domingo, 14 de dezembro de 2014

O PROBLEMA COM O FACEBOOK É QUE ELE ESCONDE COISAS DE VOCÊ

Privacidade, virou realmente coisa do passado.
Quer saber até onde vai o poder do Facebook sobre os seus dados online?
Sabe quando você começa a escrever um post, se arrepende e apaga?
Então . . o Facebook sabe quando você faz isso e guarda informações sobre o post.

Zuckerberg invadiu e monitorou os comentários, vídeos, fotos e links postados nos feeds de mais de meio milhão de usuários.
O Facebook manipula a atualização do feed dos usuários o tempo todo.
A tecnologia para fazer esse tipo de monitoramento está pronta, bastando um clique em algum botão maligno na sala de Zuckerberg para que ele passe a saber até o que você não quer que ninguém saiba.
A política de privacidade da rede social, aparentemente, cobre esse tipo de coleta de dados, já que todos aprovam que o Facebook colete informações.

O Facebook tentou manipular as emoções de 689 mil de seus usuários segundo pesquisa publicada da respeitada Universidade de Cornell, nos EUA.
Algo sem o prévio consentimento, principalmente porque o Facebook não deve testar algo que poderia ter um efeito claramente negativo em seus usuários.
E o mais impressionante foi a resposta oficial da empresa, onde disseram que podem trabalhar ativamente para que a nossa vida fique mais feliz (ou pareça).

Zuckerberg pensa em criar um botão para demonstrar outra forma de expressão na rede social, já que usuários pedem isso para funcionar como o oposto do Like/Curtir.
No entanto, ele avisa que o botão não é para expressar descontentamento.
No caso, não seria algo bom para o mundo permitir que as pessoas digam que discordam de algo, afirmou.

O Facebook proporciona a chance de o usuário se iludir.
Na verdade, ele já pode, ou deve, estar fazendo isso neste momento.
Não se sabe.
E isso é um gigantesco problema.

O pior é que o impacto da lógica simplificadora do Facebook não é percebido.
O Facebook pode ser genuinamnete falando, de forma legal, mas ele é projetado para que o usem de uma determinada forma.
É muito poder e muito pouca transparência, não sabemos, nem nunca saberemos, o que exatamente norteia os algoritmos do Facebook.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

REDES SOCIAIS SÃO FEITAS DE PESSOAS

Só se quer um espaço para falar alguma coisa.
As pessoas gastam cada vez mais tempo no Facebook, e não é por falta do que fazer.
A explicação é simples.
Segundo pesquisadores da Universidade de Harvard, as redes sociais ativam a mesma área do cérebro responsável pelo prazer sexual.
Outra pesquisa da Universidade Freie na Alemanha, mediu a atividade cerebral de pessoas enquanto usavam o Facebook, e confirma o fato.

Algumas pessoas tem a mania de postar absolutamente tudo o que acontece, o que pode ser considerado um alerta.
Se for um adulto, o caso deve ser analisado, ele pode estar se sentindo muito solitário e precisar de ajuda profissional, afirma a psicóloga Lizandra Arita.
Precisa, quase patologicamente, avisar a todos quando se vai tomar água, fazer xixi, descascar uma laranja ou chegar ao trabalho?

Na boa, não precisa, mesmo, primeiro porque a gente não liga.
Depois porque faz essas pessoas parecerem loucas e carentes.
Na minha opinião, quem faz isso deveria ser condenado à fogueira, mas me parece que a Santa Inquisição abandonou a prática . . uma pena.

Postar um milhão de fotos de bichinhos fofos com frases inspiradoras ou de autoria questionável é outro deslize.
Caio Fernando Abreu, Lispector e Drummond não escreveriam aquelas coisas e se tivessem escrito não gostariam que suas palavras viessem acompanhadas da foto de um gatinho.
Se você que me lê ainda faz isso, pare de ler esse texto agora, a humanidade agradece.

O mesmo vale para os aplicativos que mostram os lugares que a pessoa visitou.
Os outros tem o direito de não querer saber onde a pessoa jantou.
Quem só dá valor a esse tipo de coisa enxerga o mundo com olhos enviesados.
Nem tudo o que está disponível precisa, necessariamente, ser aproveitado ou absorvido.
A privada passa o dia todo cheia de água, mas ninguém mata a sede com ela.

