quinta-feira, 23 de junho de 2016

AS REDES SOCIAIS E A VIDA AMOROSA DAS PESSOAS

Namoros são feitos e desmanchados através de mensagens eletrônicas.
Muita gente é mais apaixonada no Facebook do que na realidade.
Elas postam fotos e declarações românticas, quando na vida real as coisas são completamente diferentes.
Algumas acabam acreditando que a vida virtual é a salvação ou a destruição de suas vidas.
Porém status de rede social não é divã – uma peça irremovível, analogicamente falando, do cenário psicanalítico, que nele persiste mesmo quando nele não está presente – virtual.

Trabalhos científicos mostram que um pouco de exagero em perfis de namoro online é uma coisa comum, como nos diz a Dra. Gwendolyn Seidman, especialista em Cognição de relacionamentos próximos e auto expressão online e presidente do Dpt° De Psicologia do Albright College, nos EUA.
Se bem que, um pouco de exagero no namoro real também é. As pessoas estão mais propensas à mentir em um contexto de encontros offline ou online.

O entendimento comum, é que o amor online não dura.
Parece também que o Facebook tem uma ferramenta que “consegue” descobrir quanto tempo um relacionamento vai durar.
E, um estudo publicado pelo jornal Cyberpsychology Behaviour And Social Networking sugere que a rede social leva usuários a se reconectarem com antigos pretendentes, gerando consequentemente mais casos, rompimentos, términos.
Apesar de outra pesquisa questionar: aqueles que se conheceram online ficaram significativamente menos propensos a se separar do que aquelas pessoas que se conheceram na vida real?

Cientistas garantem, que já conseguem prever, quais relacionamentos irão durar ou não.
Segundo o renomado psicólogo norte-americano John Gottman, eles descobriram a façanha com base em dois traços cruciais, a bondade e a generosidade.
É a generosidade e os pequenos atos de bondade que podem construir ou destruir um romance, conclui Gottman.

Por aqui, em um levantamento onde foram entrevistados 2.046 jovens de 16 a 24 anos de todas as regiões do país, os dados são assustadores.
Tamanha é a necessidade de controle sobre a outra pessoa, que 32% das mulheres relatam que tiveram de excluir algum amigo do Facebook a pedido do parceiro.
30% delas dizem que tiveram email ou perfil de rede social invadido pelo companheiro, 15% contam que foram obrigadas a revelar para os namorados suas senhas de email e Facebook e 28% das mulheres afirmam que foram proibidas de conversar com amigos virtualmente.

Claro que não existe um código escrito, espécie de constituinte, mas há uma série de regras que derivam da mesma lei fundamental: Respeitar os limites dos outros.
Quando alguém está em um relacionamento se torna impossível controlar tudo, já que existe outra pessoa na equação.
Mas por algum motivo estranho, a maioria das pessoas parece achar que não precisa ajustar seu comportamento ao entrar num relacionamento.

Então . . como não acabar com um relacionamento usando as redes sociais?
Bem, Facebook etc e tal, não acabam com relação nenhuma, são os erros que podem por tudo a perder.
É preciso conseguir se enxergar sem as máscaras sociais.

domingo, 19 de junho de 2016

À MEDIDA QUE AMADURECEMOS, DELICIOSO EUFEMISMO PARA SUBSTITUIR À MEDIDA QUE ENVELHECEMOS, . .

. . alcançamos a idade da razão.
A velhice é uma das poucas coisas que não se pode esconder.
Ela é óbvia por si só.
Talvez seja um dos seus segredos positivos.

Contudo, vou tentando me manter jovem eliminando as medidas que não são essenciais, incluindo a idade, a quantidade de cabelos brancos etc.
Quando questionado sobre o número completo de minhas primaveras, desconverso.
Divulgar minha idade não faz parte das minhas prioridades.

Ora, a maturidade é fruto do autoconhecimento, do valor da experiência e do crescimento interior que surge com o passar dos anos.
Deveras me surpreendo, ao sentir as mesmas sensações do passado.
Que belo ser um longevo e ainda me emocionar com uma acção, uma feitura, como se o tempo não significasse nada.
Já falei sobre, nesse link.

E, quando eu, cinquentão, digo que tenho uma vivacidade sexual acima dos padrões, muita gente fica ofendida.
Mas não ‘navego’ só, Reynaldo Giannecchini quando completou 41 anos em 2013, afirmou que a maturidade apenas melhora a vida sexual do homem.
Ele diz: com a maturidade, você aprende a relaxar para curtir o sexo e percebe que ainda tem muito vigor. Com a idade, tudo melhora, o sexo, a cabeça, o trabalho.

