quarta-feira, 28 de abril de 2021

MÃES ABUSIVAS QUEBRAM O IDEAL DA FIGURA MATERNA

Sim elas existem.
Em um discurso incomumente franco, Letícia Campos, psicóloga, deixou claro: 'nesse mês das mães faço a pergunta: mães podem ser abusivas?
E já respondo: sim, e com bastante frequência.’

Como bem alerta a psicóloga, existem mães que são abusivas para os seus filhos, mães que têm transtornos e ao invés de amar e proteger os filhos, podem destruí-los emocionalmente.
Mas acontece que vivemos em uma cultura que tem dificuldades em ver as mães como abusivas, uma cultura em que mães são “sagradas” e as suas condutas e comportamentos jamais podem ser questionados ou repudiados pelos filhos.

Então como a questão do abuso materno é recorrente e ao mesmo tempo silenciada, aqui temos um problema que não é só individual, de filhos para mães, mas de todo mundo.
Por isso que todos precisam se informar, não tem isso de não ter acesso, não se pode mais fechar os olhos, é obrigação ir atrás de informação.

Sabe, o sofrimento que cada um carrega a partir de experiências de abuso materno (SOBREVIVENDO NO INFERNO) não pode nem deve ser menosprezado.

Relacionamento abusivo materno cria complicações para toda a vida. – Luciene Lima, psicóloga.

sexta-feira, 23 de abril de 2021

O MITO DA MATERNIDADE

Mãe era para ser sinônimo de amor.
Toda mãe é bondosa e afetiva? Nem sempre, diz a psicanalista Silvia Lobo em seu livro Mães Que Fazem Mal.
A partir de experiências reais em consultório a psicanalista propõe uma reflexão sobre a idealização de que basta ser mãe para ser boa, quase sempre santa.

'Nem todas as mães são boas, muitas, mesmo que involuntariamente, deixam marcas profundas nos seres que conceberam.
Muitas mães fazem bem aos seus filhos, mas temos aquelas que, por alguma razão - podem ser várias - são perversas, causam dor e sofrimento.
Mães que não sabem amar, que não sabem fazer de outro modo, pois não podem ensinar o que não aprenderam, não podem ser o que não são, mas ainda que assim seja, elas existem, interferem, causam mal.
Passam incólumes pelo que causam e não veem o desconforto que provocam.
É importante lembrar que mães costumam ser retratadas de modo bastante estereotipado na mídia e cultura.
Quando se fala no poder transcendente da maternidade fica de fora a maldade que toda condição humana contém.
Ao afrontar esse dogma da bondade delas, quero que elas possam perceber suas falhas, corrigi-las e se desculparem.’

O livro nos coloca diante da realidade estereotipada da maternidade, essa abordagem é muito significativa, já que podemos analisar o quanto a imposição social pode interferir na psique dos cidadãos das formas mais variadas possíveis.
As mães que fazem mal, descritas neste livro, constituem uma população muito maior do que imaginamos, silenciosa, e quase sempre despercebida, há ainda, um capítulo inteiro dedicado as modalidades de mães que fazem mal.

Se tornando um estudo válido sobre maternidade de todas as formas, que analisa de fato quem elas são, como chegaram até aqui, e como tudo isso afeta suas crias.
Filhos que foram afetados de modo terrível pela maldade materna (vide SOBREVIVENDO NO INFERNO).

Filhos qualquer mulher pode ter, mas ser mãe é para quem sabe ser. – M. Santos

sábado, 17 de abril de 2021

‘MÃES QUE ABUSAM DOS FILHOS’

Lamentamos informar, há muito a se relatar sobre elas.
Não é algo “comum” nem agradável de ouvir que uma mãe é abusiva.
O assunto é delicado e dele pouco se fala. É muito mais fácil ser uma pessoa hipócrita e omissa do que falar abertamente sobre abuso materno.

Tem gente que não acredita, mas a verdade, é que a psicologia oferece outra visão da mãe, diferente da que quer passar o modelo social.
Nas palavras da psicóloga Silvia Rawicz, 'o benefício é enxergar que algumas mães podem ser uma influência tóxica na vida dos filhos, questionar essa crença de que todas amam seus filhos.’

Ela diz porém que: 'é muito complicado falar em cura o caminho passa, então, por cuidar dos efeitos dessa relação ruim nos filhos.
O tratamento passa por reconstruir a autoestima do filho, é a validação do sofrimento dele, passa por ele saber que não está louco.
É um avanço quando os filhos percebem que o problema não está neles e, sim, nas progenitoras’, esclarece.

