DAS MÃES RUINS

O que uma relação familiar disfuncional me ensinou.

Esses dias li um texto da psicóloga Camila Prado, onde ela dizia: 'se você é filho(a) de uma mãe emocionalmente abusiva, o seu relacionamento com ela é disfuncional’.
É o meu caso, pois as relações maternas devem ser baseadas em respeito e cuidado, exatamente o que não aconteceu comigo - SOBREVIVENDO NO INFERNO.

E foi assim, foi como eu descobri que a relação com a minha mãe é disfuncional e a culpa não é minha.
Sabe, no momento em que uma mãe age daquela forma com um filho, significa que algo de muito errado está acontecendo.

Isto posto, fica evidente que mães ruins existem, eu mesmo tenho uma, afinal, atitudes como aquelas não são normais, não foram normais e eu não mereço ser tratado da forma como fui.
Então, quando você pensar em uma mãe ruim lembre-se disso.

Não se deve confiar em fotos de família, elas são feitas para enganar. A expressão doce de um filho pode ocultar uma raiva incontrolável. A pose angelical de uma filha pode obscurecer anos de comportamento abusivo. – Maria Alice

EU E MINHA MÃE, UMA MÃE QUE NÃO SOUBE SER MÃE DE VERDADE

Uma péssima mãe.

É sobre ela, uma mãe ruim, uma mãe que deu defeito, que eu quero falar.
Uma Mãe que, com seu comportamento inadequado, arruinou a minha vida.

Sabe, as minhas recordações são traumáticas, tudo começou com uma mudança de endereço, foi quando se instaurou uma relação disfuncional.
Lembro que fui negligenciado, lembro que fui desmerecido, lembro a estupidez com que ela me tratou.

Lembro que ela me desrespeitou na frente de outras pessoas, lembro que ela me abandonou, lembro que fui excluído.
Mas eu lembro com clareza mesmo do momento em que no dia 30 de maio de 2011 num ato tresloucado e na frente de todos, ela me expulsou porta afora - SOBREVIVENDO NO INFERNO.

Tudo Isso deixou um buraco negro dentro de mim, e em meio ao caos e confusão que minha vida mergulhou, eu tirei algumas conclusões à respeito.
Uma delas é que: Nem toda mãe é boa, nem toda mãe coloca os filhos em primeiro lugar, a minha, pelo menos, não.

Você não pode mudar a sua mãe, mas pode tentar mudar a forma como você encara as atitudes dela. – Arthur Dondonis Daudt, psiquiatra.

COMO DESCOBRI, TINHA ALGO MUITO ERRADO COM A MINHA MÃE

Minha experiência com uma mãe que não soube ser Mãe de verdade.

Como fio condutor, torno a rever a parte mais dolorosa da minha história - SOBREVIVENDO NO INFERNO.
Quando minha mãe me desrespeitou, me excluiu, quando me agrediu psicológica e moralmente, quando me expulsou porta fora.

Você não faz ideia de como é ter passado por algo assim, de sentir como se você não valesse nada, foi uma das experiências mais miseráveis da minha vida.
Sabe, quando quem mais deveria me amar age dessa forma, significa que algo de muito errado está acontecendo.

E assim, amigos, foi como eu realmente conheci a minha mãe. Triste não?
Então, fica um aprendizado dessa história: Se você é mãe, nunca faça nada do que ela fez comigo, porquê aquilo apenas me fez sofrer, nada mais além de chorar e ter de viver em um inferno até hoje.

Lembro todos os dias que não preciso passar aos meus filhos o que recebi da minha mãe e sim transformar a dor em algo maravilhoso, a possibilidade de fazer diferente. – Luciana Kotaka, psicóloga.

EU E MINHA MÃE, UMA MÃE MÁ E EMOCIONALMENTE ABUSIVA

Uma mãe que não soube ser Mãe de verdade.

Penso ser crucial continuar contando a minha história, não é o primeiro texto sobre o assunto e infelizmente não será o último.
Escrever foi o meu alento depois daquela noite devastadora, então, se começar foi fácil, difícil vai ser parar, não vou parar de maneira alguma, eu preciso que o mundo saiba.

Aqui eu busco explicar muito e visto que eu uso fatos e evidências o que acabou nessas páginas são todas as coisas que eu realmente acredito e defendo.
Eu tenho aqui contado pouco a pouco sobre as dores da convivência infeliz com uma mãe má e abusiva emocionalmente, sobre os traumas decorrentes de algumas das situações que passei com ela.

Sobre as feridas resultantes das atitudes e comportamentos nada civilizados da minha mãe - SOBREVIVENDO NO INFERNO.
Eu venho dando voz à minha dor numa atitude libertadora, escrever passa pela necessidade de carimbar meu sofrimento, mas muitos filhos ainda estão aprisionados em uma esfera de silêncio.

A ideia de que uma mãe pode ser abusiva parece inverossímil, no imaginário coletivo, o espaço da mãe é o do afeto. Quando se pensa na figura materna, a associação é imediata: amor incondicional, cuidado, mas às vezes essas coisas não existem. – Simone Domingues, psicóloga.

A DIFÍCIL MISSÃO DE CONVIVER COM UMA MÃE EMOCIONALMENTE ABUSIVA

Essa convivência não é nada saudável.

Conviver com mães emocionalmente abusivas é algo muito difícil.
O primeiro desafio é reconhecer que você tem uma mãe abusiva e que certos comportamentos não são normais.

O modo como essas mães agem causa enormes danos à saúde mental de um filho, elas têm padrões negativos de comportamento, costumam subjugar e desrespeitar os filhos acreditam ter o direito de tratá-los de forma arbitrária.
É o tipo de relação pautada por atos e ações impróprias que trazem prejuízos psicológicos aos filhos, mas elas acreditam que esses comportamentos são normais ou aceitáveis.

Essas mulheres acabam ferindo os próprios filhos e agindo como se tudo estivesse perfeitamente equilibrado na relação, o que torna ainda mais doloroso conviver com uma mãe assim.
É o meu caso, conviver com alguém capaz de atitudes cruéis e comportamentos nada civilizados - SOBREVIVENDO NO INFERNO - deixou enormes sequelas.

Uma mãe abusiva pode causar traumas extremamente profundos nos filhos, o dano é realmente muito potente. – Artur Costa, psicanalista.