domingo, 9 de junho de 2019

NÓS SOMOS MOVIDOS PELO QUE SENTIMOS

Intensos sentimentos.
Todas as nossas emoções têm seus papéis e implicações.
É um turbilhão de emoções e sentimentos que nos cercam, é preciso aprender a lidar com todos eles, amadurecer nossas emoções, viver uma vida plena.
E existem momentos que precisamos expressar tudo isso.
Mas vivemos em um mundo que desmerece os sentimentos.

Somos ensinados a ignorá-los, controlá-los ou negá-los, mal entendemos o que eles são, de onde vêm ou como parecem que eles nos entendem melhor do que nós mesmos.
Todos os dias somos lembrados de que os sentimentos não tem a importância da razão, que sentimentos são infantis, irresponsáveis, perigosos.
Contudo, eu sei que os sentimentos são importantes.

Ora, por vezes, certos sentimentos transcendem a razão; é superar os limites do conhecimento, está ligado à razão pura.
Sim, transcender está relacionado com pensamentos e emoções, é a capacidade do ser humano de transpor algumas circunstâncias segundo a psicologia.
Também é bom aqui acrescentar algo, a solidariedade não significa apenas reconhecer a situação delicada de uma pessoa, mas também consiste no ato de bondade com o próximo, ter um sentimento de identificação em relação ao sofrimento dos outros.

Bem, alguns sentimentos podem ser esmagadores, aqui no caso, pelos atos abomináveis, e pelas minhas experiências após aquela noite devastadora.

Os sentimentos não devem ser lógicos. Perigoso é o homem que racionaliza suas emoções. – David Borenstein

sábado, 25 de maio de 2019

UMA VIDA SEM DESAFIOS NÃO VALE A PENA SER VIVIDA?

Qual seria o seu desafio?
Algumas pessoas são desafiadas pela vida através dos anos, ora por uma fatalidade outrora por certos descuidos ou ainda por certas tragédias.
Umas sofrem mais e outras menos, mas a verdade é que todos os seres humanos em algum momento de suas histórias passarão por desafios complicados e angustiantes.

Mas precisamos levar em conta também as ressalvas abaixo do psicólogo Ted Feder.
‘Algumas tragédias acontecem face nem sempre ao inesperado, pois as vezes tem dramas anunciados.
E o drama para cada um não é aquele drama que se vive coletivamente’.

Bem, isso tudo é muito importante, mas existe algo fundamental.
Encare os problemas como desafios que merecem uma resposta à altura.
A propósito, isto eu venho pondo em prática, depois daquela noite devastadora, depois das atitudes abomináveis.

A adversidade é como um forte vendaval. Arrebata tudo menos o que não se pode arrebatar, e faz com que nos vejamos como somos na realidade. – Arthur Golden

sexta-feira, 24 de maio de 2019

'INTELIGENTE NÃO É QUEM SABE PARA ONDE IR, MAS QUEM APRENDEU PARA ONDE NÃO DEVE VOLTAR’

Caminhos diferentes, por vezes, levam para o mesmo espaço.
Dizem que os nativos lembram as diversidades da vida e dos caminhos.
Bem, a vida corre por estradas sinuosas, os seres se encontram em determinados pontos de suas caminhadas, se entrelaçam, se afastam, partem, retornam às origens.

Há muitos caminhos para chegar ao mesmo lugar.
E o ponto de partida também é o ponto de chegada trazendo-nos a questão do retornar sempre.

Sim, usar os caminhos para a conduta da vida, para lidar com adversidades, com o inesperado, valorizando o que importa de verdade, e viver com sabedoria.
Sabedoria . . o dom que nos permite discernir qual o melhor caminho a seguir, a melhor atitude a adotar, nos diferentes contextos que a vida nos apresenta.

Mas retornos e desvios também fazem parte dos caminhos da vida, usá-los quando necessário não é sinal de fraqueza.
É, depois daquela noite devastadora, dos atos abomináveis, eu aprendi para onde não se deve voltar.

Não poucas vezes esbarramos com o nosso destino pelos caminhos que escolhemos para fugir dele. – Jean de La Fontaine

quarta-feira, 22 de maio de 2019

'FAMÍLIA: URGÊNCIAS E TURBULÊNCIAS'

O que é uma família disfuncional?
Quem nos responde é Flávio Gikovate, médico psiquiatra e psicoterapeuta.
‘É formada por indivíduos ligados por elos sanguíneos, que se encontram em conflitos, mau comportamento ou mesmo abusando uns dos outros de forma regular, tem sintomas e protótipos de comportamento resultantes de suas próprias experiências dentro de uma estrutura familiar.

