segunda-feira, 23 de maio de 2016

ASPECTOS DO BECO SEM SAÍDA EM QUE A HUMANIDADE SE METEU

Sintomas da mazela.
A humanidade como um todo está enferma.
A humanidade está girando em falso, um ciclo ilusório de um pólo só, de onde se parte e aonde não se chega a lugar algum.
Uma espiral, linha curva que se enrola em torno de um ponto do qual se vai afastando.
É todo o projeto humano que falhou.

A história é um software ultrapassado.
Os fatos existem apenas para serem manipulados e distorcidos.
Já foi dito que negros não poderiam entrar, que judeus não poderiam sair e que só os brancos teriam direito de ir e vir.
Já disseram que gênios eram loucos e que loucos eram brilhantes.
Uma sociedade despedaçada, tendo a intolerância no seu seio.

Galileu afirmou que a Terra girava em torno do Sol, acabou condenado.
Joana d’Arc queria unificar a França, terminou na fogueira.
Robespierre pensou que podia ser igual e livre, foi parar na guilhotina.
Tiradentes queria o Brasil independente, foi condenado a forca.

Então ouvi: sorte a sua viver em uma época em que é livre para se expressar.
- Ledo engano.
- Não somente o chamado quarto poder está em vias de extinção, como todos os outros já naufragam.

Senão vejamos: O príncipe Harry da Inglaterra é um daqueles que tem por ofício ser perfeito, ou “parecer” que é.
Mas já posou pelado em uma noitada com amigos e amigas; já confessou envolvimento com drogas e já foi fotografado em uma festa à fantasia usando uniforme nazista, incluindo braçadeira com suástica.
Ele teve uma segunda, terceira, quarta e quinta chances. Terá mil, se necessário for, porque, afinal, é príncipe.
Um hipócrita.

A sensação é de que os seres humanos parecem possuídos de uma energia predadora, destruidora.
O espírito predador da lógica do patriarcalismo, na definição ideológica da supremacia do “homem” nas relações sociais, estabeleceu que as pessoas passassem a dever obediência à imagem do “homem” dominante, e não teme nem pela sua própria sobrevivência.
Os “homens” engendram sua própria destruição.
Só a catástrofe é crível.

O mundo é fabuloso, o ser humano é que não é legal. - Ed Motta

domingo, 15 de maio de 2016

O PRINCIPAL INGREDIENTE NA FABRICAÇÃO DO SORO ANTIOFÍDICO É O VENENO

Bombons com fel.
Já parou para pensar que as pessoas que te rodeiam podem representar algo negativo?
(Por vezes é preciso analisar cuidadosamente os aspectos pertinentes a elas.)
Qual o sentido de estar rodeado de pessoas que não lhe acrescentarão nada?

É um ciclo sem fim.
Afinal, ficar com gente assim não é exatamente construtivo, certo?
Melhor estar em torno de pessoas que influenciem você a crescer e querer conseguir mais.
Entretanto, em algumas situações é muito mais difícil se afastar de pessoas tóxicas, como familiares, por exemplo, mas em se tratando de amizade, você pode tomar uma postura.

Atitudes hostis: Como lidar com elas?
A melhor defesa pode até ser o ataque, mas a originalidade é mais eficiente do que qualquer ataque.
Eu sou frequentemente sarcástico e ácido.
Tenho uma ironia ácida, e também uma verve irreverente, matadora.
Faço comentários ferinos, contendo uma forte carga de ironia e crítica, bastante mordaz, bastante cáustico, sarcásticos, mas letais e verdadeiros, sob uma embalagem elegante e educada contendo sublimes vilanias.

É preciso aprender a ler a ironia na postura e nas palavras das pessoas.
Já quase fui “nocauteado” por atos imbecis, proferidos por exércitos de inescrupulosos, aqueles que não têm um princípio moral, que não fazem uso de um limite moral para um intento.
Daí lembrei o Iídiche, uma língua riquíssima, a única falada em lugares tão díspares ao redor do mundo.
Os que conhecem e estudam as nuances desse idioma garantem que poucas línguas transformam-se em armas tão sutis e letais quando colocadas a serviço da ironia.
Não é uma questão de simplesmente gritar palavrões, o truque é, colocar boas palavras juntas e do modo mais pernicioso possível.

