sexta-feira, 1 de janeiro de 2021

DENEGRIR A MATERNIDADE É TABU

Então temos que lembrar de como a maternidade é romantizada;
A sociedade ainda não chegou a uma conclusão com o entendimento sobre mães más, tóxicas.

Sabe, a sociedade espera que filhos sejam os melhores amigos das mães, mas porque eu sou um dos que não o é?

A maioria das pessoas não consegue entender como alguém pode detestar a própria mãe, especialmente quando têm uma relação normal e saudável com as delas.
Como alguém pode detestar a mulher que o carregou por nove meses? E que passou por volta de 12 horas em trabalho de parto para o trazer a este mundo?

A resposta?
Abuso.

Recuemos então para ter consciência do que me leva a escrever centenas de crônicas sobre esse tema e sobre uma mulher repugnante, capaz de atos abomináveis.
Afinal, não é possível que um ser humano aja, do nada, escrevendo dessa maneira - mas não é do nada, existe um contexto - é a verdade, tão somente a verdade (SOBREVIVENDO NO INFERNO).

Quem me deu a vida foi Deus, Ele só precisou de uma barriga para eu ficar. – Susan Targino

sábado, 26 de dezembro de 2020

ATÉ QUE PONTO UMA MÃE CONSEGUE FAZER JUS AO QUE ESSA PALAVRA SIGNIFICA?

O que será que se está aceitando quando concluímos que mãe é uma fonte de amor incondicional?

Assim como os tabus sobre casamento podem manter mulheres presas a maridos abusivos, uma crença na santidade das mães pode manter as pessoas sofrendo desnecessariamente.

As relações abusivas são várias, como, por exemplo, as maternas.
Muitas pessoas não percebem esse relacionamento destrutivo e acabam por relativizar.

Elas querem tanto acreditar nos seus conceitos pré-estabelecidos que acabam escolhendo deixar de saber certas coisas, de ver certas coisas.
Isso acontece porque, na hora de escolher em que acreditar, essas pessoas buscaram o caminho mais simples e conservador, apostando em ideologias, crenças, costumes e cultura do meio em que se vive e acabam por escolher qual realidade social desejam fixar, projetar e perpetuar.

Mas é só olhar um pouco mais a fundo para começar a ver os problemas reais dessas relações abusivas.
Cabe a todos nós refletirmos se é mesmo um bom caminho continuar perpetuando esses mitos sem entendermos os fatos; o que nos leva a minha experiência (SOBREVIVENDO NO INFERNO).

Eu nunca vou aceitar a mulher que ela se tornou, ela fez uma escolha destrutiva para a minha vida.
Nós temos uma história sobre a ruína de um relacionamento, é sobre confiar em alguém, isso é atemporal, e para mim é a verdadeira essência dessa história.

Nem todas mães amam os filhos. Nem toda mãe ama. Nem toda mãe é boa. – NEMTodamaeama (sobre quem somos, na página do Facebook).

quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

'MÃES ABUSIVAS OU VAMPIRAS'

'São aquelas que sugam a energia de suas crias.'
Essa escrita vai para aquela capaz de atos abomináveis, coisas atrozes, ações cruéis, perversidades, sempre citada aqui, que cometeu abusos comigo (SOBREVIVENDO NO INFERNO).

É uma pena para nós, filhos, termos que falar sobre isso e é mais triste ainda ver a conivência de outras pessoas que minimizam e diminuem o peso do assunto.

Eu quero realçar o seguinte: É nojento conviver com o abuso e ainda mais com os que minimizam isso, o que mais teve foi relativização e silêncio, tudo hipócrita.
Então parem de romantizar mães que abusam dos filhos e depois de anos querem agir como se nada tivesse acontecido.

Fabíola Sperandio T. do Couto graduada pela UFG em Terapia de Família escreveu sobre o tema acima em um jornal.
Ela diz: ‘neste artigo quero abordar sobre os abusos cometidos por algumas mães na vida dos seus filhos, sim! Existem mães abusivas!

Atendendo mães abusivas, pude perceber que estão sempre irritadas e são desestabilizadoras, podem transformar a vida dos filhos em um caos, uma condição completa de ausência de paz, e tudo isso se torna bastante sufocante e destrutivo.
Essas mães se alimentam da fragilidade dos seus filhos, são psicovenenosas, não conseguem perceber que estão sugando toda a autoestima dos seus filhos.
Estranho, não é? Porém é exatamente isso que fazem.

Mães abusivas projetam no outro tudo o que não conseguiram ser.
A principal dificuldade com relação a esse tipo de relação é como superá-la, já que, diferentemente de casamentos que podem ser terminados, mesmo que com dificuldade, é complicado simplesmente terminar um relacionamento com as mães.

A independência financeira é um dos pilares que, quando falhos, levam à relacionamentos abusivos maternos e o bem-estar mental dos filhos é prejudicado.
Mães abusivas possuem uma tendência de mostrar-se sofredoras, feridas e incompreendidas em suas intenções, mas não podemos tirar o foco dos filhos, os mais feridos são eles.
Os filhos adultos precisam reconhecê-la e enfrentá-la com sabedoria.'

Bem, muitas vezes não somos capazes de perceber quando estamos perante uma relação abusiva, nem somos capazes de reconhecer os estragos que estas relações podem causar no nosso dia a dia.
A relação abusiva materna é difícil de ser enfrentada, causando danos sérios à saúde mental dos filhos, e é inegável que a saúde mental é um assunto muito sério.