Uma pesquisa feita pelas Universidades alemãs Humboldt e Darmstadf revelou o que muita gente já estava cansada de saber.
O conteúdo publicado nas redes sociais pode provocar inveja e gerar insegurança.
Um dos sentimentos mais relacionados às mídias sociais não é a alegria que todos demonstram ter, e sim a inveja.

Em mais um estudo feito pela Universidade de Cornell e Universidade da Califórnia, que foi publicado nos Anais da Academia Nacional De Ciência, os autores da pesquisa afirmam: estados emocionais podem ser transferidos para os outros por meio do contágio emocional, levando as pessoas a experimentarem as mesmas emoções de modo inconsciente.
Provando que as emoções expressas pelos outros no Facebook influenciam outras próprias emoções.

Outro estudo conduzido por Carsten Grimm da Universidade de Canterbury descobriu que usar o Facebook e limpar a casa são atividades que menos trazem felicidade.
Segundo os especialistas, mais de um terço das pessoas que visitam o perfil de amigos e parentes se sentem afetadas pelas situações de sucesso e felicidade presentes ali.

Já pararam para pensar que todo mundo é feliz no Facebook?
Tudo, desde as fotos, à citação, supostamente daquele autor, mas que a gente nunca leu, é escolhido para passar uma mensagem, para compor a imagem que querem vender para o mundo.
E essa imagem não costuma ser uma cópia fiel da realidade.
Não que ela seja totalmente falsa.
Ela é apenas uma versão mais bonita.

Quem nunca se pegou comparando a própria vida com os milhares de casos de sucesso que surgem aos montes todos os dias.
É uma avalanche de fotos de viagem de férias para outros países, restaurantes bacanas, gente sempre bonita e sorridente, fora o sucesso profissional.
Aí a pessoa olha para a vida dela, que é bem menos glamourosa, e tem vontade de ser como esses outros que, aparentemente, vivem em um mundo repleto de prazer e diversão.
Só que isso não é verdade e todo mundo sabe disso.

A internet virou o maior repositório de informações já existentes, o maior repositório de mentiras também.
Uma versão sem emprego chato que paga mal, sem olheiras, sem mau hálito, sem inseguranças, ou momentos de solidão.
Já passou do tempo de pararmos de acreditar nessa baboseira de que a grama do vizinho é mais verde, a não ser que seu vizinho seja o Eike Batista.

Em foto ninguém tem problema. - Mande gravar para sempre essa frase em um lugar bem visível, se você vive comparando a sua vida (real, mas imperfeita) com todas as coisas incríveis que as pessoas postam todos os dias no Facebook.

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

NÃO FOI O FACEBOOK QUE PIOROU A COMUNICAÇÃO ENTRE AS PESSOAS

O problema real disso tudo já existe desde muito antes das redes serem criadas.
O psicanalista Jurandir Freire diz: o que o Facebook fez foi apenas dar visibilidade a um comportamento demasiadamente humano.
'O que existe há muito tempo ficou explicito no Facebook, é a dificuldade de comunicação humana - a gente não escuta'.
O psicanalista é categórico: as pessoas não se ouvem.
É o comportamento da vez.
As pessoas não querem ouvir, apenas convencer as outras, um embate improdutivo, um debate (definição de debate no Aurélio - troca de idéias com alegações pró e contra, com vistas a uma conclusão) vazio.

Ele ainda questiona se a pessoa seria tão assertiva se estivesse falando com a outra 'olho no olho'.
É a "opinião antes da informação", ou seja, um palpite, trata-se do "manifeste-se primeiro, informe-se depois".
Hoje temos a opção pela superficialidade, não há espaço para reflexão.
Ainda segundo o psicanalista, o comportamento dessas pessoas que dão a sua "preciosíssima opinião", é uma demonstração do narcisismo descrito pela psicanálise.

Quando alguém fala algo que nos ofende, 'cara a cara', ela rapidamente vê nossa reação e, se for nossa amiga, tenta consertar de alguma forma.
Estamos o tempo todo lendo a linguagem corporal quando interagimos 'ao vivo'.
No Facebook, muito disso se perde, e se reage com os instintos mais primários.

