sexta-feira, 15 de outubro de 2021

'ABUSO EMOCIONAL OU PSICOLÓGICO É UM TIPO DE VIVÊNCIA MUITO COMUM NAS RELAÇÕES MÃE-FILHO'

(Karine David Andrade Santos, psicóloga, CRP-19/2460)
Vejamos o que diz Michele Engelke, diplomada em Terapia Cognitiva-Comportamental, Psicologia EMDR e Terapia em Transtorno de Estresse Pós-Traumático, uma das maiores autoridades no assunto.

'Dentre os meus pacientes, o que se observa nessas relações abusivas, é que a esmagadora maioria dos filhos tem sérios traumas psicológicos.
Nessas relações, disfuncionais, as mães escolhem o filho para ser a lixeira da família, nele elas projetam seus problemas psíquicos.

E ele não pode reclamar ou demonstrar insatisfação, pois isso denunciaria a realidade da relação abusiva.
Tendo dificuldade em aceitar que está tudo normal esse filho nunca se "encaixa” em lugar algum desse ambiente.

Por não ter as características desejadas pela mãe e não entrar na encenação de normalidade, ele é taxado como problemático, é rejeitado e tratado como um intruso, mesmo vivendo sob o mesmo teto.
Nessas ocasiões um tipo de expulsão velada, porém concreta, vai acontecendo, até o ponto em que a convivência se torna praticamente inviável.'

SIM, aconteceu comigo, há cerca de 23 anos, virei lixo para a minha genitora, me recordo do momento em que me dei conta de que não “pertencia” àquele ambiente - SOBREVIVENDO NO INFERNO - eu fui excluído, sofri abuso emocional, ela me abandonou e me agrediu moralmente.
Ser excluído assim pela mãe te faz sentir que tem algo “errado”, algo ruim, existe um problema na relação, mas a culpa não é minha, o problema não está em mim e, sim, nela.

“Não sei mais o que fazer com este rapaz”, “Um dos meus filhos é muito difícil”, “Não aguento mais meu filho”, estas e outras frases dão o indício de que algo errado não com este filho, mas sim, com esta mãe e esta relação. – Michele Engelke

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