Entretanto, quando se começa a ultrapassar a marca dos 50 anos, os fiscais da maturidade alheia dedicam-se ao exercício fúnebre de examinar nossas atitudes.
Todavia, ser um tiozão clássico é permanecer tendo frescor, é desprezar os investigadores de comportamento.
Me nego a brandir o manifesto do cansaço, quero continuar na lida, na espera de algo “impossível”.
Vou ser o último a apagar a luz antes de sair.

Um homem maduro já deixou muita besteira para trás, já quebrou a cara, já bateu em centenas de portas erradas.
Têm drama, lágrimas e dor, na medida aceitável.
O mundo acaba, mas pode ser reconstruído com cola barata e marafo.

Um veterano pode ser o protagonista da festa, a alegria da noite, o personagem de acontecimentos ou o poeta.
Ele só não é aquele que vai passar em branco.
Afinal, todo mundo tem uma lembrança sobre alguém que já cruzou a linha dos cinquenta mas continua antenado.

Ser um ‘maturado’ é ignorar o calendário.
É ter um olhar especial para o teorema.
É usar a experiência adquirida.
É ter histórias incríveis e algumas verdades não permitidas para certos horários.
É possuir uma ousadia, uma “afronta”, uma atitude ímpar, uma aventura, consequência inevitável, um estilo que todos deveriam almejar.

Pessoas que se sentem três ou quatro anos mais jovens registram uma taxa de mortalidade menor do que as que se veem mais velhas, segundo um estudo publicado na revista médica americana JAMA Internal Medicine.
A percepção que as pessoas têm de sua própria idade pode refletir seu estado de saúde, seus limites físicos e seu bem-estar, também destacaram os cientistas.
Surpreendam-se: Eu já conversei com meninas de 23 anos que se acham velhas, imaginem quando elas chegarem aos 40?

segunda-feira, 13 de junho de 2016

COMENTARISTAS DE FACEBOOK, ESSES FILÓSOFOS DE BOTEQUIM

Uma geração inteira de bocós.
Nas redes sociais há muitas afirmações com pretensão de verdade absoluta.
São as ilusões das certezas.
Estamos em uma era que se consegue facilmente criar uma ânsia exasperada, o que pode ser ruim.
São os perigosos efeitos de conhecer o mundo através apenas das redes sociais.

O Facebook é o centro da vida de 1,4 bilhões de pessoas no mundo e de 50% dos brasileiros.
Desses, 67% informam-se prioritariamente por essa rede social.
Ou seja, tem nela sua fonte primária de notícias e informações.
Uma parcela enorme dos brasileiros conectados não conhece nada na internet além do Facebook.

Com o objetivo de fazer a rede social ser cada vez mais “relevante” para os usuários (para que eles não saiam nunca de lá) e com a “nobre” e autoproclamada missão de levar a internet para os dois terços da população mundial que não têm acesso, o Facebook toma medidas extremamente centralizadoras e questionáveis.
Quase 100% desses usuários não fazem ideia de que o Facebook edita o que eles vêem em suas timelines. De que a rede social tem um algoritmo escrito por um menino de 27 anos que define o que esses 1,4 bilhões de pessoas devem ler, e que isso empobrece a visão de mundo e fere um princípio básico da internet, o de fornecer acesso à informação sem censura.

Será que eles acham legal ter a visão de mundo determinada por terceiros?
Será que não se sentem meio idiotas sabendo que o conteúdo que acham que estão escolhendo consumir, na verdade, foi escolhido por outro alguém?

Mas redes sociais também têm vantagens, uma é o contato com pessoas que, de outras formas não estariam na nossa ‘roda’, seja pela distância geográfica, seja pela diferença de idade.
Daí, é curioso que o cheiro de mofo e o aroma de amanhã se cruzem na mesma rede.
Afinal, ainda existe a dificuldade de boa parte das pessoas da minha geração, ou das anteriores, em se posicionar nesse ‘trem’ estranho chamado internet.

Bem, a internet existe e, com ela, temos coisas boas e ruins, e outras que são, digamos, os dois ao mesmo tempo.
Pois é, a internet não perdoa . .
Dizem por aí existirem pessoas que no caso do Facebook acabar morreriam.
Perder um dia de Facebook parece significar perder tudo, inclusive 365 dias da vida dos outros.
É o medo de estar desconectado como aponta Rosana Hermann, escritora, jornalista e professora.

Senão vejamos: Em 27/01/2015 Facebook e Instagram deixaram de funcionar mundialmente por uma hora e meia.
Um grupo de hackers, o Lizard Squad, assumiu a autoria da queda do serviço, eles também foram responsáveis pelos ataques às redes da Sony e Microsoft.
Finalmente, durante 1h30 as pessoas voltaram a ter vida.

