domingo, 4 de abril de 2021

PERCEBER QUE SE É FILHO DE UMA MÃE ABUSIVA PODE DOER

Abandono emocional, violência psicológica, negligência, omissão e desamparo podem destruir a autoestima do filho.
Verbenna Yin, escreveu uma matéria chamando a atenção para esse tema um tanto quanto polêmico e fora do perfil romantizado e idealizado que a sociedade impõe sobre a maternidade.
Formada em psicanálise, mãe de dois meninos e ainda longe da mulher que a colocou no mundo, conta que mães como a dela, que destroem a autoestima dos filhos e transformam a infância e vida adulta deles em um inferno são mais comuns do que se possa imaginar.

‘Saber que se tem uma mãe abusiva, a princípio, não é simples nem fácil de se conceber.
Entender que toda a necessidade de acolhimento e de confiança que se busca na mãe está comprometida é avassalador.
A parte mais dolorosa é quando se ganha consciência sobre os abusos, que, muitas vezes, nem velados são.
Algumas das vítimas que chegam ao meu consultório são desacreditadas, sendo que o filho que está desperto necessita de auxílio para se desintoxicar e não cair no conto de que é ingrato ou que estaria ficando louco.
O filho vítima desse tipo de mãe adoecida sempre será o que não se encaixa em nada, será o bode expiatório de tudo o que pode dar errado e que não presta.
E, como consequência, possui uma baixa autoestima insuportável somada a sentimentos de vazio interior, é o filho negado, o filho perdido.’

Sim, ser filho de uma mãe abusiva é muito mais grave do que as pessoas podem imaginar, eu fui vítima de algo que eu não pude impedir (SOBREVIVENDO NO INFERNO), a minha dor psicológica é particularmente aguda.

A gente espera ser acolhida e é difícil romper com esse ideal de que a mãe sempre quer o seu melhor. Nem sempre ela quer. – Verbenna Yin

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