segunda-feira, 2 de maio de 2022

CRÔNICA PARA UMA MÃE PERVERSA

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Mais um capítulo sobre uma mãe que não soube ser mãe.
Gostaria muito de começar esse texto com “Querida mãe” e finalizar com “Obrigado por tudo, te amo”, mas na realidade se assim o fizesse estaria a escrever estas palavras por outra pessoa, não por mim.
Não te chamarei de mãe porque é uma palavra que não se adequa a você e não sou grato por essa "avalanche" de sofrimento e dor em que me soterrastes.

Não vou agradecer por tu seres a mulher que me pôs no mundo, afinal muitas mulheres são capazes de serem progenitoras, mas ser mãe é bem mais que isso e algumas não conseguem ser de verdade não é?
E não amo quem me desrespeitou, me tratou de forma abusiva, feito um lixo, foi cruel e perversa comigo.

Sabe, durante anos formulei muitas perguntas sempre tentando procurar as respostas mais adequadas de forma a que você não ficasse com a imagem de que eras uma mulher má, mas não tive sucesso em obtê-las.
E vou ser sincero, senti raiva, revolta e ódio, sem entender a razão de ter sido excluído, abandonado e abusado psicológicamente -SOBREVIVENDO NO INFERNO.

Bem, eu acredito que as coisas acontecem por um motivo, seja ele qual for, seja ele aceitável ou totalmente descabido.
De todo o modo, vou deixar uma coisa bem clara, não sou culpado pelo seu comportamento deplorável e atitudes nada civilizadas suas, eu sou a vítima, essa é a certeza que tenho desta história.

Você não deve nada à sua mãe abusiva. Você não precisa falar bem dela, você não precisa perdoá-la, você não precisa amá-la, não importa o apoio financeiro que ela lhe deu como progenitora. – Tara J. Palmatier, PsyD em psicologia.

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