domingo, 19 de junho de 2016

À MEDIDA QUE AMADURECEMOS, DELICIOSO EUFEMISMO PARA SUBSTITUIR À MEDIDA QUE ENVELHECEMOS, . .

. . alcançamos a idade da razão.
A velhice é uma das poucas coisas que não se pode esconder.
Ela é óbvia por si só.
Talvez seja um dos seus segredos positivos.

Contudo, vou tentando me manter jovem eliminando as medidas que não são essenciais, incluindo a idade, a quantidade de cabelos brancos etc.
Quando questionado sobre o número completo de minhas primaveras, desconverso.
Divulgar minha idade não faz parte das minhas prioridades.

Ora, a maturidade é fruto do autoconhecimento, do valor da experiência e do crescimento interior que surge com o passar dos anos.
Deveras me surpreendo, ao sentir as mesmas sensações do passado.
Que belo ser um longevo e ainda me emocionar com uma acção, uma feitura, como se o tempo não significasse nada.
Já falei sobre, nesse link.

E, quando eu, cinquentão, digo que tenho uma vivacidade sexual acima dos padrões, muita gente fica ofendida.
Mas não ‘navego’ só, Reynaldo Giannecchini quando completou 41 anos em 2013, afirmou que a maturidade apenas melhora a vida sexual do homem.
Ele diz: com a maturidade, você aprende a relaxar para curtir o sexo e percebe que ainda tem muito vigor. Com a idade, tudo melhora, o sexo, a cabeça, o trabalho.

Entretanto, quando se começa a ultrapassar a marca dos 50 anos, os fiscais da maturidade alheia dedicam-se ao exercício fúnebre de examinar nossas atitudes.
Todavia, ser um tiozão clássico é permanecer tendo frescor, é desprezar os investigadores de comportamento.
Me nego a brandir o manifesto do cansaço, quero continuar na lida, na espera de algo “impossível”.
Vou ser o último a apagar a luz antes de sair.

Um homem maduro já deixou muita besteira para trás, já quebrou a cara, já bateu em centenas de portas erradas.
Têm drama, lágrimas e dor, na medida aceitável.
O mundo acaba, mas pode ser reconstruído com cola barata e marafo.

Um veterano pode ser o protagonista da festa, a alegria da noite, o personagem de acontecimentos ou o poeta.
Ele só não é aquele que vai passar em branco.
Afinal, todo mundo tem uma lembrança sobre alguém que já cruzou a linha dos cinquenta mas continua antenado.

Ser um ‘maturado’ é ignorar o calendário.
É ter um olhar especial para o teorema.
É usar a experiência adquirida.
É ter histórias incríveis e algumas verdades não permitidas para certos horários.
É possuir uma ousadia, uma “afronta”, uma atitude ímpar, uma aventura, consequência inevitável, um estilo que todos deveriam almejar.

Pessoas que se sentem três ou quatro anos mais jovens registram uma taxa de mortalidade menor do que as que se veem mais velhas, segundo um estudo publicado na revista médica americana JAMA Internal Medicine.
A percepção que as pessoas têm de sua própria idade pode refletir seu estado de saúde, seus limites físicos e seu bem-estar, também destacaram os cientistas.
Surpreendam-se: Eu já conversei com meninas de 23 anos que se acham velhas, imaginem quando elas chegarem aos 40?

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