Pode afetar-se diretamente por vários fatores como: rejeição, falta de limites, ordens e mensagens não muito claras, extremos em conflito, desde pequenas discussões até brigas terríveis.
Penso que, em muitos casos, a perversidade e a traição predominam entre os membros, sentimentos positivos são abafados por uma relação tumultuada e por conflitos de todo o tipo.

Expressar a sua tristeza e descontentamento com os membros de uma família disfuncional ou esperar que entendam o seu sofrimento tende a revelar-se como uma grande perda de tempo.
Se a sua família é disfuncional, ou seja, não funciona de maneira a contribuir com o seu crescimento e desenvolvimento pessoal, qualquer tentativa sua de curar as suas feridas e evoluir emocionalmente provavelmente será rejeitada, pois tendem a ser imaturos emocionalmente.’

Thais Lopes Trajano, psicóloga, acrescenta: ‘acontece que a família é onde construímos e nutrimos nossas primeiras relações, os vínculos costumam se desenvolver de forma intensa.
Ocorre que muitas vezes esses laços se constituem de forma a não estabelecer limites a essas relações, tornando-as disfuncionais.

Podemos dizer que ocorre um bloqueio no processo de comunicação familiar.
Não me refiro a situações isoladas ou casos específicos, me refiro a ciclos repetitivos que adoecem as relações, todos têm prejuízos em suas vidas.

É extremamente necessário que o indivíduo entenda que quando a dinâmica familiar é regida pela desarmonia ela é disfuncional.
A consciência do funcionamento familiar já é de grande valia já que muitas pessoas vivenciam essas situações sem nem ao menos perceber que algo está disfuncional, mesmo em casos em que haja sofrimento manifesto.
Em alguns casos uma conversa com alguém fora da família, como um amigo, poderá alertar e provocar desdobramentos no lidar deste individuo com seus familiares’.

E uma grande observadora do tema, Elsa Morais finaliza: ‘embora eu não seja psicanalista, me submeti à análise durante longos anos e aprendi devagar a enxergar, por exemplo , mosaicos familiares, frequentemente desconexos.
As relações familiares são guiadas por desafios e conflitos, o laço sanguíneo, muitas vezes não é o suficiente para gerar uma “relação”, é preciso cortar o cordão umbilical.
Minha família sabe de tudo isso e ninguém “mete a colher” mas quando querem, são os primeiros a me criticarem.’

Bem, isto tudo tem o mais profundo sentido, vivenciei isso após aquela noite devastadora.

É rara a vez em que os membros de uma mesma família crescem sob o mesmo teto. Richard Bach

terça-feira, 21 de maio de 2019

A SENSAÇÃO DE VULNERABILIDADE POSSUI UMA ESSÊNCIA, UM ARGUMENTO PRINCIPAL, AMARGA

É o que faz que uma coisa seja o que é, e não outra coisa.
Sabe uma sensação desagradável? Desconforto?
Bem como uma inquietação indefinida ou uma situação constrangedora?

Ela tem muitos efeitos na vida de uma pessoa, existem muitos níveis, quase sempre causa algum trauma.
Está geralmente enraizada em coisas como ofensa e amargura, ela cresce em camadas.

É um mal-estar geral que pode ser desencadeado pela percepção de ser vulnerável de alguma forma.
Pode se caracterizar também por um sentimento de quem não se acha amado, este é um dos conceitos.

Vulnerabilidade não tem nada a ver em ser frágil, fraca, implica ter uma sensibilidade especial que a pessoa vai protegendo por meio de uma couraça, adicionando camadas diante de cada decepção, todas as pessoas são vulneráveis às vezes.
A maioria dos seres humanos é emocionalmente vulnerável e tem a capacidade de se machucar.
Um simples comentário inopinado pode carregar o peso de alguma experiência, infelizmente, tendemos a ser atraídos pelo que já sabemos.

Também, o hábito de nos distanciarmos dos sentimentos, especialmente quando negativos, bem como recusar-nos a valorizar a sua sabedoria e a nossa própria vulnerabilidade apenas contribuem para que se crie uma distância ainda maior com os outros e conosco mesmo.
É preciso controle emocional, que é a habilidade de lidar com os próprios sentimentos, adaptando-os conforme a situação e expressando-os de maneira saudável para si e para o grupo no qual está inserido.

Bem, uma pessoa com um mínimo de sensibilidade pode discernir a minha intensa vulnerabilidade, devido aos atos abomináveis depois daquela noite devastadora.
Mas, as pessoas com sensibilidade são cada vez mais raras.

Se você não vê uma vulnerabilidade em alguém, você provavelmente não está se relacionando com aquela pessoa em um níveo pessoal o bastante. – Jonathan Blow