sábado, 17 de abril de 2021

‘MÃES QUE ABUSAM DOS FILHOS’

Lamentamos informar, há muito a se relatar sobre elas.
Não é algo “comum” nem agradável de ouvir que uma mãe é abusiva.
O assunto é delicado e dele pouco se fala. É muito mais fácil ser uma pessoa hipócrita e omissa do que falar abertamente sobre abuso materno.

Tem gente que não acredita, mas a verdade, é que a psicologia oferece outra visão da mãe, diferente da que quer passar o modelo social.
Nas palavras da psicóloga Silvia Rawicz, 'o benefício é enxergar que algumas mães podem ser uma influência tóxica na vida dos filhos, questionar essa crença de que todas amam seus filhos.’

Ela diz porém que: 'é muito complicado falar em cura o caminho passa, então, por cuidar dos efeitos dessa relação ruim nos filhos.
O tratamento passa por reconstruir a autoestima do filho, é a validação do sofrimento dele, passa por ele saber que não está louco.
É um avanço quando os filhos percebem que o problema não está neles e, sim, nas progenitoras’, esclarece.

Pois é, ela botou o dedo na ferida, sim, há mães abusivas (SOBREVIVENDO NO INFERNO).

Toda mãe é uma mulher. Mas nem toda mulher é uma mãe. Na verdade, ser mãe não diz respeito à ser mulher, é uma questão de dom não de cromossomos. – Luiz Claudio Gomes

sábado, 10 de abril de 2021

ESPERA-SE QUE MÃES QUEIRAM O MELHOR PARA SEUS FILHOS, MAS NEM SEMPRE É ASSIM

Mãe não é tudo igual, nem toda mãe coloca os filhos em primeiro lugar, a minha, pelo menos, não.
Nem todas as mães amam seus filhos, o que é algo inconcebível na visão de muitos, porém, isso revela, portanto, que o amor de mãe não é incondicional.

Há muita idealização, mães são aquelas que tiveram filhos, o que elas já são, más, violentas, aparece na maternidade, esclarece Vera Iaconelli, PhD em psicologia - é ela que nos ajuda a mostrar a verdade.

‘Há mães que só conseguem ser “mães de verdade” em relação a não deixar faltar comida, essas coisas, mas no aspecto emocional são uma verdadeira desgraça.
Essas mães não evoluem emocional e psicologicamente com a idade, mesmo quando mais velhas e mais experientes, elas mantém os mesmos pensamentos.
São donas da “verdade” e quando existem questões financeiras envolvidas, isso fica ainda mais evidente, geram muita culpa e se colocam na posição de “você está me explorando”.
Não importa o que aconteça, o filho nunca têm razão, e gera um abalo na autoestima desse filho, e isso é recorrente, não é um quadro temporário, o que promove nele uma sensação de que deve se defender o tempo todo.
A autoestima desse filho vai ser testada durante toda a convivência dele com a mãe.
Quem tem uma mãe assim sabe o inferno que é, alguns pensam que se trata somente de uma mãe mais egoísta, mas a realidade é muito mais dura que isso, experimenta-se o inferno, pouco a pouco, dia após dia.
É a receita para a destruição completa da autoestima e da vida de qualquer um.’

Sim, a maior agressão que um ser humano pode sofrer é a rejeição e o descaso da mãe - SOBREVIVENDO NO INFERNO.
Quem convive com uma mãe abusiva como a minha sofre de níveis altíssimos de estresse, genitoras assim não se importam nem um pouco com o mal que fazem.

Dia das Mães não é um dia para “celebrar” mães abusivas, egoístas e más. – Anna Valerious

domingo, 4 de abril de 2021

PERCEBER QUE SE É FILHO DE UMA MÃE ABUSIVA PODE DOER

Abandono emocional, violência psicológica, negligência, omissão e desamparo podem destruir a autoestima do filho.
Verbenna Yin, escreveu uma matéria chamando a atenção para esse tema um tanto quanto polêmico e fora do perfil romantizado e idealizado que a sociedade impõe sobre a maternidade.
Formada em psicanálise, mãe de dois meninos e ainda longe da mulher que a colocou no mundo, conta que mães como a dela, que destroem a autoestima dos filhos e transformam a infância e vida adulta deles em um inferno são mais comuns do que se possa imaginar.

