sexta-feira, 4 de setembro de 2020

SÃO TEMPOS CRUÉIS

É meu primeiro pensamento de cada manhã.
‘No ar que eu respiro, eu sinto prazer', cantou Rita Lee um dia, agora está tudo contaminado, desabafou ela em recente entrevista.
Pois é, gostei dessa ideia de visitar um momento em que fomos felizes.
Talvez eu queira viver a fantasia do que poderia ser, antes da realidade achar uma forma de me desapontar.

Também ‘ando com uma tristeza que dói na alma’, assim como ela disse se sentir, mesmo que por outros motivos.
Longe de um final feliz, hoje eu me congelo ao rever o filme de horror que aconteceu na minha vida.

O escape tem sido por vias literárias.
Quanto mais leitores ficarem cientes das barbaridades que aconteceram, tanto melhor.
Meus escritos miram os atos abomináveis (SOBREVIVENDO NO INFERNO) daquela senhora citada em mais de uma centena de crônicas aqui.

Não estou errado em nada, entendo uma coisa que a maioria das pessoas tem medo de admitir.
É preciso reconhecer-se em um relacionamento abusivo, tóxico.
Talvez porque leva-se tempo para nos darmos conta desse tipo de relacionamento, ou não se tenha coragem de admitir.

A libertação do ciclo de um relacionamento assim começa a acontecer quando a gente se fortalece, este é o primeiro passo.
Quando este relacionamento é com a figura materna, a libertação pode ser mais difícil.

Afinal, toda santificação que a sociedade faz do papel da mãe nos leva a crer que, somos nós mesmos sempre errados.
Pois além da sociedade apresentar a figura materna como sendo perfeita, olhamos ao redor e é raro encontramos algo que se revele.

Sabe, algumas lutas devem ser deixadas para trás, outras não, e uma que deve ser sempre levada para frente é a luta pela justiça, custe o que custar, ela sempre deve ser uma prioridade.
Por esses motivos, se para ser bom preciso abrir mão de querer justiça então eu não sou bom não.

A justiça não consiste em ser neutro entre o certo e o errado, mas em descobrir o certo e sustentá-lo, onde quer que ele se encontre, contra o errado. – Theodore Roosevelt

Um comentário:

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