quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

AS MÃES ABUSIVAS E O ABUSO PSICOLÓGICO

O que afirmam os profissionais de saúde mental.
Não posso deixar de celebrar a coragem da psicóloga Silvia Malamud, de abordar um tema que precisa ser discutido.
O assunto em questão é muito delicado e assim como em tantas outras vezes chega para refletir o que estamos debatendo aqui.

‘Mães abusivas costumam parecer pessoas típicas, isso faz a maioria das pessoas nem desconfiar de suas atitudes.
Não necessariamente são pessoas agressivas fisicamente, mas podem ser agressivas emocionalmente.
Essas mães praticam abusos psicológicos, emocionais e verbais para se auto-afirmarem na posição de um “ser intocável”.
São pessoas extremamente invasivas e abusivas, que querem ter total controle sobre a vida de seus filhos, mesmo quando adultos.
E quem está de fora encara isso como sendo “para o bem do filho”, sendo assim, a relação com elas muitas vezes é permeada por conflitos.
Tudo que essa mãe alega a respeito de si mesma, dos outros e do mundo defende como verdade inquestionável, mesmo quando errada.
É inflexível, não permitindo que suas afirmações sejam contestadas e tampouco refutadas, argumentar com essa mãe é impossível, pois ela não reconhece seus erros, para ela a verdade não se baseia em fatos.
Não admite culpa: mesmo arruinando a vida de um filho, nunca admite causar mal algum a quem quer que seja.
Raramente opta pelo diálogo e o entendimento, mas mantém uma atitude intransigente, constantemente subestima e conscientemente ignora a dor de seu filho.
Não pede desculpas por acreditar que nada do que acontece de forma ruim é culpa sua, essa mãe nunca admite quando trata o filho de maneira imprópria.
Mesmo quando tem plena ciência de seu comportamento abusivo, não pede desculpas quando magoa um filho.
Esse filho não têm um lar para retornar, o sentimento é de abandono emocional, de estar na solidão mesmo que acompanhado, de ser órfão de mãe viva, isso é minimamente prejudicial à saúde mental.’

Então vem a consequência: Fiquei adoecido emocionalmente por estar no convívio de uma pessoa perversa (SOBREVIVENDO NO INFERNO) e extremamente perturbadora que se diz ser minha mãe.

O abuso materno existe, pode não ser tão visível como as outras formas de abuso, mas existe. – Gisely Luize Ristow Lucinda

2 comentários:

  1. Infelizmente existem mães que não incentivam o crescimento do filho, são de difícil convivência, o que eu tenho a dizer é o seguinte: perdoe ela, perdoe seu pai se te fez mal, o ódio e rancor trazem muitos danos psicológicos a quem sente também. Lembre da caridade de Jesus.

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    1. Olá, grato pela visita ao blog. Como eu acredito que o conhecimento liberta, gostaria de compartilhar com você um pouco do que aprendi.
      Aprendi bastante com as palavras de Maomé, o último profeta do Deus de Abraão no Alcorão, mas me debrucei sobre Santo Agostinho no Livro XI, Confissões, redigido entre os anos de 397 e 398 . . sabe, diferente do remorso, quando se ressente mas não há mudança de atitude, arrependimento requer mudança de atitude por se ter cometido um mal, remorso não gera mudanças, apenas o pesar.
      No remorso não há atitude, por isso não há perdão para o remorso segundo os cristãos.
      Bem, pior que lidar com um relacionamento abusivo, é ter que lidar com pessoas que não conseguem entender a gravidade dessa relação.
      Quem defende que se deve perdoar coisas imperdoáveis, não teve as mães abusivas, tóxicas, que alguns de nós tivemos, sim, somos milhares isso é fato comprovado.
      'Na nossa cultura existe um viés torto que apóia a mãe como vitima e perdoa erros imperdoáveis em nome de um senso abstrato.
      Mãe está no sagrado, trazer um pouco de consciência e em alguns casos questionar isso é mexer nesse sagrado, e ele, está em nosso inconsciente coletivo', explica Soraya Sartori, psicóloga, CRP 06/79350.
      E Michele Engelke, diplomada e fundadora da Liberty Counselling Luxembourg, esclarece em Mitos Sobre O Perdão: 'vale a pena enfatizar, o perdão não é uma obrigação, mas uma escolha, ninguém é obrigado a perdoar ninguém, seja ou não parente.
      Perdoar (ou não perdoar) é uma experiência íntima que diz respeito somente a você, ninguém sabe como é ser você tampouco vivencia a sua experiência.’
      Abraços e ficam duas citações para reflexão.
      Mães tóxicas são tão ruins quanto pais ausentes, mas poucas pessoas estão preparadas para essa discussão. – Samara F.
      É imperativo que você se lembre do sofrimento que sua mãe abusiva te causou. – Atayde Melo Jr, psicanalista.

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