Pois é, ela botou o dedo na ferida, sim, há mães abusivas (SOBREVIVENDO NO INFERNO).

Toda mãe é uma mulher. Mas nem toda mulher é uma mãe. Na verdade, ser mãe não diz respeito à ser mulher, é uma questão de dom não de cromossomos. – Luiz Claudio Gomes

sábado, 10 de abril de 2021

ESPERA-SE QUE MÃES QUEIRAM O MELHOR PARA SEUS FILHOS, MAS NEM SEMPRE É ASSIM

Mãe não é tudo igual, nem toda mãe coloca os filhos em primeiro lugar, a minha, pelo menos, não.
Nem todas as mães amam seus filhos, o que é algo inconcebível na visão de muitos, porém, isso revela, portanto, que o amor de mãe não é incondicional.

Há muita idealização, mães são aquelas que tiveram filhos, o que elas já são, más, violentas, aparece na maternidade, esclarece Vera Iaconelli, PhD em psicologia - é ela que nos ajuda a mostrar a verdade.

‘Há mães que só conseguem ser “mães de verdade” em relação a não deixar faltar comida, essas coisas, mas no aspecto emocional são uma verdadeira desgraça.
Essas mães não evoluem emocional e psicologicamente com a idade, mesmo quando mais velhas e mais experientes, elas mantém os mesmos pensamentos.
São donas da “verdade” e quando existem questões financeiras envolvidas, isso fica ainda mais evidente, geram muita culpa e se colocam na posição de “você está me explorando”.
Não importa o que aconteça, o filho nunca têm razão, e gera um abalo na autoestima desse filho, e isso é recorrente, não é um quadro temporário, o que promove nele uma sensação de que deve se defender o tempo todo.
A autoestima desse filho vai ser testada durante toda a convivência dele com a mãe.
Quem tem uma mãe assim sabe o inferno que é, alguns pensam que se trata somente de uma mãe mais egoísta, mas a realidade é muito mais dura que isso, experimenta-se o inferno, pouco a pouco, dia após dia.
É a receita para a destruição completa da autoestima e da vida de qualquer um.’

Sim, a maior agressão que um ser humano pode sofrer é a rejeição e o descaso da mãe - SOBREVIVENDO NO INFERNO.
Quem convive com uma mãe abusiva como a minha sofre de níveis altíssimos de estresse, genitoras assim não se importam nem um pouco com o mal que fazem.

Dia das Mães não é um dia para “celebrar” mães abusivas, egoístas e más. – Anna Valerious

domingo, 4 de abril de 2021

PERCEBER QUE SE É FILHO DE UMA MÃE ABUSIVA PODE DOER

Abandono emocional, violência psicológica, negligência, omissão e desamparo podem destruir a autoestima do filho.
Verbenna Yin, escreveu uma matéria chamando a atenção para esse tema um tanto quanto polêmico e fora do perfil romantizado e idealizado que a sociedade impõe sobre a maternidade.
Formada em psicanálise, mãe de dois meninos e ainda longe da mulher que a colocou no mundo, conta que mães como a dela, que destroem a autoestima dos filhos e transformam a infância e vida adulta deles em um inferno são mais comuns do que se possa imaginar.

‘Saber que se tem uma mãe abusiva, a princípio, não é simples nem fácil de se conceber.
Entender que toda a necessidade de acolhimento e de confiança que se busca na mãe está comprometida é avassalador.
A parte mais dolorosa é quando se ganha consciência sobre os abusos, que, muitas vezes, nem velados são.
Algumas das vítimas que chegam ao meu consultório são desacreditadas, sendo que o filho que está desperto necessita de auxílio para se desintoxicar e não cair no conto de que é ingrato ou que estaria ficando louco.
O filho vítima desse tipo de mãe adoecida sempre será o que não se encaixa em nada, será o bode expiatório de tudo o que pode dar errado e que não presta.
E, como consequência, possui uma baixa autoestima insuportável somada a sentimentos de vazio interior, é o filho negado, o filho perdido.’

Sim, ser filho de uma mãe abusiva é muito mais grave do que as pessoas podem imaginar, eu fui vítima de algo que eu não pude impedir (SOBREVIVENDO NO INFERNO), a minha dor psicológica é particularmente aguda.

A gente espera ser acolhida e é difícil romper com esse ideal de que a mãe sempre quer o seu melhor. Nem sempre ela quer. – Verbenna Yin