terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

O FIM É O COMEÇO, E O COMEÇO É O FIM

Quando uma história termina sem final.
Quando essa história começou, prometi proseguir em um intento, não desistir, o que eu não sabia era que a história me tomaria enquanto buscava as respostas.
Esse caso me levou, a lugares que eu não imaginava e me fez questionar tudo.

Eu quis aproveitar para discutir assuntos sérios, temas incômodos, com mais clareza do que estes costumam ter.
A opção escolhida foi colocar o dedo diretamente na ferida e mostrar problemas que afligem a muitos de nós.

Embarcando fundo nesse nesse cenário, revelando como essa trama começa, como se mantém e quais foram suas consequências.
E para o entendermos melhor, tivemos de retroagir um pouco no tempo.
Então resolvi começar pelo início do fim, sobre como uma mudança de enderêço pode impactar nossas vidas.

Agora, partindo da proposta da Vanessa da Mata para que se ‘analise o que tinha antes e agora, e agradeça pelas melhoras que teve’, passamos pelo enredo.
E o narrador é um narrador personagem: Ele tinha um cantinho, um refúgio, que foi subtraído, sem motivo e aviso e as coisas que haviam nele também foram dadas.
Em troca as coisas dele foram substituídas por migalhas, migalhas que em uma noite devastadora também foram usurpadas.

O que acontece dali em diante é o esmagamento da razão.
É, ele perdeu esse barco no dia daquela mudança, tudo - não só coisas materiais - foi tirado dele.

Para muitos, esta seria uma vida boa, mas para o protagonista seguir com esta vida do jeito que ela é, resultou em sofrimento psíquico.
Mudar para lá, viver aquela vida, finalmente ele entendeu tudo o que perdeu.

E tudo isso por causa de uma pessoa, essa situação é por causa das escolhas erradas que essa pessoa fez.
Pois é, lembre-se, uma escolha pode mudar uma vida.

O mais assustador é que essa pessoa realmente pensa que fez a coisa certa.
Quando confrontada não reconheceu seus erros, no fundo, não tem um pingo de arrependimento, isso é abominável.

Sabe, infelizmente, grande parte das pessoas não entende os problemas emocionais pelos quais muitos de nós passamos.
Então, se começar foi fácil, difícil vai ser parar, não vou parar de maneira alguma até que esteja terminado.
Bem, seja como for, termina mas não acaba.

O fim é apenas o começo da explicação do início. – Otávio M. Rossi

domingo, 9 de fevereiro de 2020

TODOS NÓS SOMOS EXEMPLOS, ESCOLHA QUAL VOCÊ PREFERE SER, BOM OU RUIM

Sobre todos aqueles que encontramos no nosso caminho.
Todas as pessoas que estão ao nosso redor são exemplos e impactam nossas vidas de uma determinada maneira.
Algumas são bons exemplos, ensinam-nos valores, nos mostram como agir, outras, como nunca devemos ser.

‘Fazemos todo o possível para ficar longe delas, mas nem sempre conseguimos.
Elas podem fazer parte das nossas famílias, do nosso grupo de colegas de trabalho ou até mesmo do nosso círculo de amizades’, analisa a escritora Luiza Fletcher.

Pois é, todas são exemplos, bons e ruins, e precisamos aprender a enxergá-las dessa maneira.
Assim, poderemos admirar as companhias boas, sem inveja, e conviver com as companhias tóxicas.

Tudo isso levanta a questão do que exatamente queremos dizer.
Bem, eu aprendi algumas coisas sobre mim mesmo, ou seja . .

Já que não tenho o dom de modificar uma pessoa, vou modificar aquilo que eu posso: o meu jeito de olhar para ela. – Padre Fábio de Melo

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

FICA DIFÍCIL NÃO OLHAR PARA TRÁS, SABENDO QUE VOCÊ ESTÁ LÁ

Um contínuo olhar para trás.
Voltar no passado é diferente de voltar no tempo.
O passado está relacionado com acontecimentos, eventos, mas o tempo não, ele sempre está lá, como um oceano que nos envolve.

Sabe, eu tive uma vida inteira para pensar nas dores que sofri.
Eu nunca quero esquecer, é assim que nos perdemos.

O olhar para trás não é-nos proíbido, é-nos necessário, imperioso até.
Um escritor não foge de suas obstinações, nos ensina Camus.
Elas retornam, continuamente, em suas narrativas.
E, no caso específico da literatura, não seria esta a sua essência?

Bem, esses fragmentos debruçam-se sobre a dor, a perda e a impossibilidade de deixar o passado para trás.
Um exercício de introspecção e auto-análise.

Uma reflexão sóbria e bastante amarga que se poderia definir aqui como a obstinação de não negar o problema, reconhecê-lo e refletir sobre suas causas e consequências.
Sim, vou continuar tentando voltar ao passado em uma crônica futura.

Um olhar para trás vale mais que um olhar para frente. – Arquimedes

quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

‘POR QUE NÃO ME SINTO BEM NA MINHA CASA?’