- Bons tempos aqueles em que internet era coisa de ficção científica.

sábado, 11 de junho de 2016

QUERO ROMPER COM A MANEIRA COM QUE ESSA DISTOPIA É USADA E PASSAR A SER AUTOR, ACRESCENTANDO UMA EXTENSÃO ÀQUILO QUE ME NOMEIA, QUE ESCOLHO PARA EU MESMO

Os pilares e suas implicações.
O bem mais precioso é a autonomia.
A sociedade valoriza o individuo que produz, tem dinheiro, decide o que fazer da vida dele.
Perder o poder de decisão é o grande pavor, certifica categoricamente, de modo insuspeito, o que já se tinha por verdadeiro, Mônica Yassuda, PhD pela Universidade da Florida.

Sustentado, também, por isso, submeto à apreciação:
Por que precisamos apreender a auto-suficiência?
Que influências poderiam nos impedir de se tornar auto-suficientes?
Como a auto-suficiência nos ajudará a suportar períodos de adversidade?

A base do pensar:
Quando somos auto-suficientes encontramos soluções para nossos próprios problemas, além do benefício de também nos capacitarmos a servir aos outros e cuidar deles.

Sem minha independência, minha alegria natural e, estilo de vida - modo pelo qual um indivíduo usa recursos para expressar, verbalmente ou por escrito, pensamentos, sentimentos, ou para fazer declarações - se tornaram distorcidos além do que posso reconhecer.
Tudo aquilo me fechou, me tornei uma pessoa auto-depreciativa, cansada, irritável.

- É propício, pois, repetir na íntegra: Porque a liberdade é uma bobagem quando não há independência.

domingo, 5 de junho de 2016

AINDA ONTEM CONVERSANDO COM UM VELHO SÁBIO, ELE ME FALOU: SE VOCÊ ACHA QUE AS COISAS ESTÃO MUITO RUINS, PREPARE-SE, ELAS AINDA PODEM PIORAR!

Nem Deus afunda esse navio (Titanic). - Thomas Andrews
A ideia de que tudo pode dar certo é uma predisposição genética, afirma a neurocientista Tali Sharot da University College London.
Ela diz: acreditamos ter controle sobre nossa vida e que podemos direcioná-la ao caminho certo.
Sabemos, contudo, que não temos esse controle.
Quando o mundo ao redor está desabando, a ponto de afetar as ambições individuais, a única forma de sobreviver é imaginar que o cenário geral tem chance de melhorar.

As pessoas se agarram a certas crenças como uma forma de ter esperança, mas não avaliam isso emocionalmente, de maneira racional, é o que as faz achar que estão certas mesmo quando existem evidências contrárias, até as claramente falhas.
Defendem a posição, seja lá qual for, que acreditam ser a ideal.
Há otimismo exacerbado diante da concretização de convenções sociais.
Aí se encontra uma armadilha do otimismo.
Quando se misturam indivíduos otimistas com os menos esperançosos, cria-se uma bolha, isso leva ao estouro da bolha de expectativas.
Em situações de alto stress, o viés otimista desaparece, no entanto é importante ressaltar que é possível aprender como que a vida nos dá de negativo, finaliza.

Seria saudável alimentar essa visão positiva do mundo, que, para os pessimistas, pode parecer excessivamente lúdica?
Como persistir nessa esperança em um ambiente repleto de desordem, ausência de concórdia, tomado pela injustiça?
Por que há pessoas que insistem em defender algo que se tornou um evidente fracasso?
Como permanecer esperançoso em cenários cruéis?
E quando a situação foge do nosso controle?

Saber que se é otimista não quer dizer que conseguirá ver o mundo por outra lente.
O PhD John Stapp explicou as variáveis que integravam a lei do engenheiro aeroespacial Murphy, um adágio ou epigrama, e enunciou a assertiva: se algo pode dar errado, dará.
Dizem ser uma das principais leis que regem os princípios fundamentais da natureza e do universo.
Murphy também conceituou: o pessimista se queixa do vento, o otimista espera que ele mude, o realista ajusta as velas e quem conhece Murphy não faz nada.

É inegável que essa lei, com seus corolários, princípios e máximas, têm sua principal explicação na memória seletiva e em tendências, como a inclinação à negatividade, que faz temer e recordar mais os casos negativos que os positivos ou neutros, e o viés de confirmação, que faz levar em conta só os exemplos que confirmam as crenças.
Sintomas de um tipo de insegurança que carregam no código genético.
Em todo caso, essa lei tem mais fundamento do que parece, às vezes até conta com pesquisas e provas que as respaldam.
Embora nem tudo dê errado sempre (seria um exemplo de correlação ilusória), longe disso, a lei de Murphy se cumprirá frequentemente, contanto que se de tempo suficiente.

O pessimista é um otimista bem informado. – Oscar Wide