quinta-feira, 2 de dezembro de 2021

DESABAFOS DE TODA UMA VIDA, À PESSOA QUE ME GEROU E ME CRIOU
Para aquela que não é mãe.

Sei que o convívio entre um filho e a mãe nem sempre é fácil e desentendimentos são normais, entretanto, há situações que ultrapassam tudo o que se pode representar amor e cuidados reais.
E foi assim, foi como eu descobri que minha relação com você, mãe, é disfuncional.

Mãe, eu olho para trás e vejo que, algo deu errado para você há muito tempo e deu início à uma série de comportamentos cruéis e nada civilizados seus.
Lembro que você foi negligente e perversa, em vez da mãe carinhosa que eu precisava, lembro-me de você estar muito ocupada para ser minha mãe, pois tinha que cuidar dos seus escolhidos (e olha que eu sou filho único).

Lembro que fui abandonado quando precisei de você, lembro que fui desmerecido, subestimado, desrespeitado na frente de outras pessoas, lembro que fui excluído.
E por que você me excluiu? Quem sabe, não é mesmo?

Foi traumático, a estupidez com que você me tratou foi algo devastador, minha exclusão sangra até hoje.
Sinceramente, sua longa história de comportamento abusivo a desqualifica para ser minha mãe.

Então, fica a pergunta: Mãe, será que eu posso chamar isso de um relacionamento saudável? Aliás, será que posso chamar isso de relacionamento?
Não, a verdade é que já não existe relacionamento entre nós há muito tempo, porque, você mãe, me deu o inferno - SOBREVIVENDO NO INFERNO.

A relação de mães e filhas não é cor-de-rosa, é ambígua, complexa, aquela história de "somos as melhores amigas" ou "minha mãe é meu ídolo" esconde mais do que parece. – Brenda Fucuta, jornalista.

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