O quanto a casa afeta sua vida.
Embora algumas pessoas considerem uma simples superstição, terapeutas garantem que as más energias existem e podem comprometer a qualidade do ambiente em que você vive.
Franco Guizzetti explica: ‘é muito comum pessoas sentirem energias estranhas ou incomôdas nos ambientes, há uma troca de energias da pessoa com a do ambiente.
Fica fácil entender quando usamos o termo "memória de parede", ou seja, quando habitamos um imóvel, tudo que se passa ali - palavras, gestos, pensamentos bons ou ruins - fica registrado nas paredes do imóvel’, acrescenta.

Sim, muitos sentem o astral sufocante, um fardo pesado, uma sensação que nada vai para frente ou que tudo dá errado.
Os mais sensíveis, sentem muita angústia, medo e pavor.
Toda essa sensação ruim, nada mais é do que energia negativa ou em desequilíbrio existente no interior do imóvel, que afeta nossa energia pessoal, emocional, mental e até a saúde física em muitos casos, afirmam.

O terapeuta conta o caso de Anna, que fez a pergunta acima, e disse que a questão se referia aos problemas por ela relatados em relação a morar na casa do pai.
A avaliação dele foi que: ‘se seu pai tende a anular a sua liberdade, privacidade e individualidade na casa, então a casa tem a energia dele e não a sua.

Dessa maneira, você vai mesmo se sentir mal neste ambiente, uma "estranha no ninho".
Não irá se sentir bem, porque você não mora na sua casa, só predomina a energia dele, não há sua energia.

Há um jeito de resolver esta situação, colocar sua energia na casa também.
Você terá que brigar pelo seu espaço, terá que começar a impor sua opinião e energia na casa, ela terá que ter a energia dos dois.

Veja, não estou dizendo para declarar guerra, estou aconselhando a conversar com o ele e, juntos, decidirem como será a convivência na casa.
E uma dica: tome posse da casa, diga para todos e, principalmente para você mesma, que a casa também é sua.
Este é um dos principais problemas que aparece em minhas consultorias, as pessoas não tomam posse do que é delas’, conclui ele.

Bem, nossa casa deveria ser o melhor lugar do mundo, aquele lugar que a gente ama ficar, passar as horas, receber os amigos, mas, existem vezes que a energia pode ficar pesada por algum motivo e se materializa em uma sensação ruim, alertam.
Acreditem, eu sei muito bem o que é isso, é a relação da residência - somada a outros fatores - e as marcas deixadas por esse contato em cada um de nós, ao longo de nossas vidas.
É como o psicólogo do site MundoPsicologos respondendo a uma mulher de vinte e cinco anos, compartilha nossa perspectiva: ‘nossa, que difícil, imagino o quanto é desagradável estar em casa, justo onde devemos nos sentir confortáveis e acolhidos’.

Sem dúvida, existem lugares que trazem consigo uma atmosfera de bondade e santidade, também pode-se dizer que algumas casas nascem más. – Shirley Jackson

sábado, 18 de janeiro de 2020

SOBRE CASAS, PESSOAS E CONHECIMENTOS

Nunca deixe que o lugar de onde você começou decida aonde vai terminar.
Vou dizer algumas coisas que sei e outras que eu gostaria de descobrir.
As pessoas voltam para casa por várias razões, voltam para recordar, voltam porque não tem mais pra onde ir, voltam quando fracassam.
Voltam procurando uma porta que as leve ao passado ou uma estrada para o futuro, voltam por muitas razões.

Então voltei para reencontrar a parte mais dolorosa da minha história.
Na casa em que nunca experimentei o sentimento (leia mais em: ONDE VOCÊ MORA?) de pertencimento.
Foi nela que peguei meus vários porta-retratos tirei as fotos e os joguei fora (poderia tê-los dado, mas fiquei desorientado, não queria colocá-los no chão).

Eu fui subtraído de um ambiente harmonioso para um lugar de desordem.
Para um lugar de tudo e de “nada”, de coisas importantes aparentemente “sem importância”, de coisas intemporais.

Que está associado a lembranças dolorosas, coisas atrozes, ações cruéis.
Como se fora uma voz que nos chama de lugares que é melhor nem serem visitados, um eco de lembranças que nunca morrerão, não importa o quanto tentemos matá-las.

Assim, revisitei inúmeras vezes o meu passado.
As visitas foram inquietantes, e fizeram ressurgir memórias muito profundas.
Daí a importância da memória, nós não podemos esquecer as lições que a história nos vai ensinando.

E não há razão para não haver mais por aí ainda por ser descoberto.
É que essa história não termina aqui, ainda há muito para se contar, adicionando camadas a uma história já bastante longa.

Nunca tentei bloquear as memórias do passado, embora algumas sejam dolorosas. Não entendo as pessoas que se escondem de seu passado. Tudo o que você viveu fez de você a pessoa que você é agora. – Sophia Loren