domingo, 16 de fevereiro de 2014

O APEDREJAMENTO VIRTUAL

Imparcialidade? Só no paraíso.
Está aberta a temporada de caça e os tiros são julgamentos e opiniões carregadas de ódio.
Como estamos acostumados a ver, a internet virou um tribunal.
Formou-se uma corte, um júri popular e as pessoas acreditam que podem dar a sentença final.

É o justiçar autônomo, o linchamento de infratores, incitando outros a rasgar o código básico da regulação social.
Os justiceiros, guardiões da moral e dos bons costumes, acreditam que podem fazer o que querem.
Vivemos na barbárie, é como se os séculos estivessem andando para trás.

Quando foi que as pessoas se tornaram tão carniceiras assim?
É culpa da internet?
Não, quem dá ordens ao computador é uma pessoa.

Porém ainda existem alguns grupos empenhados na defesa do bom senso.
O site YouPix discute a cultura da internet e como os jovens se relacionam com ela.
Temos também o trabalho: Influência Da Comunicação Digital Nos Vínculos Humanos, do psicólogo e pesquisador da USP Vitor Muramatsu.

Já o psicólogo Bruno Bettelhein postulou no livro A Psicanálise Dos Contos De Fadas, que uma das funções das fábulas e contos de fadas era preparar as crianças para a vida adulta através de símbolos.
Mas a era eletrônica mudou a forma como elas veem o mundo.
Ele diz: Dos videogames, às redes sociais e aos reality shows vivem num mundo paralelo, ao mesmo tempo voyeurs e exibicionistas, num tempo ilusório, num espaço distorcido e numa realidade artificial.

Antigamente os jovens comparavam o tamanho do pênis, agora eles comparam números de pessoas no seu perfil, ou seja, continua tamanho, continua quantidade.

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