segunda-feira, 5 de outubro de 2020

QUEBRANDO O TABU: A DESSACRALIZAÇÃO DA MATERNIDADE

É inadmissível uma mulher que não ama o próprio filho*.

(Vídeo: 04:22)

O programa Casos de Família abordou o abandono familiar e deu a filhos a possibilidade de questionarem a maternidade, o que gerou um grande debate sobre a falta de amor pelos filhos.
Após ouvir as queixas dos participantes a psicóloga *Anahy D’Amico criticou as chamadas “mães tóxicas”.

Pois é, escrevi duzias de textos sobre esse assunto, transcrevi citações de autoridades com conhecimento científico de psiquiatria, psicologia, sociologia, etc. – até número de registro no C.R.P. – no assunto, enfim.
E, o que os relatos desse blog podem nos dizer sobre essa senhora abominável, repugnante, sempre citada aqui?
Memórias são expostas e relatos potentes são ditos, e assim vai se ganhando detalhes sobre o fatídico dia que move a minha história (SOBREVIVENDO NO INFERNO).

Bem, não é difícil descrever a dinâmica deficiente da minha relação com ela, mas desde aquela mudança ela fez coisas perversas, horrendas e outras inclassificáveis, passou a exibir comportamentos cruéis e nada civilizados.
Vou definir a situação: Um verdadeiro caos, uma dinâmica de relacionamento onde eu estava sempre errado.
Tudo virava um pandemônio e era abuso atrás de abuso, mesmo que discreto.

É interessante (triste soa melhor) observar que episódios como aqueles mostram que ela acha que tomar atitudes assim é inteiramente normal.
Afinal, quando confrontada não reconheceu seus erros.

Conviver com alguém capaz de atitudes assim, que põe a sua autoestima no chão feito trapo não é saudável.
Uma relação assim não pode ser denominada amor, mas sim tóxica.

Quando quem mais deveria te amar faz questão de te lembrar dia após dia que o preferido não é você mas sim filhos de outras pessoas, significa que algo de muito errado está acontecendo.
Ser excluído assim pela mãe te faz sentir que tem algo “errado” com você, algo ruim, não sou amado, ainda sinto.

Sabe, essa relação é destrutiva, sobretudo para mim, que fui me perdendo de mim mesmo.
Quando voltei para esse lugar disfuncional me vi olhando pela janela e pensando como seria o futuro ao lado de alguém que me faz chorar, que faz sofrer.

O fato de eu me olhar no espelho e não ver mais brilho em meus olhos é como um lembrete de todas as minhas angústias, noites de choro, traumas internos.
Então, fica um aprendizado dessa história: Se você é mãe, nunca faça nada que essa mulher fez comigo, porquê isso apenas me fez sofrer, nada mais além de chorar e ter de viver em um inferno até hoje.

Mães tóxicas são tão ruins quanto pais ausentes, mas poucas pessoas estão preparadas para essa discussão. – Samara

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