‘Saber que se tem uma mãe abusiva, a princípio, não é simples nem fácil de se conceber.
Entender que toda a necessidade de acolhimento e de confiança que se busca na mãe está comprometida é avassalador.
A parte mais dolorosa é quando se ganha consciência sobre os abusos, que, muitas vezes, nem velados são.
Algumas das vítimas que chegam ao meu consultório são desacreditadas, sendo que o filho que está desperto necessita de auxílio para se desintoxicar e não cair no conto de que é ingrato ou que estaria ficando louco.
O filho vítima desse tipo de mãe adoecida sempre será o que não se encaixa em nada, será o bode expiatório de tudo o que pode dar errado e que não presta.
E, como consequência, possui uma baixa autoestima insuportável somada a sentimentos de vazio interior, é o filho negado, o filho perdido.’

Sim, ser filho de uma mãe abusiva é muito mais grave do que as pessoas podem imaginar, eu fui vítima de algo que eu não pude impedir (SOBREVIVENDO NO INFERNO), a minha dor psicológica é particularmente aguda.

A gente espera ser acolhida e é difícil romper com esse ideal de que a mãe sempre quer o seu melhor. Nem sempre ela quer. – Verbenna Yin

domingo, 28 de março de 2021

‘A TRAMA FAMILIAR DA MÃE ABUSIVA’

'A rainha maligna.'
Nesse texto Silvia Malamud, psicóloga, revela as dinâmicas perversas dessa mãe.
Graças a artigos como este e outras fontes de conhecimento o que antes era pouco ou nada identificável como abuso materno hoje cada vez mais é conhecido.

‘A mãe normal e saudável é orgulhosa dos seus filhos, mas a mãe abusiva percebe os filhos como uma ameaça, ela não pode ficar numa posição de inferioridade.
Quando algo é questionado, não admite os erros e jamais pede desculpas, mas, para ela, é tudo de bom, pois sente-se poderosa à custa dos filhos, pois projeta neles a gata borralheira, o filho invisível, o filho de ouro, o bode expiatório; ninguém escapa dessa ditadura de terror.
Esse território é orquestrado de modo cruel e, por causa da capacidade altamente manipuladora dessa mãe, qualquer espécie de confronto é brutalmente combatido.
Nessa trama existe o filho considerado bode expiatório, que, apesar de ser o mais insultado e o mais desqualificado, é o único que costuma enxergar o que se passa e, portanto, o único que ousa questionar e, por vezes, confrontar essa mãe.
Quando esse filho questiona, é severamente atacado por essa mãe abusiva, que se mostra enfurecida ao ser confrontada.
O fato é que o filho questionador recebe constantemente críticas e a raiva dessa mãe, ele é considerado um filho mau.
Toda vez que esse filho ousar questionar os motivos pelos quais foi visto como o errado, como o vilão de situações injustas e indagar sobre os motivos de ser maltratado enfrentará as piores e as mais devastadoras das iras.
Ofendida, determinará que esse filho vá embora, nessas ocasiões o marido ou o filho escolhido, que funcionam como mais um abusador, entram em cena, evidenciando uma aliança com a poderosa vilã da nossa história que de todas as formas abusa do lugar de poder culturalmente a ela oferecido.
Estes, na maioria das vezes, encontram-se bem mais comprometidos do que o bode expiatório e dificilmente conseguem saber que se encontram emocionalmente sequestrados.
Mesmo quando suas crias já se encontram adultas, fará escândalos, cenas e mais cenas e, como sempre, inverterá papéis, colocando-se como vítima, mostrando-se magoada, desqualificando-os, inserindo culpas e acusando-os de não serem bons filhos.
Tanto o teatro da vitimização quanto o da acusação dessas mães são extremamente agressivos e potentes, a mãe abusiva é habilidosa em se fazer de vítima e dizer que o filho é ingrato.
A memória da mãe abusiva é seletiva, ou seja, ela só se lembra do que lhe convém, mas, quando é para vitimizar-se lembra-se de tudo em detalhes inclusive com verdades inventadas.
A mãe abusiva acredita genuinamente que é melhor do que as outras pessoas, se sente tão importante a ponto de acreditar que tudo é uma conspiração contra ela.
Ela jamais assume a responsabilidade por qualquer infortúnio causado aos filhos, ela não possui empatia, ou seja, não consegue se comover com o sentimento deles, e, mesmo que haja muito sofrimento, a falta de empatia persistirá.
Falta de empatia e distorção de verdades são apenas algumas das ações de mães abusadoras emocionais.
Faz uso de manobras, o discurso perverso dela é hábil em inverter verdades, jogando para o filho toda a culpa, usando de suas armas geradoras de sentimentos de desamparo, de rejeição, de desproteção e de abandono.
Cria toda essa situação de modo muito preciso, o que chamamos de estrupo emocional, então a vida do filho fica destruída, pois emocionalmente é totalmente inferiorizado e ele não da conta de existir como pessoa dentro desse tipo de trama, tudo isso faz muito mal a ele.
O efeito desta trama costuma ser devastador, a consequência pode ser um relacionamento altamente destrutivo na medida em que ele é desacreditado em suas percepções enquanto está sendo abusado emocionalmente.
Se a pessoa não despertar a tempo, passará por um inferno solitário e não poucas vezes, ainda quando lúcida, poderá ser desacreditada diante dos outros.
A questão do abuso materno e de suas implicações é um tema extremamente necessário de ser visto, conhecido e reconhecido.
Hoje são reconhecidas como uma das relações mais destruidoras que se pode existir, é tão grave, que ao se comparar as características dessas abusadoras com as de um psicopata propriamente dito, poucas diferenças serão encontradas.’

