quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

'AS MÃES PERVERSAS NUM OLHAR PSICANÁLITICO’

‘Geralmente, as mães abusivas aprendem esse comportamento com seus próprios pais.’
[O vídeo acima é muito esclarecedor]

'Temos no imaginário coletivo que todas as mães são sempre boas, ou seja, são aquelas pessoas angelicais que protegem os seus filhos, não os deixam passar pelos traumas da vida e que os socorrem das decepções que a sociedade impõe.
Mas isso não é uma verdade absoluta. Há exceções, pois existem as mães perversas.

É difícil aceitar a dessacralização da imagem imaculada da figura materna e reconhecer que têm mães malignas, desprovidas de empatia e humanidade.
Mães que crêem que os filhos não são importantes o suficiente para discordar de qualquer uma de suas necessidades.

O cinema, por exemplo, é revelador das perversões maternas.
E os personagens podem existir na vida real? Sim.

Na psicanálise, os perversos, inclusive as mães, têm um modo de funcionamento psíquico baseado numa estrutura perversa, essas pessoas não aceitam ser submetidas as regras e as normas sociais.
Essas mães recorrem a diversas formas de interação com peso emocional, como o choro, as supostas doenças e sofrimentos.

São armas psíquicas usadas pelas mães perversas, elementos simbólicos que prendem emocionalmente, que influenciam de modo dominante no relacionamento.
Essas situações são frequentes para satisfazer as necessidades dessas mães, gerando mal-estar e conflitos.

Os filhos desse tipo de mães sofrem no ponto de vista moral e psíquico, possuindo marcas dolorosas que se manifestam na alma e no corpo.
Eles têm dificuldades de tomar decisões na vida, podem ter problemas para dizer não aos relacionamentos abusivos, principalmente dizer não as pessoas autoritárias, que lembram a figura materna.
Então, podemos imaginar os danos nos filhos dessas mães perversas.’ – Jackson César Buonocore, psicanalista e sociólogo.

‘Se você acha que a sua mãe é perversa, a probabilidade de você estar certo é muito grande, não há melhor especialista em abuso materno do que filhos de mães abusivas.
Se sua mãe for abusiva, ela nunca irá admitir ter qualquer tipo de problema, como ela sempre tem uma justificativa para seu comportamento abusivo, dificilmente procurará tratamento, terapia.
Já que você não pode contar com a “sinceridade” da sua mãe, cabe a você ir atrás da verdade.’ – Cássia Rodrigues, psicóloga.

Bem, a minha experiência de muitos anos de convivência com uma mãe abusiva, perversa, vale mais do que mil diagnósticos (veja as atitudes abomináveis dessa senhora aqui em SOBREVIVENDO NO INFERNO).

As mulheres excedem aos homens em perversidade. – Públio Siro

quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

'MÃE ABUSIVA, VOCÊ TEM UMA?'

O concurso de circunstâncias que determina o real significado de um fato.
Ela se chama Nancy, e postou a tal pergunta em um fórum, querendo também saber o que motiva o comportamento de mães abusivas.

‘Minha mãe ficou assim por que?
Isso é motivado por que ela sofreu muito na vida?’

É Isabela Freitas quem responde.
‘Esse assunto é muito complexo e não existe consenso entre os profissionais, muitos dizem que a causa é multifatorial, outros dizem que é mais genético.
E a maioria afirma que uma pessoa normal não se torna abusiva.

É fato que uma pessoa com mente sã não faz mal à outra de propósito, independentemente do histórico pessoal, tipo de ambiente e dificuldades enfrentadas.
Uma pessoa, mentalmente sadia, procura usar as dificuldades como forma de tornar-se melhor, mais empática e solidária com a dor alheia.

Muitas pessoas enfrentaram sofrimentos horríveis e não se tornaram más, abusivas e perversas, o ambiente e o tipo de dificuldade não são capazes de tornar alguém ruim, a não ser que exista uma predisposição.
Quem já sentiu dor, entende a dor do outro, e não quer ser o causador desse tipo de sofrimento.