Vivemos uma nova era: A da opinião radical formada sobre tudo.
Segundo a repórter Claudia Amorim do Globo, em matéria de capa, circulou no Facebook um 'meme' sintomático.
Constatava que existe um ditador dentro de cada amigo da rede social, e que para não cortar relações com todo mundo e acabar solitário, a solução era ter uma paciência sem fim.

O Facebook tem uma equipe de 80 pessoas (psicólogos, neurocientistas e outros especialistas em emoções humanas) para tentar melhorar as interações na rede, para criar mais gentileza na rede.
O tempo todo testam detalhes para fazer com que as pessoas não só se irritem menos, como não destruam amizades por qualquer bobagem, eles desenvolvem ferramentas que ajudam a diminuir os mal-entendidos.
Levar um pouco de humanidade pode ajudar a se ter uma vida social bem mais saudável online.

Na era das redes sociais, o que mais vemos são pessoas com amigos-trofeus.
Ou seja, gente com mil amigos no Facebook, mas que interage quase nada com eles, exibindo-os como um troféu de pseudo-popularidade.
Para alguns a quantidade é o que realmente conta, e aí adicionam todos que pedem para se tornar amigos, sem saber quem são.Então como mensurar, como quantificar o real panorama disso?
Como saber quem realmente é amigo no Facebook?

Essas amizades virtuais são, na maioria, superficiais e pouco confiáveis, sem dúvida.
Ter vários amigos no Facebook não é como conviver fisicamente com alguns poucos e bons amigos.
Não se pode ser amigo da rede, deve-se ser amigo das pessoas.

Pois é mais fácil se relacionar no mundo virtual do que no real por vários motivos.
A pessoa pode idealizar quem é, criar um personagem de acordo com o que acredita que o outro espera dela.
Os motivos mais comuns que levam as pessoas a criarem uma identidade idealizada nas redes sociais é agradar ao outro e conquistar as pessoas, não em funçao do que se é, mas do que se acredita que o outro queira.
Também existem casos que a pessoa quer se parecer com o que de fato gostaria de ser: bonito, corajoso, inteligente, comunicativo etc.

Vou dizer o que penso: A vida não é peça de teatro, a gente não tem que se sentir obrigado a agir ou parecer algo que não é.

domingo, 7 de dezembro de 2014

O AMOR NOS TEMPOS DO (CÓLERA) FACEBOOK

Curtidas e compartilhamentos.
Viver é muito mais interessante do que contar.
Mas hoje, nosso amor é Whatsapp, essas coisas.

Apela-se fazendo sensacionalismo em troca de um 'like', uma moeda nova que talvez faça a maioria se sentir mais importante.
Vale tudo por muitos likes, como por exemplo: Status de relacionamento do Facebook.
Por que isso importa?
Teoricamente ninguém tem nada a ver com o fato de alguém começar a namorar, mas faça isso no Facebook e ganhará muitos likes, elogios e emotions.
É tão incrivelmente besta, que é estranho pensar que essa coisa tenha invadido a vida de uma parcela enorme de pessoas.

Estamos no ápice das tecnologias do desencontro humano.
A convivência real e uma série de trocas ricas que só a interação física permite, em silêncios, tons de voz, cheiro e toque, foram substituidos por interações online.
O mecanismo de relação nas redes sociais é pautado pela tal reputação.
Existe uma competição curiosa em busca dessa audiência, quem tem mais curtidas nas interações online têm essa "lógica".
E gerenciam o tempo todo isso, na percepção que os outros têm deles.

Ter um local para escrever as próprias emoções continua na moda, e hoje atende peo nome de Facebook.
Mas tem uma diferença, a preocupação com o sigilo das revelações perdeu o sentido.
Tudo é publicado nos perfis de redes sociais para ser "curtido", a forma mais rápida e fugaz de aprovação online.
A exposição cresceu tanto que virou tema de estudos.
Psiquiatras estudam o hábito de se expor no Facebook.

"Curtidas" viciam, porque fazem o usuário se sentir amado.
A rede funciona como suporte afetivo.
O botão curtir também é uma das explicações para o excesso de comentários quase sempre irrelevantes.
E quando o post não tem repercussão é o caos, causa angustia e a pessoa se sente desprezada.
O usuário espera a aprovação do outro.

