quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

PECADO, CIÊNCIA E PSICANÁLISE PARTE II

Achar o nu imoral é uma grande ignorância.
Gostar de sexo é normal.
Gostar de sexo com pessoas do mesmo gênero é normal.
Gostar de sexo com pessoas de gênero diferente é normal.
A construção da sexualidade é trabalho muito mais árduo do que investir no modelito da vez.

Melhor montar os alicerces da própria sexualidade.
Isso passa por nos conhecermos, nos tocarmos, nos olharmos nus no espelho por todos os ângulos.
Além da parte prática, é preciso falar mais sinceramente sobre sexo.
Gaiarsa dizia que seria bom que os homens fizessem com suas mulheres o que eles contam no bar.

Frente à sociedade , ou as pessoas não fazem sexo ou fazem o melhor sexo do mundo.
Os membros estão sempre duros, as vaginas sempre molhadas.
Ninguém sente desconforto, vergonha, enfim.
Todos trepam até o amanhecer, sem cansaço ou sono.

É notório que vivemos numa cultura "heteronormativa" onde tudo é feito pra casais heteros, de leis a propagandas.
E mais, na nossa sociedade, a mulher é a guardiã da própria sexualidade, altamente reprimida e escondida.
Ela precisa se fazer de difícil, esconder que tem desejos, fingir até mesmo que não gosta de sexo.

Mas é claro que as mulheres pensam muito em sexo.
A teoria de que mulheres não se interessam tanto quanto homens por sexo é o maior equívoco do mundo.
Não há nenhuma evidência científica que comprove essa diferença.

Existe uma questão ainda mais complicada para os homens.
Nossa sociedade acha que homens precisam estar o tempo todo à disposição, com o pênis ereto e nunca dizer não.
Tudo mentira, homens, assim como mulheres, não precisam ter desejo sexual o tempo inteiro e dizer não é um direito.

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