'NEM TODA MÃE É BOA
Isso é um tabu que tem que ser quebrado’.* |
Mais uma vez deixo para a psicanálise a tentativa de explicar que existem mães abusivas, como essa mulher - abominável, repugnante, capaz de coisas atrozes, ações cruéis, perversidades - sempre citada aqui, que acreditam não ter importância causar dor em um filho.
Quem esclarece é *Silvia Rawicz, psicóloga, em entrevista ao Fantástico em 01/10/2017.
'NEM TODA MÃE É BOA não é uma frase de ódio, mas uma verdade absoluta, apenas aceitem!
Eu carreguei você por 9 meses, eu te dei a vida. Esse é um discurso típico que muitas vítimas de mães abusivas são obrigadas a ouvir.
Contudo, carregar por 9 meses e dar a vida não dá o direito de abusar, não é um passe-livre para maltratar e também não é algo que a vítima tenha que “pagar”.
Mães abusivas/tóxicas acreditam numa dívida eterna dos filhos, onde a conta nunca será paga.
Elas cobram a hospedagem, a comida, o (falso) afeto, o cuidado (negligenciado) e o (falso) amor.
Mães abusivas/perversas criam filhos problemáticos e muitos irão despejar sua amargura ao redor, respingos que atingem toda a sociedade.
A sociedade aceita que uma “mãe” maltrate um filho e fale mal dele, já o contrário é considerado ultrajante, desrespeitoso e tabu.’
Pois é, a luta contra o abuso materno é vista como um tabu, enquanto atitudes abusivas são facilmente aceitas.
Infelizmente, a sociedade tem muito esta mania de dizer "ah mas é tua mãe", aí acrescentam: coloque panos quentes e deixe o assunto pra lá.
Não! É o momento de todo mundo parar e ouvir quem precisa falar, aprender com as histórias, refletir e reconhecer que nem toda mãe é boa.
E também à necessidade das pessoas não só fomentarem como se educarem sobre essas questões, que são de extrema importância.
Eu não estou preocupado com consequências do que falo porque estou falando os fatos, não estou inventando (SOBREVIVENDO NO INFERNO).
A sociedade tem que parar de aceitar isso como qualquer coisa normal, e minha voz de resistência não vai se calar perante um absurdo desses.
Não aceito e não vou me calar, sou uma voz, sou inquieto e não vou me calar perante esse tipo de coisa.
Meu terapeuta acha que eu deveria enviar um cartão de Dia das Mães para minha genitora. Acho que está na hora de mudar de terapeuta. – Letícia Lanz
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