Acredite, eu sei muito bem o que é isso, essa trama - SOBREVIVENDO NO INFERNO - tinha tudo para dar errado e, sendo sincero, alcançou tal objetivo.
É muito complicado viver com mães doentes emocionalmente, e o impressionante é ver que vivem sem nenhum remorso e ainda continuam a culpar filhos pelas más escolhas que fizeram na vida.
Um verdadeiro inferno que, muitas vezes, se faz necessário um afastamento emocional severo ou até mesmo físico, quando não há contenção possível desse adoecimento psíquico dessas genitoras.

Os filhos de mães abusivas são duplamente abusados, uma vez quando ocorre e outra quando ele diz a verdade sobre a sua genitora. – Linda Martinez-Lewi

quinta-feira, 18 de março de 2021

O SILENCIAMENTO DE FILHOS ABUSADOS

Um costume inquietante e desconfortável.
Precisamos falar sobre como você silencia os filhos ao seu redor.
Uma fala de revolta, justiça, para olharmos para os hábitos que revelam uma cultura inteira de opressão sistêmica, uma cultura que cala.

Vivemos uma cultura que culpa, controla e silencia.
O silenciamento aparece com diferentes caras e justificativas, isso acontece com toda a fala, inclusive quando relatamos algo que aconteceu conosco.

É um reflexo de uma cultura cruel, que cala os filhos por tudo, não à toa frequentemente desacreditam nossos discursos com termos ligados à ideia de emotividade exacerbada, como malucos, loucos e exagerados.
É tão assustador e a gente segue como consegue, fica fingindo normalidade, tentando ser legal para mostrar que está tudo bem, não está com raiva.
Segue demonstrando uma tolerância excessiva para não sofrer represália, ter desentendimento, só que chega uma hora que isso começa a fazer tão mal que a gente tem que arrebentar a tampa desse caldeirão e se salvar.

Sabe, os filhos são sempre induzidos a adotar o silêncio como única opção, a gente é ensinado a aceitar calado abusos, mas eu eliminei isso completamente da minha vida.
Eu não tenho medo de me posicionar e dizer o que penso sobre diversos assuntos, começando pelo abuso materno (SOBREVIVENDO NO INFERNO), não vou me calar perante esse tipo de coisa.

Tenho a consciência de que não é todo mundo que consegue mas quebrar amarras que oprimem a gente é fundamental, não há necessidade de se sofrer silenciosamente.
Em tempos tão desesperadores, talvez isso já sirva de grande ajuda para quem precisa de uma válvula de escape.

A imposição do silêncio é uma das principais armas de uma mãe abusiva. – Vera Kollontai