturados", "mal agradecidos" são algumas das críticas que os filhos(as) dessas mães costumam ouvir quando abordam o assunto.

De acordo com o psicoterapeuta Les Carter, autor de livros sobre o assunto, a não percepção do problema vem da falta de educação sobre questões psicológicas.
Com isso, a internet acaba sendo o principal espaço para desabafar e se discutir as questões relacionadas ao tema.

Violências psicológicas nos relacionamentos entre mães emocionalmente abusivas e filhos são mais comuns do que se imagina.
Isso causa muitos danos, por isso devemos ouvir essas pessoas com muita empatia e acolhê-las, já que essas marcas não são visíveis mas tem sérias consequências para aqueles que os sofrem, também acrescenta a neuropsicóloga Carla Salcedo.

Eu sei como é sentir isso, carrego as cicatrizes emocionais do abuso psicológico - SOBREVIVENDO NO INFERNO.

A mãe emocionalmente abusiva não é um ser sagrado. – Michele Engelke

sábado, 2 de outubro de 2021

LAÇOS ABUSIVOS MATERNOS, LAÇOS QUE PARECEM NÓS, LAÇOS QUE NOS ATAM, PRINCIPALMENTE COM AS COISAS RUINS QUE NOS MACHUCAM

Cortar esses laços dói menos que se enforcar em seus nós.
Um estudo da Universidade Purdue aponta o abuso emocional como a causa da quebra das relações entre filhos adultos com suas mães.

Os pesquisadores descobriram que, para mais de 80% dessas pessoas, romper os laços está associado a resultados positivos, elas sentiram que foi a escolha certa.

Seja pelo que for há filhos que optam por cortar o laço maior que os une as suas progenitoras.
E quer aceitemos quer não, às vezes não sobra nenhuma outra opção a não ser essa, mesmo que isso seja a coisa mais “antinatural” que se espere de um filho.

Cortar esses laços, às vezes, é a coisa mais saudável que se pode fazer.
Se a pessoa tem consciência de que a relação é disfuncional, de natureza abusiva e a culpa é da outra parte, poderá dosar o quanto aguenta e o quanto precisa de distanciamento, explica Marcelo Lábaki Agostinho, psicólogo clínico.

Infelizmente, algumas vezes a gente têm que passar por processos dolorosos - SOBREVIVENDO NO INFERNO - para que possamos despertar.
E é essencial aprender a lição, porque há sempre alguma lição envolvida, para alguns, pode ser que a lição seja abrir mão da culpa.
Também podemos questionar sobre o que queremos dessa relação, especialmente se há algo que a outra pessoa não nos dá, por muito que nós façamos.

As relações maternas devem ser baseadas em respeito e cuidado, um cuidado que respeite o espaço e a individualidade de cada um, mas que não machuque, não abandone.
Sabe, libertar a nossa história é lidar com a verdade, esta que pode doer, mas acaba por fazer um grande bem.

Cortar laços pode ser doloroso, porém, pode ser necessário para se libertar de uma relação que seja desconfortável, desgastante e que causa um sofrimento emocional significativo.
A gente merece uma vida saudável, com um relacionamento de valor, mesmo que isso signifique se afastar da pessoa que nos adoece.

É mais fácil acreditar numa mãe do que no filho ou filha que optou por se afastar emocionalmente da teia danosa matriarcal. – Júlia de Miranda