domingo, 3 de junho de 2018

O DIA EM QUE EU DORMI NA CASA DA MINHA NAMORADA

Saber diferenciar o privado é a base para ter relações pessoais positivas.
Dormir com a namorada ou namorado no mesmo quarto pode parecer privilégio de pessoas mais velhas, independentes, que moram sozinhas, mas não é, muitos adolescentes já conquistaram o direito de levar os namorados para dormir no mesmo quarto na casa dos pais.
André, 18, pediu para a mãe deixar a namorada dormir em casa numa noite em que voltavam tarde de uma festa; perguntei se ela poderia ficar e minha mãe topou, disse ele.
Helen, 17, cujo namorado mora em outro estado também conquistou essa liberdade; ele queria me visitar, mas não tinha onde ficar, comentei com meu pai que sugeriu que ele ficasse aqui, disse ela.

Essa publicação na Folha de São Paulo chama atenção para outra situação: ‘Quando não há uma boa reflexão os pais podem até topar em um primeiro momento, dão um passo à frente para, depois, dar mais dois para trás (passei por isso, vide INTIMIDADE), são atitudes que desencadeiam discussões em família, o relacionamento com os filhos, que era bom, vai ficando contaminado.
É o que afirma Maurício de Souza Lima, medico especializado na saúde de adolescentes (USP).

Vou contar o que vivenciei (o termo se refere a uma experiência de vida que deixa marcas em uma pessoa de maneira duradoura) a respeito.
Claudia, a primeira namorada depois do termino do meu casamento, ligou chamando para vermos um filme na casa dela, as horas passaram, e quando decidi ir embora, preocupada insistiu que eu dormisse lá.
Perguntei se isso não causaria algum problema em relação à mãe dela, me disse que não, e que só iria avisá-la.

Agora entra outra personagem nessa história, ou melhor, a falta dela, a porta do quarto (assunto de VOU REPOR TUDO O QUE PERDEU, EU PROMETO), que foi retirada por causa de cupins, tendo sido colocada em seu lugar uma cortina, provisoriamente.
Conversamos e fizemos sexo, em silêncio, eu estava tenso, mas ela disse: Relaxa, minha mãe respeita minha privacidade.

Adormeci com inveja da Claudia; na manhã seguinte voltei para esse lugar abominável.
Isso tudo desperta muita coisa que tento esquecer (vide SOBREVIVENDO NO INFERNO).

Toda a arte de viver consiste numa boa combinação entre o que se esquece e o que se conserva. – Henry Ellis

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