Então, vem à resposta numa sequência, partida da mesma acusação, articulada e fundamentada, ou seja, quando inova os fundamentos.
A frase Ikh darf es vi a lokh in kop, é um exemplo.
Tradução literal: Preciso disso como de um buraco na cabeça.
Como ninguém precisa de um buraco na cabeça, seria o equivalente a dizer: Nada disso me interessa.
A expressão Es vet helfen vi a toiten bahnkes segue pelo mesmo caminho.
Traduzindo: Ajudará como ventosas a um morto.
Considerando que, depois da morte, não há ventosa que ajude, é como dizer ao pobre coitado do interlocutor: Tudo isso é simplesmente inútil.

Sugiro, pois, que quando você tomar uma decisão mantenha-se fiel a ela.
Preferencialmente uma decisão assertiva, ou seja, uma afirmação categórica.
O que quer dizer, habilidade social de fazer afirmação dos próprios direitos e expressar pensamentos, sentimentos e crenças de maneira direta, clara, honesta.
É uma virtude, pois se mantém no justo meio-termo entre dois extremos inadequados, um por excesso (agressão), outro por falta (submissão).

Isto posto, não vou pedir desculpas por minha sinceridade.
A extrema sinceridade é um privilégio raro.
Em todo caso, vou comprar uma armadura, porque já sei que vem pedrada de tudo quanto é lado.

Adoro a humanidade, o que não suporto são as pessoas. - Charles Schulz

quinta-feira, 12 de maio de 2016

AMARGURA, O “PECADO” MAIS CONTAGIOSO

O título não pode ser mais importante do que o objeto que ele nomeia?
Definição de amargura: Provem de uma palavra grega que significa ferir.
Sua raiz hebraica, traz a idéia de algo pesado, dai surge o conceito de ser algo forte e pesado que fere até a parte mais profunda do nosso coração.
Ou seja, que se transmite, que constitui veículo para o contágio.

É um dos “pecados” mais perigosos e prejudiciais, e o que tem causado muitos sofrimentos e derrotas.
A amargura é o resultado de sentimentos muito profundos, talvez os mais profundos da vida.
O espírito de amargura faz com que a pessoa perca perspectivas.

Quase todos temos sido ofendidos, experimentamos ofensas continuas, seja entre patrões e empregados, pais e filhos etc. chegando até ao ponto da amargura.
Os ‘companheiros’ da amargura são, a auto-compaixão, os sentimentos feridos, a indignação, o ressentimento, o rancor.
A amargura não ganha lugar imediatamente quando alguém nos ofende, é a nossa reação a uma ofensa ou uma situação difícil que de modo geral é injusta, não importa se ela foi intencional ou não.

Alguém disse: o espírito amargo impede que a pessoa entenda os verdadeiros propósitos de Deus.
Perdoar é a única maneira de consertar o passado, não podemos mudar o ocorrido, não podemos mudar as coisas que aconteceram, mas podemos perdoar e deixar nas mãos de Deus.
Deus venha sarar as feridas em nossos relacionamentos.

Não obstante (referência a uma situação de oposição a outra idéia apresentada) me repito.
O perdão não absolve o ofensor da pena correspondente, a pena está nas mãos de Deus ou das leis humanas.
O perdão não é tolerar a pessoa, não é fingir que a maldade não existe e passar por cima.
Perdoar não é simplesmente esquecer.

Os defeitos da alma são como os ferimentos do corpo; por mais que se cuide de curá-los, as cicatrizes aparecem sempre, e estão sob a constante ameaça de se reabrirem. - François La Rochefoucauld

domingo, 1 de maio de 2016

O ORIENTE MÉDIO ESTÁ MAIS PERTO DO QUE SE IMAGINA

* Brasil, vocês são o próximo alvo. Podemos atacar esse país de merda.
Para aqueles que pensam que as atrocidades do grupo terrorista Estado Islâmico estão bem longe daqui, é bom saber que a veracidade da *mensagem ameaçadora publicada nas redes sociais foi confirmada pela Agência Brasileira de Inteligência em 13/04/16.
O autor da mensagem é o 2º na linha de comando de decapitadores, e gosta de dizer que “é como estar no Éden”, fazer parte do grupo.
Após a postagem houve uma intensidade nos discursos de agressividade dos autoproclamados seguidores do E. I. no Brasil, disse o diretor de Contraterrorismo da ABIN.
Há um número cada vez maior de brasileiros que se interessam em se juntar ao grupo que prega a supremacia do Islã, complementa.
A ABIN também garantiu que, uma vez que os brasileiros fazem o juramento do E. I. estão dispostos a cometer qualquer atentado violento em nome do grupo, independentemente se a ordem for dada presencialmente ou via internet.