A grande questão que precisa ser abordada é se você consegue manter um relacionamento que não cause danos para você.
Mas o fato de você ser capaz de reconhecer o que é doentio sobre seu relacionamento já é um grande passo na direção certa.

Às vezes, as relações abusivas entre mãe e filho podem ser devidas à personalidade tóxica da mãe. – Nerea Babarro Rodriguez, psicóloga.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

PRECISAMOS FALAR SOBRE FILHOS QUE ESTÃO EM QUARENTENA COM MÃES ABUSIVAS

Você e ela no mesmo ambiente juntos não é saudável.
Neste exato momento em que escrevo isto, há no Brasil filhos enfrentando o distanciamento social com suas mães abusivas.

Sim, é preciso evitar o vírus mas é igualmente preciso evitar a saturação emocional de pessoas vivendo 24h juntas e durante dias.

É que por mais que você seja uma pessoa caseira, uma coisa é você gostar de ficar em casa e optar por isso, outra bem diferente é saber que não deve sair de casa porque tem uma pandemia rolando.
Esse cenário se torna ainda mais tóxico quando você precisa conviver 24h com pessoas abusivas.

Pois é, infelizmente, sempre houve casos de abuso na relação de mãe e filho, com ou sem quarentena, quem é abusivo é abusivo e ponto final, a pandemia só evidencia abusadores que podem morar sob o mesmo teto.
Sabe, nos dizem: Precisa aguentar tudo e pronto, mas não é bem assim, em SOBREVIVENDO NO INFERNO descrevi os efeitos nocivos de uma mãe abusiva, coisas que eu simplesmente não consegui superar, que aconteceram e que tinham sido perturbadoras.

Vou levar essa marca para sempre, aquilo me abalou de uma forma que é difícil descrever.
Eu já aceitei que pode demorar um pouco para as pessoas entenderem, e algumas nunca conseguirão, mas estou em paz com isso.

Os relacionamentos abusivos entre mães e filhos são tão comuns quanto as relações de abuso entre casais. – Carla Salcedo, neuropsicóloga.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2020

SOBRE AQUELA NARRATIVA DE ABANDONO E ABUSO . .

. . emocional materno.
Estava estagnado, estático, no mesmo lugar e sem ter para onde ir, era como estava me sentindo, cada vez mais, naquela década sinistra.

Tendo a visão de que aquele é um lugar horrível, é repulsivo, desconfortável.

Situações completamente desagradáveis em que eu queria fugir dali, ou então gritar, mas você não consegue porque tem várias outras coisas por trás de como eu vou provar isso.
Algo que até a gente deixa passar, se finge de bobo, mas aquilo é abandono, é abuso materno.

O que eu vivia era uma espécie de morte diária.
Todo dia era o pior dia da minha vida.

Ficava pensando o quão pior é parecer que você está alegre quando se está morrendo por dentro.
É quando a dor lhe consome em cada momento do dia.

Eu trancava tudo do lado de fora, dor, abandono, talvez tranquei outras coisas também, e gostaria de não ter trancado.
Por um tempo não via sentido em mais nada, me via abandonado como se fosse substituível.

Levou um bom tempo (duas décadas de dor e sofrimento para ser exato - SOBREVIVENDO NO INFERNO) até que eu decidisse externar a natureza abusiva da minha genitora.
O único caminho era jogar luz sobre o assunto e claro, não deixar passar nenhuma situação.

E resolvi, finalmente, me pronunciar por uma questão de dignidade - uma necessidade emocional que todos nós temos de reconhecimento público de se ter feito bem as coisas, em relação a autoridades, círculo familiar, entre outros.
A partir do momento que passei a escrever senti um alívio que vocês nem imaginam, de que pelo menos agora a imagem pública dela correspondia ao que eu sabia que era de fato no privado.

Foi preciso estar aqui com toda transparência, toda a clareza, para dizer para a pessoa capaz de atos abomináveis, coisas atrozes, ações cruéis, perversidades, sempre citada aqui que:
O seu abandono foi uma das melhores coisas que me aconteceu, porque tive a oportunidade de conhecer uma família de verdade.

Se aquela pessoa abençoada por quem tenho eterna gratidão, que me acolheu, me deu amor, me deu um lar (o que é absolutamente diferente de uma casa), me respeitou, me deu privacidade, respeitou minha intimidade - tudo aquilo que você me negou naquela noite devastadora em 1998 em que eu chorava a ponto de soluçar - e do alto de uma demasiada sabedoria, segurou minha mão e disse: eu sei bem quem você é, deixa ela pra lá, ela não te merece, estivesse aqui, estaria incondicionalmente do meu lado, não tenho dúvida disso.

Mas você não enxerga o que faz, nunca assumiu a responsabilidade pelo que fez comigo.
Nunca importou para você como eu me sentia; nunca sequer te importou se a cada atitude desmedida que você fazia, minha autoestima se esvaía ralo abaixo.
Então pare de tentar agir como se nada tivesse acontecido.

Quero que você saiba que chega uma hora que a sua presença não faz mais falta.
Sabe qual é o seu lugar na minha vida? Um grande buraco negro.
Você precisa se dar conta que foi descartada como mãe.

Mesmo que ninguém à sua volta esteja te validando, mantenha-se verdadeiro a si mesmo, tenha um diário para relatar essas situações e leia a respeito. – Michele Engelke.