PROCUSTO E A INTOLERÂNCIA HUMANA
Inversão de paradigmas. |
E a intolerância, traz angústia, infelicidade e solidão.
O mito também nos ensina sobre a violência no desacordo.
Inúmeras vezes o espírito de Procusto apareceu na História da humanidade.
Ele esteve presente no massacre dos conquistadores europeus, na crueldade da escravidão, no absurdo do holocausto.
Presente onde o ser humano por se achar superior ao outro, por considerar que o outro não se ajusta nas suas medidas resolve subjugá-lo, enquadrá-lo.
Impossível, pois, não se perceber a analogia do mito, ele representa claramente a intolerância do homem em relação ao próximo.
Em toda a história da humanidade o homem intolerante tentou enquadrar em seus padrões de comportamento todos os considerados diferentes.
Não poucas vezes ele usou a figura e o nome de Deus para fazer esse “enquadramento”, aconteceu na inquisição, nos seus congêneres e tem sido assim nos dias atuais.
O intolerante mutila o outro, senão fisicamente, psicologicamente, quando este não se enquadra em seus padrões estabelecidos.
Por que insistem querendo obrigar aos outros a viverem segundo os mesmos padrões e ideais, tentando forçá-los a ajustarem suas condutas aos conceitos pré-estabelecidos?
A psicóloga Marta Rosmaninho analisou algumas acepções contemporâneas do mito.
Ela diz: ‘acontece que não se tem muito espaço na nossa vida social, nos nossos valores, na nossa cultura ocidental, atualmente, de olhar pra dor. De olhar pra incapacidade, de olhar pra dificuldade, acho que por isso temos muita dificuldade de lidar com o limite’.
Vivemos, pois, num mundo de analogias e meras imitações, puramente relação de semelhança ou correspondência estabelecida entre coisas ou fatos distintos.
Situações díspares, num processo cognitivo de transferência de informação, ou seja, não segue um padrão descritivo de interpretação porque é subjetivo.
Dessa forma, um paradigma se refere precisamente a um critério determinado, que é claro e que pode servir de referência para realizar determinada ação.
O paradigma mostra um modelo que serve de inspiração para concretizar outros casos similares, ele também é uma forma de classificar a realidade a partir do ponto de vista do conhecimento dessa realidade.
Do ponto de vista do comportamento humano, vale destacar que a fábula é um exemplo de paradigma.
Concluo significando a legenda da figura e o título desta crônica.
Paradigmas: Imposições padronizadas, modelos que se tornam impostos, padrões psicológicos, ou “mapas” que se usam para “navegar” na vida.
Princípios e dogmas: A ética e o mito de Procusto.
Dogma: Ponto fundamental de uma doutrina apresentado como certo e indiscutível, de origem grega, que significa literalmente, ‘o que se pensa é verdade’, e no campo filosófico, uma crença/doutrina imposta, que não admite contestação. Um conjunto de regras e preceitos de ordem valorativa e moral de um indivíduo ou grupo.
Ética: Aquilo que pertence ao caráter, virtude caracterizada pela orientação dos atos pessoais segundo os valores do bem e da decência.
No contexto da psicologia, o paradigma mostra uma aceitação de ideias, as crenças assumidas e os pensamentos interiorizados.
Dentro desse contexto, também podemos falar da mudança de paradigma, que mostra uma mudança significativa, essa mudança mostra o princípio de uma nova etapa.
Concernente à investigação dos princípios que: Motivam, distorcem, disciplinam ou orientam à conduta e o comportamento humano, e refletindo a respeito da essência das normas, valores, prescrições e exortações presentes em qualquer realidade social.
É emblemático, porém o conceito é mais amplo.
Portanto eu declino.
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