domingo, 21 de julho de 2013

A ARTE DE OLHAR PARA O OUTRO SEM ENXERGÁ-LO

É o silêncio confortável no relacionamento.
- Ou pior ainda: É a solidão acompanhada.
Quando se sente que já se sabe tudo sobre o outro e o outro sabe tudo sobre a gente, o silêncio começa a ganhar mais espaço do que deveria, e tem gente que possui o dom de ignorar sua companhia.
É nesse momento que as pessoas pegam o celular e se perdem nas redes sociais.
O casal está sentado em um bar, juntos, e agindo como se estivessem sozinhos.
Eles não estão ali.

A culpa, mais uma vez, não é dos aparelhos.
Eles não passam de uma muleta para lidar com o tédio.
A maneira como eles são utilizados é um sintoma que algo pode estar fora da ordem na relação.
Só que um dia pode ser estranho olhar para o outro lado da mesa.
Um levanta a cabeça e não conhece mais a outra pessoa.

Só se mantém feliz quem tem algo em comum pra dividir.
Só existe relacionamento se as duas pessoas estão nele.
Aliás, tédio e silêncio confortável existem em qualquer idade.
É impossível descobrir o que se passa com o tal casal.
Mas quando um prefere atualizar o Facebook em vez de conversar com seu par, está com problemas.

Não quero dizer que é para atirar o smartphone no lixo e retroagir.
As vantagens que a tecnologia oferece são incríveis.
O que não se pode é inverter as coisas e dar mais importância para o item errado.
Porque não há nada no Facebook ou no Twitter, que valha mais do que o bom e velho olho no olho.
Senão irá passar a mensagem de que o que está rolando virtualmente é mais interessante do que a pessoa que te faz companhia no mundo real.

- Time to fix it.

- Te quero.
E quem quer não espera nada cair do céu, luta pelo que deseja.


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