COMENTARISTAS DE FACEBOOK, ESSES FILÓSOFOS DE BOTEQUIM
Uma geração inteira de bocós. |
São as ilusões das certezas.
Estamos em uma era que se consegue facilmente criar uma ânsia exasperada, o que pode ser ruim.
São os perigosos efeitos de conhecer o mundo através apenas das redes sociais.
O Facebook é o centro da vida de 1,4 bilhões de pessoas no mundo e de 50% dos brasileiros.
Desses, 67% informam-se prioritariamente por essa rede social.
Ou seja, tem nela sua fonte primária de notícias e informações.
Uma parcela enorme dos brasileiros conectados não conhece nada na internet além do Facebook.
Com o objetivo de fazer a rede social ser cada vez mais “relevante” para os usuários (para que eles não saiam nunca de lá) e com a “nobre” e autoproclamada missão de levar a internet para os dois terços da população mundial que não têm acesso, o Facebook toma medidas extremamente centralizadoras e questionáveis.
Quase 100% desses usuários não fazem ideia de que o Facebook edita o que eles vêem em suas timelines. De que a rede social tem um algoritmo escrito por um menino de 27 anos que define o que esses 1,4 bilhões de pessoas devem ler, e que isso empobrece a visão de mundo e fere um princípio básico da internet, o de fornecer acesso à informação sem censura.
Será que eles acham legal ter a visão de mundo determinada por terceiros?
Será que não se sentem meio idiotas sabendo que o conteúdo que acham que estão escolhendo consumir, na verdade, foi escolhido por outro alguém?
Mas redes sociais também têm vantagens, uma é o contato com pessoas que, de outras formas não estariam na nossa ‘roda’, seja pela distância geográfica, seja pela diferença de idade.
Daí, é curioso que o cheiro de mofo e o aroma de amanhã se cruzem na mesma rede.
Afinal, ainda existe a dificuldade de boa parte das pessoas da minha geração, ou das anteriores, em se posicionar nesse ‘trem’ estranho chamado internet.
Bem, a internet existe e, com ela, temos coisas boas e ruins, e outras que são, digamos, os dois ao mesmo tempo.
Pois é, a internet não perdoa . .
Dizem por aí existirem pessoas que no caso do Facebook acabar morreriam.
Perder um dia de Facebook parece significar perder tudo, inclusive 365 dias da vida dos outros.
É o medo de estar desconectado como aponta Rosana Hermann, escritora, jornalista e professora.
Senão vejamos: Em 27/01/2015 Facebook e Instagram deixaram de funcionar mundialmente por uma hora e meia.
Um grupo de hackers, o Lizard Squad, assumiu a autoria da queda do serviço, eles também foram responsáveis pelos ataques às redes da Sony e Microsoft.
Finalmente, durante 1h30 as pessoas voltaram a ter vida.
- Bons tempos aqueles em que internet era coisa de ficção científica.
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