Para as vítimas não importa, se o abusador sabe ou não sabe o que está fazendo, ou qual foi a causa do transtorno, isso não minimiza os efeitos devastadores que esse comportamento disfuncional exerce em suas vidas.
Todas as mães têm defeitos, pois são seres humanos, portanto todas mães erram, mas algumas ultrapassam o erro e são extremamente abusivas.’

Sobrevém então a minha experiência sobre mães abusivas (veja as atitudes abomináveis dessa senhora aqui em SOBREVIVENDO NO INFERNO).

Não há desculpa para abuso, incluindo a desculpa de um transtorno de personalidade. – Dr. Tara J. Palmatier

quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

– QUE HERANÇA MORAL VOCÊ DEIXA PARA SEUS DESCENDENTES?

– Eu fiz o melhor que eu pude.
A psicóloga clínica Silvia Regina Simões, pós-graduada, com especialização em avaliação psicológica e psicodiagnóstico, e experiência em pesquisa científica como bolsista CNPq, apresentou um assunto de forma criteriosa; o conteúdo contém discernimento ou facilmente identifica a verdade.

‘A partir de meus estudos e, principalmente, experiência clínica, estabeleço uma correlação de alguns comportamentos comuns das mães de pessoas que apresentam um trauma, um transtorno.
Mães controladoras e excessivamente abusivas, são como veneno frequentemente jogado sobre as sementes (filhos), impedindo seu desenvolvimento em todos os níveis.

Geram insegurança, baixa autoestima, dificuldades com autoconfiança.
Esses comportamentos maternos são apenas a ponta do iceberg e geralmente há muita dor e sofrimento passados permeando isso.

A dificuldade de sentir prazer na vida cotidiana pode levar os filhos a comportamento de risco.
Os filhos podem se tornarem embotados, compulsivos ou frustrados, com a sensação de fracasso intransponível.
E muitas vezes, é tratando as mães que reduzimos o sofrimento dos filhos.

Atribuo o papel de mãe àquela pessoa que assumiu o outro ser humano por função e não por esteriótipos culturais.
O papel materno é, sem dúvida, o mais importante na vida de um ser humano, por isso, o comportamento de mãe influencia profunda e amplamente a formação dos filhos.
Todas as mães têm defeitos, pois são seres humanos, portanto todas as mães erram, mas algumas ultrapassam o erro e são extremamente abusivas.’

E Michele Engelke, autoridade profissional no assunto, diplomada em Aconselhamento, em Terapia Cognitiva-Comportamental, certificação universitária em Psicologia, treinamento Avançado e Certificação em EMDR em Terapia e em Transtorno de Estresse Pós-Traumático, e fundadora da Liberty Counselling Luxembourg, num dado momento, escreve aquilo que se propõe para chegar a uma conclusão.
'Eu fiz o melhor que eu pude. Dá para acreditar?'
A proposição vale para essa senhora aqui, sempre escamoteando os fatos, com pseudo justificativas (aquelas que não justificam nada), perpetuando essa falácia (veja a minha história, as atitudes abomináveis dela em: SOBREVIVENDO NO INFERNO).

As crianças são educadas pelas ações do adulto, e não pelas suas palavras. – Carl Jung

sábado, 8 de dezembro de 2018

‘APRESENTO A VOCÊS, A MÃE ABUSIVA’

Mães abusivas, filhos infelizes, uma história real.
Ninguém quer falar sobre mães abusivas, ou melhor, pouquíssimas pessoas, Richelle Castro é uma delas.

‘Relacionamentos abusivos familiares são ainda mais tabu que relacionamentos amorosos.
Os filhos têm tratamentos diferentes, existe o “filho dourado” e o “filho bode expiatório”, onde essa mãe abusiva emocional desconta toda suas frustrações e impõe sua moral questionável.

O “filho “bode expiatório” geralmente é o mais sensível, o mais sincero ou simplesmente o mais vulnerável.
O filho “ovelha-negra-da-família” crescerá ouvindo comparações ao “filho de ouro”.

