quarta-feira, 19 de maio de 2021

ABUSO MATERNO NÃO É AMOR

Filho não nasce para sofrer, não pede para vir para a Terra.
Muita gente tem histórias bastante sombrias envolvendo expulsão de casa, chantagens, agressões (físicas e emocionais) e muito sofrimento na mão dessas mulheres que diziam amá-las.

Infelizmente eu já passei por situações parecidas, o que me ajudou, foi descobrir mais gente com as mesmas experiências que eu.

A questão costuma ser bem dolorosa, já que poucas coisas machucam tanto quanto abuso materno.
Então, escrevo isso na esperança de ajudar quem esteja precisando também.
Pode ser um tema indigesto para muitos, mas não dá para ignorar o quanto o comportamento de algumas mães prejudica os filhos.

Sabe aquele papo que mãe é sagrada e vem acima de tudo? Esquece.
Esquece tudo isso, quem tem uma mãe abusiva não pode continuar miserável por causa de convenções sociais, e se você parar para pensar, elas só servem para proteger a abusadora.
Quem tem esse tipo de pensamento infelizmente faz parte de uma sociedade que perpetua esse mito.

Por mais triste que pareça, é preciso ter em mente que sim, há relações abusivas entre mães e filhos com consequências muito traumáticas e que prejudicam a infância, a juventude e a vida adulta destes.
Não se pode ignorar as perdas emocionais que alguns de nós tivemos (SOBREVIVENDO NO INFERNO).

Então, nunca, jamais diga que a pessoa está nessa situação porque quer, que ela não fez por onde, que ela depende da mãe e portanto deve permanecer calada. Nunca, você não sabe o que se passou nesse relacionamento abusivo, ela não precisa de você piorando essa situação, ela precisa de acolhimento e empatia.

Os filhos de mães abusivas não tem um colo para desabafar. – Samira Oliveira

quinta-feira, 13 de maio de 2021

UMA PERGUNTA ÀS MÃES: VOCÊ É UMA MÃE SUFICIENTEMENTE MÁ?

Mães más, muito más.
A psicologia confirma: A relação mãe-filho é intensa e capaz de proporcionar dor e sofrimento.
Sabe, um filho é como uma tábua de madeira, cada ação agressiva que a mãe faz é como martelar um prego nessa tábua.

Ela pode até remover o prego, mas o buraco vai permanecer, se ela fizer isso muitas vezes, a tábua vai acabar quebrando.
Essas ações trazem consequências para uma vida toda e podem provocar danos irreparáveis.

Onde eu quero chegar?
Eu falo das atitudes, de muitas dessas ações (SOBREVIVENDO NO INFERNO) da minha.

O que pode resultar disso?
Alguém devastado em consequência ao que lhe fora feito.

Para além disso, pode ser muito positivo reconhecer o tipo de mãe que você é e refletir sobre as repercussões que pode causar na relação entre você e seu filho.
Lembre-se: Sempre é tempo de mudar o rumo da relação com seus filhos, independentemente de quantos anos eles tenham.

Mesmo na psicoterapia, tais mulheres conseguem indignar os terapeutas: a “mãe má” é um tabu! É monstruoso mostrar esse lado sombrio da mulher. – Marcia Neder, pós-doutora em psicologia.

quarta-feira, 28 de abril de 2021

MÃES ABUSIVAS QUEBRAM O IDEAL DA FIGURA MATERNA

Sim elas existem.
Em um discurso incomumente franco, Letícia Campos, psicóloga, deixou claro: 'nesse mês das mães faço a pergunta: mães podem ser abusivas?
E já respondo: sim, e com bastante frequência.’

Como bem alerta a psicóloga, existem mães que são abusivas para os seus filhos, mães que têm transtornos e ao invés de amar e proteger os filhos, podem destruí-los emocionalmente.
Mas acontece que vivemos em uma cultura que tem dificuldades em ver as mães como abusivas, uma cultura em que mães são “sagradas” e as suas condutas e comportamentos jamais podem ser questionados ou repudiados pelos filhos.

