domingo, 20 de janeiro de 2019

‘FILHAS DE MÃES SEM AMOR: FERIDAS COMUNS’

Feridas abertas.
Por Peg Streep, renomada escritora e colunista de grandes periódicos da área da psicologia como o Psych Central e Psychology Today.

‘Durante os anos em que pesquisei e escrevi o livro Mães Malvadas, eu falei com outras mulheres sobre as nossas experiências em comum.
Mas agora não é uma pesquisa científica, eu não escrevo como psicóloga ou terapeuta, mas como uma companheira de viagem.

Os mitos da maternidade, que retratam todas as mães como amorosas, só servem para isolar as filhas não amadas.
Grande parte disso tem a ver com tudo o que você ouviu e internalizou.

Essa descoberta aumenta a mágoa e as feridas, mas não se resume a isso.
O ponto chave é o entendimento que a única pessoa que supostamente te amaria incondicionalmente, não a ama.
A luta para lidar com isso é poderosa, ela afeta muitas, se não todas as partes do self, aquilo que define a pessoa na sua individualidade, isto é, ocupa a posição central da psique e, portanto, do destino do indivíduo e também à área de conexão emocional.

E sim, a história de cada mulher é diferente; talvez o que há de comum é a descoberta de que não estamos sozinhas, que não somos as únicas que tiveram mães incapazes de nos amar.
A consciência disso tudo é o primeiro passo para a cura.’

Tudo o que há de comum aqui entre as filhas é comum também para filhos, e com o passar de tanto tempo, sinto que a cada dia minha ferida cresce e a dor aumenta, motivadas pelo impacto das atitudes abomináveis dessa senhora aqui (o relato está em SOBREVIVENDO NO INFERNO).

Eu sempre digo que não há amor incondicional de mães, não existe, é somente um ditado mentiroso de uma sociedade hipócrita, somente quem nasce de uma mãe cruel e fria, entende o que é ser insegura neste mundo. – Mônica de Paula Silva