Coincidência ou não, em 28/02 trocando mensagens com um amigo, escrevi a frase do título acima, esclareci que Malcolm X pregava a paz, era chamado Ministro da Nação do Islã, e fiz algumas considerações pertinentes ao tema.
Lembrei que por volta de 2007 folheando o Alcorão, me apercebi da escritura ser muito pesada, mas no sentido abstrato, e ele sugeriu que fizesse uma crônica, daí 45 dias depois, li a matéria que me fez encetar esse texto.

O Islã foi estabelecido entre 610 e 632 A.C.
Segundo o E. I. Maomé é o último profeta do Deus de Abraão, ele criou uma das maiores, se não a maior, religião do mundo, o Islamismo.
Islã significa exatamente Submissão a Deus, e a característica central do fundamentalismo é exigir que todos o sejam, ao mesmo Deus.
Eles afirmam: nós, servidores do profeta pretendemos vingar nosso povo, destruindo as famílias de infiéis nessa terra do ódio.

Calcula-se que existam cerca de 1,8 bilhões de mulçumanos.
E segundo serviços de inteligência ao redor do mundo, os radicais são estimados “apenas” entre 15% e 25%.
Cerca de 180 a 300 milhões dedicados a destruir a civilização ocidental.
Todavia, as lições da história mostram, por exemplo, que a maioria dos alemães era pacífica, mesmo assim os nazistas fizeram o que fizeram, 60 milhões morreram.

Interessante ressaltar que quando invadiu o Iraque, Bush falou em ‘cruzada’.
E em 11 de setembro “apenas” 19 radicais colocaram a América de joelhos, nos lembra Brigitte Gabriel, fundadora, presidente e CEO da ACTI For America.
Para se justificar, citaram uma frase do Alcorão: ataque-os como te atacaram.
Nesta data o mundo foi apresentado ao terror islâmico global, desde então a palavra jihad entrou no vocabulário de todos.

Dois dedos de prosa histórica:
A invasão soviética no Afeganistão em 1979 é o ponto de partida para o Jihadismo.
Vendo uma oportunidade de fustigar a União Soviética, os EUA financiaram e capacitaram militarmente os jihadistas.
Constituiu-se então a base de transformação do Afeganistão em um celeiro do extremismo islâmico.

A ideologia jihad é tão somente uma ideologia, porém nas zonas que governam, os jihadistas conseguiram impor sua lei através do terror.
O E. I. já executou mais de 2.600 pessoas na Síria desde o anúncio do Califado, em 28/05/14.
Eles reivindicam com orgulho a violência, e divulgam na internet vídeos de decapitações.
Por exemplo: Ragga era chamada de Praça do paraíso, mas desde que os extremistas do E. I. chegaram para as execuções públicas, ela é conhecida como Rotatória do inferno.
Ali são exibidas durante dias no alto de lanças de metal, as cabeças decapitadas e os corpos crucificados.

É na cabeça que reside à humanidade, a decapitação é um ato de desumanização e ainda mais de animalização, porque começa com a degola, uma imagem que logo é associada aos matadouros.
Também há uma imagem antropológica da cabeça decepada, que é brandida e que representa, para todas as civilizações de todos os períodos, o troféu absoluto do inimigo, e é também uma maneira de os Islamitas atropelarem um dos fundamentos da nossa sociedade, o dos direitos humanos, que levou séculos para se construir, observa o historiador Michel Porret, professor na Universidade de Genebra.
Já os Clérigos dizem que não há crime para o qual a religião prescreve decapitação, mas a prática foi generalizada entre muçulmanos durante as guerras no tempo de Maomé.

O E. I. expressa orgulho pelo restabelecimento da escravidão, com a oferta de mulheres e crianças como prêmios de guerra.
Dizem também que adeptos de outras religiões como os cristãos não podem evitar as medidas, esta possibilidade não existe.
Isso, junto com a propaganda do filme Os Dez Mandamentos, me remeteram ao Monty Python no longa A Vida de Brian, 1979, retratando que na época do apedrejamento (proibido para as mulheres), quem pronunciasse Jeová era morto, Moisés então . .

