segunda-feira, 30 de março de 2015

RETORNEI A UM LUGAR DISFUNCIONAL

Um território em que o justo e o injusto se misturam de forma torpe.
Esse é um texto escrito em forma de desabafo pessoal, que me faz refletir sobre os erros.
Outra vez me debulhei em lágrimas.
Com toda a ferocidade que o momento exigia.
Em uma capitulação constrangedora diante da evidência de representatividade dos fatos.

Há pessoas na nossa vida que irão nos apoiar, nos criticar de maneira construtiva, e nos ajudar a aprender.
E existem aquelas que irão nos apontar falhas que existem apenas para elas, com um tom tão negativo que fica perfeitamente evidente que o único propósito é nos magoar.
Que pecados cometi, que ofensas Vos dirigi?

Ninguém deveria precisar nos machucar para perceber que somos importante.
No entanto as feridas deixam cicatrizes que podem levar uma eternidade para desaparecer.
Dizem que um dos piores sentimentos é o rancor.
E uma pessoa cheia de mágoas lembra de seus ressentimentos até morrer.

Um pedido de desculpa vale para apagar a mágoa?
Acredito que não, ainda não cheguei a esse nível de iluminação para isso.
Gengis Khan matou quarenta milhões de pessoas e nunca fez um pedido de desculpas na vida.
Se então exigirmos um pedido de desculpas nunca saberemos realmente se a pessoa se arrependeu.
E devemos tomar cuidado, pois fazendo isso, estaremos afirmando que ela agiu com intenção.
Custo a acreditar no valor do perdão.

Desculpar eu desculpo, já o perdão, esse eu deixo para os anjos. - Jorge Luis Borges

Compreender causas e consequências de ações humanas aparentemente isoladas é essencial para conhecer os rumos da nau, e não apenas permanecer nela.
Chegar a ela requer um volumoso investimento para aprimorar não apenas capacidades padronizadas, mas sensibilidades pessoais.
É preciso refletir com mais amplitude e perspectiva.
Afinal, não posso assumir a responsabilidade por tudo sozinho.
Em algum lugar lá dentro, sei disso.

Todos temos que dar um basta no que não nos faz feliz.
Odeio a ideia de acordar igual depois de uma noite com sonhos inquietos.
Alguma razão o inconsciente deve ter quando me faz suar ou revirar-me na cama.

Raquel Baldo Vidigal, psicóloga diz: não há resposta única ou técnica para explicar as situações ou conflitos vividos por cada pessoa em sua vida pessoal, familiar, profissional ou amorosa.
O que faz alguém superar ou não conflitos, na verdade tem uma explicação pessoal e ligada diretamente a experiências vividas ou sentidas.

Pense nisso rapaz, nunca, nunca mais olhe pra frente sem antes olhar para trás. - Paulo Leminski

terça-feira, 3 de março de 2015

ARGUMENTOS FINAIS

Argumentos para desfiar um rosário crível.
Responder o quê está sendo construído e como está sendo feito é relativamente fácil, mas a pergunta que realmente importa é o porquê está sendo feito.
Se a resposta para o porquê é fraca e sem significado, as dificuldades do caminho tem grandes chances de me derrubar.
Estou em constante transformação, mudando o que não gosto e melhorando o que admiro em mim mesmo, mas esse é um caminho sem fim.

Não posso orientar o vento, mas posso tentar ajustar a minha vela.
Eu sempre segui pela estrada de olho nas placas de retorno.
Não tenho o menor problema em buscar, em sair do caminho.

Mudar de estrada, na minha visão, não significa que estivesse perdido.
Significa apenas que ainda não achei o que procurava.
E esse é o lado angustiante.
Às vezes parece que nada avança.
Deveria seguir com um sopro de esperança e seguir adiante?

Quando as lágrimas aparecem tento aguentar e superar, mesmo abatido e impotente perante as circunstâncias que me rodeiam.
Então . . queria conhecer um "Deus" que tivesse a hombridade de dar a seguinte mensagem a um seguidor seu: Se vire.
Pois assim, tudo pode dar certo.
Ou não.

É mais honesto do que esses hinos otimistas que usam para amortecer o meu cansaço.
É mais honesto do que essa "certeza" perigosa de que entre o fel e o mel existe apenas, e tão somente, a tal felicidade.
É a libertação de todo o obscurantismo barato, de toda esperança sem base, de todos os clichês.

