segunda-feira, 24 de agosto de 2020

INOCENTE? CULPADA?

Em tudo na vida, há hora para observar, hora para entender e hora para refletir.
O importante, não é saber no que eu acredito, mas sim em saber o quanto se é capaz de duvidar.
E, por isso, eu decidi pôr fim às dúvidas.

Vou falar sobre o lado errado, e verá que há sobre o que refletir.
Daí se poderá escolher o que parece certo e decidir quem é a vítima.
Eu preciso esclarecer tudo, pode haver quem me veja como ingrato.

Vamos lá; hoje, tudo parece fazer tanto tempo (SOBREVIVENDO NO INFERNO).
Mas tenho essa sensação apenas porque já vivemos muita coisa depois.

A estupidez com que você me tratou foi algo devastador.
Você me colocou para baixo e subestimou minha capacidade profissional, me desrespeitou, repetiu e ainda ameaçou-se se repetir mais uma vez, sempre na frente de outras pessoas.

Minha exclusão sangra até hoje.
Sabe, vou dizer o que penso de você: Eu te acho abominável e tenho vergonha de você.
Está tudo errado, mas uma coisa eu tenho certeza: Deus está vendo e punirá você.

Não se é menos culpado não fazendo o que se deve fazer do que fazendo o que não se deve fazer. – Marco Aurélio

terça-feira, 18 de agosto de 2020

MENSAGEM PARA VOCÊ, UMA PESSOA CAPAZ DE ATOS ABOMINÁVEIS

Eles são a origem de todos os problemas.
Já faz bastante tempo que tudo entre eu você começou a mudar.
E não se passa um dia em que eu não pense em toda dor e sofrimento que você me causou.
De lá para cá, eu me recordo de muita coisa.

Lembro-me também dos piores dias.
Mas eu lembro com clareza mesmo do momento em que no dia 30 de maio de 2011 num ato tresloucado e na frente de todos, você me expulsou porta afora (SOBREVIVENDO NO INFERNO).

Eu poderia continuar falando sobre a avalanche de coisas que sucederam.
Mas o que me fez escrever este texto para você não são apenas essas memórias, elas estão comigo e com você, e não precisam ser questionadas.
Quero falar mesmo das consequências de suas escolhas erradas.

Eu não escrevi isso para que você admita, eu escrevi isso para impedir que você nunca se esqueça.
Uma coisa é certa: Se você não refletir em algum momento, procure um médico.
Você sabe do que estou falando.

As pessoas estão tão acostumadas a ouvir mentiras, que sinceridade demais choca e faz com que você pareça arrogante. – Jô Soares

domingo, 9 de agosto de 2020

MEMÓRIAS DE LONGO PRAZO

Tente o máximo que puder para enterrar problemas não resolvidos do passado, mas um dia eles encontrarão o caminho de volta para você de qualquer maneira, evocando emoções esquecidas.
Não é a primeira vez que escrevo sobre o assunto, mas como fugir dele?
Bem, é que me deparei com um artigo do Gustavo Nogueira no Medium, segue um trecho.

‘Lembre-se para aliviar o passado você não precisa de um wormhole para fazer uma visita pela estrada das recordações, ao invés disso, viaje ao passado utilizando suas memórias.
Assim você se sentirá como viajando pelo tempo, mesmo que o seu corpo se mantenha no presente.
Fotos podem ser uma ótima forma para isso, dê uma boa olhada nelas quando desejar revisitar seu passado.
Uma vez que você tenha partido com o trem das memórias, escreva as que chegarem à superfície e prossiga a jornada escrevendo todos os detalhes que vierem à mente.‘

Assim fiz, bem escrito e não escondendo uma profundidade enorme em parágrafos curtos e simples.
Revisitei inúmeras vezes o meu passado, as visitas foram inquietantes, e fizeram ressurgir memórias devastadoras.

Sim, o passado pode doer.
E agora está vivendo na minha memória, vivendo nas quatro malditas paredes desse lugar abominável (SOBREVIVENDO NO INFERNO).

Sabe, é engraçado como uma memória ruim pesará sobre você por toda a vida, mas mil memórias boas parecem se distanciarem.
Memórias verdadeiras são para sempre porque não vivem na cabeça, elas vivem no seu coração, na sua alma.