Então como a questão do abuso materno é recorrente e ao mesmo tempo silenciada, aqui temos um problema que não é só individual, de filhos para mães, mas de todo mundo.
Por isso que todos precisam se informar, não tem isso de não ter acesso, não se pode mais fechar os olhos, é obrigação ir atrás de informação.

Sabe, o sofrimento que cada um carrega a partir de experiências de abuso materno (SOBREVIVENDO NO INFERNO) não pode nem deve ser menosprezado.

Relacionamento abusivo materno cria complicações para toda a vida. – Luciene Lima, psicóloga.

sexta-feira, 23 de abril de 2021

O MITO DA MATERNIDADE

Mãe era para ser sinônimo de amor.
Toda mãe é bondosa e afetiva? Nem sempre, diz a psicanalista Silvia Lobo em seu livro Mães Que Fazem Mal.
A partir de experiências reais em consultório a psicanalista propõe uma reflexão sobre a idealização de que basta ser mãe para ser boa, quase sempre santa.

'Nem todas as mães são boas, muitas, mesmo que involuntariamente, deixam marcas profundas nos seres que conceberam.
Muitas mães fazem bem aos seus filhos, mas temos aquelas que, por alguma razão - podem ser várias - são perversas, causam dor e sofrimento.
Mães que não sabem amar, que não sabem fazer de outro modo, pois não podem ensinar o que não aprenderam, não podem ser o que não são, mas ainda que assim seja, elas existem, interferem, causam mal.
Passam incólumes pelo que causam e não veem o desconforto que provocam.
É importante lembrar que mães costumam ser retratadas de modo bastante estereotipado na mídia e cultura.
Quando se fala no poder transcendente da maternidade fica de fora a maldade que toda condição humana contém.
Ao afrontar esse dogma da bondade delas, quero que elas possam perceber suas falhas, corrigi-las e se desculparem.’

O livro nos coloca diante da realidade estereotipada da maternidade, essa abordagem é muito significativa, já que podemos analisar o quanto a imposição social pode interferir na psique dos cidadãos das formas mais variadas possíveis.
As mães que fazem mal, descritas neste livro, constituem uma população muito maior do que imaginamos, silenciosa, e quase sempre despercebida, há ainda, um capítulo inteiro dedicado as modalidades de mães que fazem mal.

Se tornando um estudo válido sobre maternidade de todas as formas, que analisa de fato quem elas são, como chegaram até aqui, e como tudo isso afeta suas crias.
Filhos que foram afetados de modo terrível pela maldade materna (vide SOBREVIVENDO NO INFERNO).

Filhos qualquer mulher pode ter, mas ser mãe é para quem sabe ser. – M. Santos

sábado, 17 de abril de 2021

‘MÃES QUE ABUSAM DOS FILHOS’

Lamentamos informar, há muito a se relatar sobre elas.
Não é algo “comum” nem agradável de ouvir que uma mãe é abusiva.
O assunto é delicado e dele pouco se fala. É muito mais fácil ser uma pessoa hipócrita e omissa do que falar abertamente sobre abuso materno.

Tem gente que não acredita, mas a verdade, é que a psicologia oferece outra visão da mãe, diferente da que quer passar o modelo social.
Nas palavras da psicóloga Silvia Rawicz, 'o benefício é enxergar que algumas mães podem ser uma influência tóxica na vida dos filhos, questionar essa crença de que todas amam seus filhos.’

Ela diz porém que: 'é muito complicado falar em cura o caminho passa, então, por cuidar dos efeitos dessa relação ruim nos filhos.
O tratamento passa por reconstruir a autoestima do filho, é a validação do sofrimento dele, passa por ele saber que não está louco.
É um avanço quando os filhos percebem que o problema não está neles e, sim, nas progenitoras’, esclarece.

Pois é, ela botou o dedo na ferida, sim, há mães abusivas (SOBREVIVENDO NO INFERNO).

Toda mãe é uma mulher. Mas nem toda mulher é uma mãe. Na verdade, ser mãe não diz respeito à ser mulher, é uma questão de dom não de cromossomos. – Luiz Claudio Gomes