Aos que apenas me agrediram gratuitamente, fico com a dor que me causaram e com o consolo de que o tempo cura quase tudo.
Vocês só veem o que eu escolho mostrar a vocês, mas vocês não sabem a verdade.
Respeitem a minha opinião.
Discordem dela, mas a respeitem.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

LEMBRAI-VOS: NÃO HÁ ATALHO PARA A FELICIDADE

Felicidade é uma direção, não um destino.
A única maneira de ser feliz é sendo verdadeiro com quem somos.
Tente demonstrar que está bem, mas não force felicidade.
Pois ninguém é interessante sem viver plenamente.
Cuidado com o que aceitar para sua vida, seja feliz.

A felicidade depende de nós mesmos.
Para ser feliz, precisamos de alguma maneira, nos bastar.
Ser felizes com o que somos.
O que existe é sermos felizes.

Ser feliz é o que importa, do jeito que se puder.
Se aceitar com a vida que temos, com o trabalho que temos, com a família que temos, com os defeitos que possuímos.
Acima de tudo a questão da estima é mais importante.

Enxergar beleza nas coisas que podem nos remeter a momentos felizes.
Perceber a paz e a felicidade que pequenos gestos podem trazer à nossa vida.
Transformar cada experiência em motivos de alegria, paz, amor, carinho e prosperidade.
Olhar a vida por outro ângulo é enxergar que a felicidade reside dentro de nós mesmos e para vivê-la precisamos ser otimistas, colocar amor em nossas palavras e gentilezas em nossos gestos, porque todos nós queremos e merecemos ser felizes.

Os mandamentos da felicidade segundo o Papa incluem: esqueça-se rapidamente do que é negativo.
A pessoa não tem que permitir que normas excludentes e discriminatórias sejam colocadas entre ela e sua felicidade.
Sinais de que estará começando a minar as chances de ser feliz.

O sucesso profissional também é o reflexo da nossa felicidade.
Mas não é garantia que aquela promoção no trabalho nos trará felicidade.
Pode-se ter um processo ascendente durante toda a vida e a felicidade permanecer a mesma.
Podemos questionar como era a própria vida com o que se ganhava antes da ascensão na carreira.

Shawn Achor em uma pesquisa, descobriu que se conseguirmos ser mais felizes no presente, nosso sucesso profissional será maior no futuro.
Ele diz: a felicidade, na verdade, é um combustível para o sucesso, e não o contrário.
Comparemos como éramos e como estamos hoje e vejamos se estamos mais felizes.

Graziela Gilioli escritora e socióloga respondeu a pergunta, O Que Te Faz Acreditar Tanto Na Busca Da Felicidade?
'Percebi bem cedo que a vida é muito pobre para a maioria das pessoas.
Não falo de pobreza material, apenas, mas do modo infeliz que elas vivem.
Esse foi o primeiro gatilho para a curiosidade que tenho sobre o que faz algumas pessoas serem felizes e outras, não.
Uma das primeiras coisas que compreendi e que é bem óbvia é: o dinheiro não traz felicidade.
Percebo que a felicidade existe quando a gente é capaz de encontrar beleza em qualquer situação.
Gosto de ganhar dinheiro, apesar de entender que ele não é a resposta para a felicidade.
Aprendi também o valor das pequenas coisas.
Coisas que, no dia a dia, consideramos desprezíveis, são, na verdade, a própria vida.
Tentei buscar a felicidade dentro da tragédia. E fui escrever um livro.
A vida pode ser imprevisível, as pessoas morrem a qualquer instante e nós podemos escolher se queremos viver felizes ou tristes.
Acredito que a felicidade, o peito aberto, a coragem de viver, é sempre uma opção'.

Já Fernanda Pompeu contou que a mãe dela dizia: 'aproveitem o momento, pois não existe a felicidade.
Não existe o todo, apenas existem as partes'.
E ela não gostava de ouvir essas palavras, porque acreditava amarga a ideia de não existir a felicidade.

- Não sei para vocês, mas, exceto o último parágrafo, isso não faz o menor sentido para mim.

sábado, 21 de fevereiro de 2015

COMO ANDA O ÍNDICE DE FELICIDADE?

To happiness.
Será possível medir a felicidade?
Cientistas britânicos acreditam que sim.
Eles criaram uma equação matemática para medir a felicidade, onde relacionaram o nível de satisfação do cérebro diante de inúmeras possibilidades de escolha.

De acordo com a pesquisa publicada na Academia Nacional De Ciências dos EUA, a sensação de felicidade acontece quando se consegue um desempenho melhor que o esperado diante do dilema risco-recompensa.
Para embasar a pesquisa, os cientistas analisaram imagens dos circuitos cerebrais ligados ao bem-estar e ao prazer.