A rede social virou um local de entrega sentimental.
Pessoas com dificuldade de relacionamento na vida real tendem a usar a rede como se fosse um divã.
Essas tecnologias prometem satisfação imediata, um botão 'Prozac' de curtir, mas isso é um engodo.

- Como a vida de certas pessoas seria, na ficção que inventam para elas próprias, que é narrar a vida nas redes sociais?

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

TUDO O QUE NÃO ESCREVO NO FACEBOOK

Ou: Evidências pré-existentes sobre o lado obscuro das redes sociais e seu papel nas relações interpessoais.
As mídias sociais mudaram os relacionamentos em todos os níveis, o social, o profissional, etc.
E se tornaram o principal meio de comunicação.
Marcar encontros, divulgar a vida, conversar, fazer amizades, tudo isso faz parte do nosso dia a dia, considera a psicóloga Lizandra Arita.

A mídia eletrônica transmite muito mal a emoção em comparação às interações pessoais, muitos a veem como a forma perfeita de enviar mensagens "difíceis", assim, se iludem achando que não irão causar nenhum mal a outra pessoa.
Mas mesmo nas redes sociais as consequências das ações podem ser reais.
As relações estão cada vez menos respeitosas, aperta-se um botão sem qualquer preocupação com os sentimentos da outra pessoa.
Isso acaba contaminando as relações do mundo real, diz a psicóloga clínica Marisa de Abreu.

Sou de um tempo bem antes da internet transformar as pessoas em seres enviesados.
Incrivel perceber quão desconectadas da realidade as pessoas do Facebook estão.
Meio besta falar isso hoje, tempo em que as pessoas "sabem" tudo.
Com o advento das redes sociais e seu poder de disseminação, a coisa ficou tão amplificada que a sensação é: Alguns acreditam que só de olhar o perfil de uma pessoa na internet, já sabem tudo sobre ela.
Acreditar que isso é o suficiente faz as pessoas serem preconceituosas e considerarem que, já sabem tudo a respeito de que não se sabe nada, afirma Marisa de Abreu.
Um simbolo da estupidez globalizada e amplificada pelas redes sociais.

Facebook, esse caledoscópio de opiniões, estados d'alma, indignações, frases de ódio e coisas mais.
Nele, é possivel esconder sentimentos e mostrar apenas o que se quer.
Quando algo desagrada, pode-se simplesmente sair ou parar a conversa sem precisar enfrentar situações desagradáveis ou pessoas que não desejar contactar.
Então . . é preciso ter postura digna no trato das relações sociais.
Fazer comentários menos torpes, menos primitivos, não coisas que fogem à esfera do razoável.

O linchamento simbólico está na moda (pensam que podem achar tudo o que dizer nas caixas de comentário de redes sociais).
Fenômeno cada vez mais recorrente nas redes sociais nos dias de hoje.
É a "lição de moral de plástico", feita por gente que comete os mesmos erros denunciados, mas busca dar uma 'trollada' básica para se eximir de seus próprios pecados e ainda posar de "paladino da moralidade".
Transformando em um 'meme' ou outro rótulo besta, que acompanha qualquer merda feita nas redes sociais nos dias de hoje.
Lamento, mas a mim vocês não enganam.

O que tenho escrito serve como ponto de partida para se refletir sobre a forma como as pessoas se relacionam, sobre a imagem que criam pra elas mesmos e que projetam para o mundo.
O resultado desse comportamento pode ocasionar falsa felicidade e superficialidade nas relações.
Cada um modera a sua rede de amigos e o que as pessoas têm acesso, é uma falsa sensação de controle da própria vida.
Cria-se uma ilusão de felicidade, pois os contatos são fáceis, as pessoas são ótimas, e as que não são não estão na lista, fala-se e faz-se o que se quer, não se enfrentam os dilemas das relações.
O perigo é não conseguir mais se adequar à realidade, e viver a virtualidade no dia a dia.

Nunca gostei do Facebook, ainda não gosto dele, parece-me um daqueles conjuntos habitacionais construídos pelo Paulo Maluf, sobretudo no que há de mais feio. - Cláudio Rúbio