quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

FELICIDADE DE INSTAGRAM

Parece que criaram uma nova regra: Eu olho para o meu Smartphone, você olha para o seu e, no final, ficamos todos felizes.
Quase tudo o que as pessoas vivem parece ser feito em poses.
São seres exibidos.
Se não fossem, redes sociais como o Instagram não fariam tanto sucesso.
Adoram mostrar como são bonitos, se divertem, tem amigos maravilhosos e saboreiam coisas deliciosas.

Adoram contar vantagem.
Uma noite de sexo vira o melhor sexo que já existiu, uma paixãozinha vira o amor da vida inteira e um 'eu gosto da sua companhia' se transforma em 'amo você e vamos envenlhecer juntos'.
Porém, é impossível ter uma vida perfeita.
Nesse caminho de conseguir destaque em tudo, tropeçam em diversos pontos.

Para a psicóloga Luciana Ruffo, do Núcleo de Pesquisas da Psicologia em Informática da PUC-SP, a exposição tem um caráter diferente nos dias de hoje.
O conceito tem mudado muito, essa geração é nascida e criada com a questão da internet e do compartilhamento.
Eles entendem o mundo privado de uma forma diferente do que a maioria das pessoas.
Dividir cada segundo da vida parece uma necessidade.

A necessidade de exposição só aumenta e a internet potencializa tudo isso.
Seguindo esse "raciocínio" de mostrar ao mundo como se é incrível, tudo tem que ser perfeito!
Uma vida cheia de glamour.

Mas é irreal.
Não somos felizes o tempo todo, não sorrimos sem parar e não temos acesso a todas as coisas incríveis que a propaganda nos oferece.
E não há nada de errado nisso.

O problema é que a sociedade vive nos dizendo o contrário.
E é por essa ideia de que precisamos ter tudo, que se perde os escrúpulos.
Atrapalhando nossa própria felicidade, ao viver para mostrar aos outros, estamos cavando um buraco fundo demais para todos nós.

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