sábado, 21 de julho de 2018

O RELATO DE ANA MAGAL

De uma forma que, na análise crua dos fatos, é . .
’Minha mãe não chega a beirar a loucura mostrada no filme Obsessão Maternal, porém, sim, eu sou uma mulher adulta que vive à sombra dos desejos e críticas constantes da própria mãe.
E acredite, é tão ruim para gente quanto é para elas essa convivência um tanto que irracional.

É difícil deixar de viver uma relação obsessiva de emoções, principalmente com nossos pais.
Tem gente que passa a vida inteira nesse ciclo, outros conseguem se livrar de forma radical logo no início da vida adulta, já outros, como eu, precisam de ajuda, como a terapia.

Os psicólogos afirmam que na fase adulta filhos também têm uma parcela da culpa, a maior parte se deixa levar pelas críticas constantes de suas genitoras.
Seja quando criticam um namoro, ou reclamam que o filho não arrumou alguma coisa, não importa o motivo, mesmo que para isso tenham que fazê-los se sentirem inferiores, e completamente dependente delas.

Sou jornalista, conversando com pessoas que passam ou passaram pelo mesmo que eu percebi que muitas das escolhas erradas que fiz foram impulsionadas pelo comportamento obsessivo da minha mãe comigo.
Achar que não mereço ser feliz, dar mais valor a coisas que não tem importância de verdade, entre outras mais, foram escolhas minhas, mas impulsionadas pelas frustrações que vivenciei ao longo da minha vida adulta em relação às críticas recebidas da minha mãe.

Estou aos poucos tomando as rédeas da minha vida, já não aceito bem as críticas que me são deferidas e confronto quando acho que minha opinião é diferente.
Agora quando ela diz que “não sabe o que fez para merecer aquilo”, não dou mais a atenção’.
Eu sei como é sentir isso, pela minha experiência com essa senhora aqui (vide SOBREVIVENDO NO INFERNO).

As famílias felizes são todas parecidas. As infelizes são infelizes cada uma de seu jeito. – Leo Tolstói

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