sexta-feira, 5 de junho de 2020

ASSIM NA TERRA COMO NO INFERNO

Um olhar sobre o homem.
Hoje, uma frase - dita pelo protagonista na introdução de uma série - ecoou pela minha cabeça.
‘Porque o que os outros chamam de inferno, eu chamo de casa.’

Uma frase tão curta, simples, mas de um significado tão grande.
Pensar no seu sentido não é uma tarefa complicada, o contexto só precisa ser entendido.

A trama explora relações interpessoais e familiares e o impacto que o mundo que nos rodeia, quer queiramos quer não, pode ter na vida de cada um.
É ficção, mas é sobre nós, sobre famílias, sobre a vida.

A série faz perceber que, por vezes, o mote está nos pormenores que nem sempre se vêem, escondido no interior magoado de cada um.
O que traz para si a todo momento a relação com o meu passado.

Que envolve questões de uma história recorrente, sobre a vida, caracterizada por tons melancólicos e realistas, abrangendo o cotidiano de um certo contexto vivido.
Que está associado a lembranças dolorosas, coisas abomináveis, ações cruéis.

É que minha vida toda mudou, eu percebi que, de uma maneira, minha vida acabou quando entrei nessa casa.
A repercussão emocional, afetiva e psicológica dos eventos daquela mudança de enderêço está nesta crônica: SOBREVIVENDO NO INFERNO.

No fim das contas, tudo isso abre um buraco dentro da gente.
E uma coisa é fato, pessoas que vivem no céu não devem julgar as que vivem no inferno, não acho que elas entendam a gravidade desta situação.

O inferno está vazio, todos os demônios estão aqui. – William Shakespeare

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