A mãe abusiva não tem empatia, ela não respeita limites, privacidade para o filho expiatório é inexistente.
Ela transfere culpa, mesmo fazendo toda a cagada sozinha, ela é incapaz de enxergar as próprias falhas.

Ela faz drama e chantagem do tipo “quando eu morrer, você vai se arrepender”.
O ideal é se afastar dessa mãe se preciso e procurar terapia, pois as cicatrizes tendem a permanecer.’

Bem, a sociedade está em total negação para o fato de que as mulheres nem sempre são vítimas, afinal, foram condicionados a acreditar que a maioria das pessoas que comete abusos são homens, mas isso não é verdade, vide as atitudes abomináveis dessa senhora aqui em SOBREVIVENDO NO INFERNO).

Eu era o bode expiatório da minha mãe, depois, transformei-me na ovelha negra da minha família. Eventualmente, percebi que o problema não era o tipo de cabra ou ovelha que eu era, mas realmente a doença do rebanho em si. – Elsa Morais

sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

‘MÃES DIFÍCEIS (OU TÓXICAS): AMÁ-LAS OU DEIXÁ-LAS’

‘Num mundo ideal a nossa mãe é a nossa amiga, e quando não vivemos nesse mundo e a mãe é tudo menos uma aliada?’
As palavras são da escritora Catarina Fonseca, jornalista, com mestrado em Literatura inglesa pela universidade de Coimbra, ela escreveu inteligentemente a seguinte matéria publicada na revista Activa.

‘Quando disse que ia fazer um artigo sobre mães difíceis, levantaram-se quase todas as mãos.
Claro que, se formos ver bem as coisas, mães difíceis são todas, e há maus momentos entre todas as mães e filhas.
Ou seja, há mães esporadicamente difíceis (todas), e depois há as mães consistentemente difíceis.

A psicóloga Terri Apter afirma: Uma mãe difícil é mais do que uma pessoa com quem temos problemas de vez em quando.
Há várias formas de ser difícil: Incapacidade de dar o braço a torcer (não se mostra disposta a mudar para melhorar a relação com a filha), incapacidade de perceber a vida da filha, anulação de fronteiras e desrespeito pelo espaço.
Uma mãe realmente difícil põe a filha perante um grave dilema.
Ou desenvolve mecanismos complexos e autocastradores para manter a relação com a mãe, com grandes custos para a filha em termos de autoestima, relação e valores, ou arrisca-se a sofrer humilhações, desaprovação e rejeição.
A mãe difícil impõe este dilema constantemente, conclui Terri.

Pode passar bastante tempo até se perceber que se está a lidar com algo mais que uma Mãe Difícil.
Há muitas, mas mesmo muitas mães que parecem ter feito da arte de ser uma má mãe uma missão para a vida, as histórias verdadeiras são as mais variadas, das mais inócuas às mais cruéis.

A escritora Margarida Vieitez nos esclarece: O nível de toxicidade nas relações mãe-filha atinge o seu exponencial na geração de 40/50 anos, com mães entre 60 e 80 anos.
Muito provavelmente, isso explica-se pela profunda mudança de mentalidades entre estas gerações, nomeadamente em termos de relações, acrescenta.

E como se gere uma relação difícil, conflituosa ou castradora?
Como é que se convive com isto?
Nunca é tarde para ter uma nova atitude, para pôr os pontos nos “is” e para nos fazermos respeitar, é difícil fazê-las mudar, mas elas mudam, diz a escritora.

E quando não mudam?
A terapeuta familiar Karyl McBride sugere uma medida de emergência, a separação total.
Se você tentou tudo e mesmo assim aquela relação compromete inequivocamente o seu bem-estar, esta pode ser a única opção, mas é raro haver quem a tome, até porque é uma opção socialmente muito malvista e condenada, conclui ela.’

Vem a propósito lembrar que tudo aqui pode ser aplicado também aos filhos, vide eu e as atitudes abomináveis dessa senhora aqui (saiba mais em SOBREVIVENDO NO INFERNO).

Onde há raiva, sempre há dor por baixo. – Eckhart Tolle