Tudo bem desenterrar o passado só para ter certeza de que a raiz é forte e que esse vento, uma hora ou outra, vai passar. – Bruna Vieira

sexta-feira, 7 de agosto de 2020

FATOS SOBRE EU E ELA

E o fato é que as escolhas erradas têm consequências.
Nos últimos anos, escrevi constantemente sobre fatos abomináveis, escolhas erradas, coisas atrozes, ações cruéis, de uma pessoa.
De novo, de novo e novamente.
Mas como continua sendo ignorado, continuarei repetindo.

E como falar sobre isso sem parecer duvidoso, sem alguém questionar se realmente não estou agindo de forma inadequada?
Eu realmente gostaria de saber.

E aqui podia partilhar episódios de quando voltei para reencontrar a parte mais dolorosa da minha história.
A maior parte está enraizada no passado traumático depois que meu casamento acabou, quando fui subtraído de um ambiente harmonioso para um lugar de desordem, que está associado a lembranças dolorosas (SOBREVIVENDO NO INFERNO).

A pessoa assustada, sempre “pisando em ovos”, a culpada constante, mesmo que nada fizesse.
O homem sem auto-estima, totalmente fechado e isolado; aquele rejeitado, triste.
Por fim o adulto traumatizado, magoado, com uma raiva muito grande de tudo, num misto de dor e revolta, porque eu fui o excluído.

Sabe, o problema não sou eu, eu simplesmente estou numa condição diferente da que deveria estar.
E tudo o que escrevo é só baseado nisso, em fatos.

Nem sempre quem conhece os fatos sabe a verdade por inteiro, pois, o que diferencia fatos, de verdades, são as vítimas. – Patricia Schmidt

terça-feira, 28 de julho de 2020

A DOR É O LEGADO DELA PARA MIM

A dor não é física, não é aparente, vai além de tudo isso, é um corte de navalha na alma.
As pessoas acham que a intensidade da dor diminuirá com o tempo, mas na minha experiência, é exatamente o oposto.
Sabe, abri o Google e pesquisei: Mães Abusivas, e reli sobre o tema.
Não estou sozinho, nunca estive, afinal há mais como eu, há mais mães como a minha, infelizmente, mas serve o consolo de não ser o único ou uma das aves raras que teve esta “sorte” na vida.

O primeiro embate é ver toda a nossa vida, ou aquela parte da relação mãe/filho, descrita ipsis verbis, depois analisar causas e soluções.
Deixou-me a pensar, fez-me viajar no tempo e recordar, com verdadeiros arrepios de terror, episódios, tantos da minha vida.

Neste percurso, houve noites que saí andando e vagueei pela noite, num choro compulsivo, numa agonia, completamente devastado, sem saber o que fazer, que assim não podia continuar.
Achei que não ia sobreviver, fui emergindo e submergindo no mar revolto que eram os meus dias, e as coisas foram piorando.

Então chega o dia 30 de maio de 2011: Ela transformou-se em algo ainda pior, e eu julgava que já conhecia o pior dela.
Hoje posso enxergar a minha dor e senti-la por um buraco que habita no meu peito, é um vazio que nada nem ninguém preenche, um ferimento que me carrega.

Mas depois eu penso: Caramba, passei pelo inferno e sobrevivi.
É isso, eu sobrevivi a uma mãe abusiva, e agora, mais uma vez, sem medos ou culpas de falar nisto, vejo que há mais pessoas como eu, histórias como a minha, piores até.

Bem, eu continuo à espera, ad aeternum, de um pedido de desculpa, não sou eu que dou o braço a torcer, que ponho para trás das costas porque "ah, é mãe", para mim chega.
Mas no caso, a dura realidade que devemos encarar é que, ler a crônica SOBREVIVENDO NO INFERNO, hoje, mais de duas décadas depois, pode descortinar que é impossível perdoar pessoas que acham que não fizeram nada de errado.

Faça a sua família se orgulhar do legado que você deixará, ele é muito mais importante que o ouro, muito mais resistente que os diamantes, o legado tem o seu valor aumentado conforme o tempo. – Dan Cliver