Por fim um relato: Antes de ser violentada por jihadistas do E. I. como acontece com milhares de mulheres no Iraque, Jilan de 19 anos, decidiu tirar a própria vida quando chegou o momento fatídico.
Uma outra vítima contou, que sua irmã e Jilan haviam decidido se matar durante a noite para escapar, mas duas mulheres acordaram com o barulho e impediram ambas.
Elas preferem o suicídio antes de serem transformadas em escravas sexuais, afirma a organização Anistia Internacional.
Muitas dessas escravas sexuais são meninas de 14 anos ou até mais jovens, complementa Donatella Rovera diretora da organização.
As consequências físicas e psicológicas do terrível sofrimento dessas mulheres são catastróficas, finaliza.
De acordo com a organização, os assassinatos, torturas, estupros e sequestros cometidos pelo E. I. podem ser considerados limpeza étnica.

Consequentemente, vou citar uma passagem do Alcorão: Surah 91 Ash ‒ Shams.
Pelo sol e pelo seu esplendor (matinal)
Pela lua, que o segue
Pelo dia, que o revela
Pela noite, que o encobre.
Pelo firmamento e por Quem o construiu
Pela terra e por Quem a dilatou
Pela alma e por Quem aperfeiçoou,
E lhe imprimiu o discernimento entre o que é certo e o que é errado
Que será venturoso quem a purificar (a alma)
E desventurado quem a corromper.

- Eles se dizem religiosos, mas é uma crença sanguinária. Isso é perigoso, literalmente.

quinta-feira, 28 de abril de 2016

ME SINTO MUITO ENVERGONHADO DO MEU DESCONFORTO

E a vergonha não faz bem a ninguém.
Muitas vezes confundem vergonha com culpa.
Deveras, é possível envergonhar-se a si próprio com formas genuínas de auto-condenação.
A antropóloga Ruth Benedict descreve a vergonha como uma violação de valores culturais e sociais.
Ações que visam provocar vergonha, atacam e diminuem a dignidade humana de uma pessoa.

Em vista disso, dantes, disse que ‘minha vida era um livro aberto, mas havia partes dele que só lia quem eu quisesse‘, pois, por vezes quis falar apenas o que me fazia sentir confortável.
Depois, procurei externar as cousas mais elucidativamente, nesse link:
Presentemente, eis que me deparo com o grafite que ilustra essa crônica e o parágrafo abaixo, o que estabelece uma relação de causalidade (causa e efeito) com o já escrito anteriormente.

Saiba perdoar: tanto pessoas estranhas quanto entes queridos, que vão acabar te decepcionando em algum momento.
Reaja em conformidade, mas não mantenha rancor.
Viver no presente é estar focado, aceite que o passado não pode ser mudado.
Faça da dificuldade um novo começo - Como o ponto de vista otimista pode dar um novo sentido ao que parece ser o caos.

Ocorreria estar mais preparado para suportar os desafios que surgiram se concordasse?
Não, não obstante (referência a uma situação de oposição a outra idéia apresentada), não aceitarei isso.
Outrossim, há muito mais do que se imagina por trás de uma situação como a que exponho.
São os enigmas, na sua definição de algo por suas particularidades, que enevoam, entristecem, cobrem de brumas essa vulnerabilidade (nos seus dois gêneros: ferido, sujeito a ser atacado, derrotado: frágil, prejudicado ou ofendido).

Tive raiva, muita raiva, até mencionei a vontade de morrer (chama-se ideação suicida), quis cometer “um pecado” e ver se iria mesmo para o inferno, depois pensei em sumir.
Enquanto brigo comigo mesmo, em minhas profundas reflexões, eu me experimento, percebo através de sentidos e sentimentos, horrível.
Anos vivendo com um sentimento amargurado dentro de mim.

Cabe aqui o futuro do pretérito.
Desejaria, pois, agir sendo transigente ou ponderar com transigência as ações e sempre tentar trazer leveza à vida.
Apreciar novamente aquele meu lado leve e engraçado de ver a vida.
Continuar sempre sorrindo, não precisar desperdiçar energia e nem me machucar, alcançar isso com a vida.

Gostaria de deixar de medir forças comigo mesmo, ou pelo menos de impor desafios, estar sem medo diante dos mesmos.
Aperfeiçoar o querer me tornar um admirador de mim mesmo, alicerces importantes para meu contínuo crescimento como pessoa.
Respirar profundamente, mover-se livremente e sentir-se com intensidade.
Mergulhar fundo nas minhas emoções.

Retomar a identidade pessoal (consciência que alguém tem de si mesmo), depois de um período turbulento, carregado de intranquilidade e desassossego.
É a minha busca pela paz até o último instante, ou seja, aquele que está próximo a sobrevir.
Uma jornada de redescoberta e reinvenção.
Encontrar a paz interior.