Para chegar a tal equação, os cientistas pediram a voluntários realização de tarefas com recompensas monetárias.
Os cérebros dos participantes era escaneado durante a realização das mesmas.
Por fim, os cientistas concluíram que as expectativas e a recompensa efetivamente recebida eram determinantes no nível de felicidade.

E a fórmula da felicidade existe, segundo o Ph.D da Universidade de Britsh Columbia Mark Holder, em uma pesquisa que identifica fatores que contribuem para a felicidade, como temperamento, relações sociais e espiritualidade.
Em geral, aqueles que dão prioridade e cultivam suas relações pessoais são mais felizes.
Mostra também que mais importante do que o nº de amigos é a qualidade deles.
Já pesquisadores da British Columbia University provaram que o ser humano é uma criatura altamente social e que grande parte da nossa felicidade depende da qualidade dos nossos relacionamentos.

Além disso, aqueles que são mais felizes geralmente são os que gostam de interagir e apreciam a natureza, são voluntários e têm hobbies.
São os que também têm objetivos claros, os quais muitas vezes envolvem ajudar outros.
Outra pesquisa realizada pela Universidade Do Colorado, mostra que o grau de felicidade aumenta quando estamos fazendo mais sexo.
Ainda o pesquisador espanhol Rafael Santandreu, afirma que para sermos felizes deveríamos trocar de par a cada 5 anos.

Bem, o dinheiro traz felicidade?
Para o Daily Worth, a resposta é sim, mas não da maneira que se pensa.
O dinheiro pode ser utilizado para gerar boas experiências.
E um estudo da Cornell University mostra que boas experiências melhoram o bem-estar.

Ganhar dinheiro, normalmente, deixa as pessoas mais felizes.
Mas, até atingirem cerca de US$ 75 mil por ano, de acordo com estudo da Universidade De Princeton.
Depois disso, não traz necessariamente um aumento na felicidade.
Mas de acordo com o Business Insider, certos gastos têm mais potencial de aumentar a felicidade que outros.

Apesar de respeitável, os estudos ignoram um detalhe crucial, abordar a psique humana não necessariamente indica a resolução de um problema abstrato.
Em outras palavras, levar em conta apenas dados quantificados de uma pessoa não é a melhor estratégia, pode ser um devaneio.
Outro fator é sobre expectativas, quem espera demais das situações tende a se decepcionar com o resultado obtido.
Há também um fator sobre riscos, felicidade tem a ver com o quanto de risco se está disposto a correr para que o "saldo" entre a expectativa e o resultado seja maior.

Deveras, não existe apenas uma estratégia para este propósito.
O que faz uma pessoa feliz pode não funcionar para outra.

- Conclusão: A felicidade é sempre relativa.

domingo, 15 de fevereiro de 2015

PORTAS, QUE INSISTIRAM EM NÃO ABRIR

Foram inúmeras portas que nunca abriram para mim.
Na minha vida, muitos sonhos e projetos, simplesmente não ultrapassaram o umbral que me levaria a trilhar uma estrada linear e iluminada.
O limiar ou início de algo.
O que eu fiz de errado?
Sou tão ruim assim?
A sorte se esqueceu de mim?

Mas passado o choque, percebi que até fiz tudo correto.
Fiz o melhor que pude.
O resto o universo que decidiu.
E ele não conspirou a meu favor.

O responsável pelo "fracasso" foi a danada da porta que, soberana, não se abriu.
Posto que nem tudo depende do nosso empenho.
Não basta somente ter muito conhecimento e talento, é preciso sorte.
Sem sorte você não chupa um Chicabom, morre atropelado pela carrocinha ou engasgado pelo palito. - Nelson Rodrigues

Sob o prisma da auto-estima, quase tudo ajuda, mas a jornada pela recuperação irá precisar de mais do que campanhas bem intencionadas.
As portas, portanto, podem parecer iguais, mas não têm a mesma dimensão para todos.
Me sinto culpado e envergonhado do meu "fracasso".
E lentamente me perco na capacidade de seguir uma linha de pensamento.

É o desespero para dar sentido a algo.
Me apegando a qualquer esperança que posso.
Segurando coisas como se elas fossem um evangelho.
No entanto, em algum lugar, eu tento ter momentos de lucidez.

- Tenho duras missões, uma é manter a sanidade enquanto convivo entre tantos que me acham maluco.